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Estado de Minas

Doen�as do Aedes desafiam clima e continuam a fazer v�timas em Minas

Estado registra primeira morte por chikungunya. Dengue bate recordes e mant�m alta incid�ncia em 25 munic�pios. Zika tem seis vezes mais casos prov�veis que o total registrado em 2018 inteiro


postado em 17/07/2019 06:00 / atualizado em 17/07/2019 11:26

A febre chikungunya, que provocou a morte de um morador de Patos de Minas, teve sua pior epidemia em 2017, quando infectou milhares de pessoas no estado(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A febre chikungunya, que provocou a morte de um morador de Patos de Minas, teve sua pior epidemia em 2017, quando infectou milhares de pessoas no estado (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

Em meio � epidemia de dengue, que j� � a segunda pior registrada em Minas Gerais, outras doen�as transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti amedrontam a popula��o. O estado registrou a primeira morte por febre chikungunya em 2019. Um morador de Patos de Minas, no Alto Parana�ba, n�o resistiu aos sintomas da mol�stia, que acumula 2.637 notifica��es no ano. O �bito foi confirmado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES/MG), em boletim epidemiol�gico divulgado ontem. J� a zika tem seis vezes mais casos prov�veis – n�mero que engloba os confirmados e suspeitos –  nos primeiros sete meses do que o total registrado ao longo de 2018 inteiro. Junto a isso, a dengue segue se espalhando. J� s�o 447,9 mil notifica��es registradas e 117 mortes confirmadas. Situa��o que pode piorar ainda mais, pois ainda h� 126 �bitos sendo investigados e alta ou muito alta incid�ncia da doen�a em 25 munic�pios mineiros.
 
A chikungunya � uma doen�a viral causada pelo v�rus CHIKV, da fam�lia Togaviridae, e pode ser disseminada, como ocorre no Brasil, pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Na fase aguda, os sintomas se manifestam entre dois e 12 dias. Os principais s�o febre alta, acima de 39 graus, de in�cio repentino, dor muscular, erup��es na pele, conjuntivite e dor nas articula��es, que podem se manter por um longo per�odo. A orienta��o das autoridades de sa�de para quem apresentar manifesta��es compat�veis com a virose � procurar a unidade b�sica de sa�de mais pr�xima e n�o usar medicamentos sem indica��o m�dica.

Enquanto os casos prov�veis de chikungunya apresentam forte queda, a zika segue na dire��o contr�ria. Em 2019, houve um aumento de 505% no n�mero de registros, em rela��o a 2018. De janeiro a julho, foram 1.017 notifica��es. Deste total, 350 foram em gestantes. Em todo ano passado, Minas Gerais registrou apenas 168 casos prov�veis.

Saiba quais são as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti(foto: Arte EM)
Saiba quais s�o as doen�as transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (foto: Arte EM)


RECORDES EPID�MICOS O tempo frio e seco � um aliado no combate ao Aedes aegypti. As condi��es fazem desacelerar a prolifera��o do mosquito e, consequentemente, ajudam na diminui��o de pessoas doentes. Por�m, a epidemia de dengue continua sem dar tr�gua em Minas Gerais. De acordo com o �ltimo boletim da SES sobre a doen�a, entre 9 de junho e 6 de julho, 25 cidades ainda apresentavam incid�ncia muito alta ou alta de casos prov�veis da doen�a, que englobam os suspeitos e os confirmados. Ao todo, 447,9 mil notifica��es j� foram registradas no territ�rio mineiro. O n�mero de mortes tamb�m aumentou e chegou a 117, sendo que ainda h� 126 sendo investigadas.
 
Em uma semana, mais 10 �bitos foram confirmados, depois que os resultados de exames e estudos da SES ficaram prontos. Isso n�o significa que eles ocorreram nesse per�odo. De qualquer forma, os dados do boletim divulgado ontem mostram como a epidemia de dengue vem sendo devastadora. Este ano j� � o segundo da hist�ria com o maior n�mero de mortes em decorr�ncia da enfermidade, atr�s apenas de 2016, quando houve 208 �bitos no estado. A mesma posi��o � verificada considerando-se os n�meros de casos prov�veis.
 
Mesmo a doen�a apresentando desacelera��o no momento, j� s�o 447.920 casos prov�veis registrados. Em 2016, foram 517.830 notifica��es. Em uma semana, a alta foi de 9.254 novos registros de casos de infec��o pelo v�rus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Betim, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, segue na lideran�a negativa com o maior n�mero de �bitos registrados neste ano. Foram 18 no total. Seguida da capital mineira, que tem 17 registros. Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, vem na terceira posi��o, com 16 mortes, seguida de Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 10.
 
Tamb�m registraram �bitos provocados pela dengue: Araguari (1), Arcos (1), Bert�polis (1), Campos Gerais (1), Contagem (4), Curvelo (1), Estrela do Sul (1), Frutal (2), Guaran�sia (1), Guarani (1), Ibi� (1), Ibirit� (2), Ituiutaba (1), Jaboticatubas (1), Jo�o Monlevade (2), Jo�o Pinheiro (5), Lagoa da Prata (1), Martinho Campos (1), Monte Carmelo (1), Paracatu (1), Passos (2), Patos de Minas (4), Patroc�nio (2), Pitangui (1), Pomp�u (1), Ribeir�o das Neves (2), Rio Parana�ba (2), Sacramento (1), S�o Gon�alo do Par� (1), S�o Gotardo (2), Sete Lagoas (1), Uberaba (2), Una� (2), Varzel�ndia (2) e Vazante (2).

Uma cidade em dor


A febre chikungunya, que provocou a morte de um morador de Patos de Minas,  teve sua pior epidemia em 2017, quando infectou milhares de pessoas no estado. Foram 16.320 casos prov�veis, al�m de 15 mortes. Governador Valadares, na Regi�o do Rio Doce, foi a cidade que mais sofreu com a doen�a, que provoca fortes dores musculares, muitas vezes por um longo per�odo. Naquele ano, 12 pessoas que viviam no munic�pio perderam a vida. A incid�ncia era de um caso para cada grupo de 3.334,57 habitantes, o que tornava dif�cil encontrar um valadarense que n�o conhecesse algu�m que tivesse sofrido com a doen�a, sendo afastado do trabalho, da fam�lia e de seus afazeres, como mostrou o Estado de Minas � �poca. Em 2018, houve queda no n�mero de registros. Mesmo assim, ele continuou alto, com 11.761 notifica��es e duas mortes. Neste ano, entretanto, apesar da morte, o total de notifica��es � bem menor: 2.637. 


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