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Estado de Minas

Acusada de torturar idosos em Santa Luzia compartilhava salmos e se posicionava contra os gays

Propriet�ria da Casa dos Idosos Acolhendo Vidas se classificava como pastora nas redes sociais. Ela e a filha foram presas na �ltima quinta-feira (25) depois que um m�dico denunciou os maus-tratos ocorridos no estabelecimento


postado em 29/07/2019 20:29 / atualizado em 29/07/2019 21:02

Casa dos Idosos Acolhendo Vidas, em Santa Luzia, onde a Polícia Civil investiga denúncias de maus-tratos(foto: Divulgação/PCMG)
Casa dos Idosos Acolhendo Vidas, em Santa Luzia, onde a Pol�cia Civil investiga den�ncias de maus-tratos (foto: Divulga��o/PCMG)

 

A propriet�ria da Casa dos Idosos Acolhendo Vidas, o asilo onde a pol�cia investiga den�ncias de maus-tratos contra idosos, se classificava como pastora nas redes sociais e compartilhava diversas mensagens b�blicas proferidas por l�deres religiosos da igreja evang�lica. Ela tamb�m postava, frequentemente, passagens do livro sagrado. 


Uma das postagens evidencia um v�deo do pastor Silas Malafaia, um dos mais controversos l�deres religiosos, condenando a homossexualidade. Em outro link compartilhado, a mulher celebra a “mudan�a” feita pelo Evangelho na vida de um “ex-gay”.

 

Al�m disso, a detida compartilhava v�deos publicados na atual p�gina do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB). No material, o chefe do Executivo paulista faz flex�es ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL). 


Em alguns posts, usu�rios criticam os posicionamentos da suspeita de maus-tratos. “A m�scara caiu”, afirma um deles, se referindo as investiga��es conduzidas pela Pol�cia Civil contra a propriet�ria do asilo e a filha dela.


Nesta segunda-feira (29), a Justi�a mineira, por meio da comarca de Santa Luzia, converteu a pris�o da pastora em preventiva. De acordo com o artigo 312 do C�digo Penal, esse tipo de deten��o pode durar de quatro meses a um ano e seis meses.


A pris�o preventiva pode ser adotada tanto durante as investiga��es quanto no decorrer da a��o penal, quando surgem provas que liguem o suspeito ao crime. A preventiva se aplica � dona do asilo porque os crimes investigados s�o dolosos e pass�veis de reclus�o maior que quatro anos.


V�timas

 

Casa foi interditada pela polícia, mas ainda abriga idosos que não foram procurados por seus parentes(foto: Divulgação/PCMG)
Casa foi interditada pela pol�cia, mas ainda abriga idosos que n�o foram procurados por seus parentes (foto: Divulga��o/PCMG)
 


Segundo o Hospital Municipal Madalena Calixto, 14 idosos oriundos do asilo de Santa Luzia est�o internados no momento. Tr�s deles est�o na sala de urg�ncia da unidade m�dica devido � piora do quadro cl�nico. A Secretaria Municipal de Sa�de presta apoio psicol�gico �s v�timas e encaminhou uma equipe de sa�de da fam�lia.


O objetivo � analisar os asilados que n�o precisam de cuidados m�dicos, mas apresentam alguma enfermidade. A maior dificuldade dos m�dicos e enfermeiros � justamente a falta de prontu�rio dos pacientes, j� que a Casa dos Idosos Acolhendo Vidas n�o atualizava o hist�rico dos internos.


Enquanto a Justi�a e a pol�cia trabalham no caso, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Santa Luzia levanta informa��es sobre os pacientes para encontrar os familiares que ainda n�o procuraram seus parentes. Os famiiares podem, inclusive, serem denunciados por abandono de incapaz. 


Tamb�m � aguardada a liminar da Justi�a que determinar� pelo fechamento ou n�o do local, que est� temporariamente interditado. O mesmo vale para os procedimentos que ser�o tomados a partir da�.


No momento, a Guarda Municipal de Santa Luzia faz o monitoramento 24 horas para garantir a integridade f�sica dos idosos que ainda est�o internados.


Hist�rico


O asilo onde as viola��es aconteciam mudava de endere�o regularmente. Segundo a prefeitura, a vigil�ncia sanit�ria j� havia notificado a institui��o privada por diversas vezes diante das irregularidades.


Contudo, a propriet�ria e sua filha sempre abandonavam os im�veis notificados com objetivo de ludibriar a fiscaliza��o e n�o cumprir os prazos acordados com o Executivo municipal. Em 2017, o Minist�rio P�blico estadual encontrou o endere�o usado � �poca e, novamente, acionou a vigil�ncia sanit�ria.


Naquela ocasi�o, houve um levantamento das falhas e, desde ent�o, se trabalhava com prazos para adequa��o �s condi��es ideias.


No �ltimo dia 10, a vigil�ncia sanit�ria fez uma nova notifica��o cautelar. Desta vez, o prazo era de 15 dias para que as exig�ncias fossem cumpridas definitivamente.


Paralelamente, pacientes vindos da institui��o asilar deram entrada no Hospital Madalena Calixto. Eles relaram abusos e maus-tratos ao m�dico de plant�o, que denunciou o caso � pol�cia. A dela��o do profissional da sa�de desencadeou a opera��o realizada pela Pol�cia Civil na �ltima quinta.



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