(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

C�o que ajudou a salvar idosa que sofreu queda acompanha a paciente na UTI

Ap�s arranhar a porta do vizinho em 'pedido de socorro' para idosa que havia ca�do, c�o � levado � UTI de hospital para animar a dona. 'Fiquei realmente muito feliz', conta ela


postado em 24/06/2019 06:00 / atualizado em 24/06/2019 09:03

Dona Marília com o cachorrinho Thor, levado à UTI como forma de animar a paciente e ajudar na recuperação dela(foto: Unimed-BH/Divulgação)
Dona Mar�lia com o cachorrinho Thor, levado � UTI como forma de animar a paciente e ajudar na recupera��o dela (foto: Unimed-BH/Divulga��o)


Aos 73 anos, a idosa Mar�lia Caldas de Castilho passava o dia em sua casa, no Bairro Jardim Am�rica, na Regi�o Oeste de BH, quando sentiu um mal-estar no corredor da resid�ncia, escorregou e, ao cair, bateu com a cabe�a no ch�o. Desacordada, ela contou com a ajuda do seu “netinho” para ser socorrida.

Ao lado de Mar�lia h� mais 10 anos, o cachorrinho Thor, da ra�a yorkshire terrier, saiu pela porta do im�vel, que estava aberta, e arranhou a do vizinho. Tudo isso para ajudar sua dona que, ap�s ser socorrida, foi diagnosticada com pneumonia e internada na Maternidade da Unimed no Bairro Graja�, na mesma regi�o.

A liga��o entre Mar�lia e Thor motivou at� mesmo uma visita do animal ao hospital, com o objetivo de melhorar seu estado psicol�gico.


“Minha rela��o com ele � a melhor poss�vel. Ele dorme em uma caminha ao meu lado e a gente convive o tempo inteiro. Thor tamb�m � muito amigo da minha fam�lia, gosta de passear com meus netos e com minha irm�. Todo mundo � muito unido a ele”, conta Mar�lia Caldas de Castilho em entrevista ao Estado de Minas. Segundo ela, Thor n�o tem muitos h�bitos arraigados e, ultimamente, tem dormido bastante devido � idade avan�ada.


A proximidade entre a idosa e o cachorrinho foi percebida de imediato pela psic�loga Emanuela Lima, da Unimed, que realiza sess�es de terapia com a paciente. De acordo com ela, era vis�vel a saudade que a paciente sentia do animal e o significado que ele tinha para Mar�lia. Diante da ansiedade em receber alta para ver o bichinho, a psic�loga viu uma possibilidade de promover esse encontro durante a interna��o. “Sugeri que a gente fizesse um v�deo do cachorro em casa e trouxesse para ela. Mas ela me respondeu que n�o, porque o v�deo n�o seria suficiente e que gostaria de tocar em Thor”, detalha Emanuela. “Ent�o, solicitei a visita � coordenadora da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que � uma pessoa muito humana e permitiu o encontro”, prossegue a profissional.

"Precisamos ter um olhar diferenciado para o paciente e entender a import�ncia de certas quest�es que s�o individuais e proporcionam uma interna��o menos sofrida"

Emanuela Lima, psic�loga



A visita daquele que dona Mar�lia chama de “netinho” � lembrada com muita felicidade por parte da paciente. “Quando ele veio ao hospital, foi a melhor coisa que poderia me acontecer. Ele veio no meu colo e ficou passando as patinhas em mim. Foi muito bom. Fiquei realmente muito feliz”, lembra. A idosa j� pensa, inclusive, em deixar o hospital. “Gra�as a Deus, melhorei muito. J�, j� estarei de volta � minha casa para ver o Thor”, comemora.

O encontro ocorreu depois que a equipe do hospital colocou em pr�tica um plano de a��o para garantir a seguran�a de Mar�lia e dos outros internados na estrutura. O animal precisou tomar banho um dia antes da visita, estar em jejum e ter as patas higienizadas com solu��o especial. O hospital tamb�m verificou se ele se enquadrava em todas as diretrizes quanto � sa�de – carteira de vacina��o do bichinho em dia, por exemplo – e higiene.

EXEMPLO A SER SEGUIDO


Para a psic�loga Emanuela Lima, a reuni�o de dona Mar�lia Caldas com o yorkshire Thor serve como exemplo para outros hospitais, na tentativa de promover melhores estadas aos pacientes e aliviar um momento de tanta tens�o. “A gente entende a import�ncia de atender o paciente de uma maneira global. Entend�-lo em todo o contexto em que est� inserido, n�o s� no m�dico, mas tamb�m social e emocional. Muitas vezes, a presen�a de um animal de estima��o ou de uma crian�a traz o suporte necess�rio � recupera��o”, explica.


Ela tamb�m faz um apelo para que outras unidades m�dicas adotem a mesma estrat�gia. “Precisamos ter um olhar diferenciado para o paciente e entender a import�ncia de certas quest�es que s�o individuais e proporcionam uma interna��o menos sofrida. Que isso possa se tornar um h�bito entre as equipes de interna��o intensiva”, apela.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)