
De acordo com o comandante-geral da PM mineira, coronel Giovanne Gomes da Silva, o acesso n�o ser� no mesmo formato que acontece com o monitoramento das c�meras do Olho Vivo, por exemplo.
O comandante explicou que colocar as imagens para monitoramento simult�neo seria invi�vel do ponto de vista da quantidade de pessoas para acompanhar as c�meras. Segundo o coronel, a Diretoria de Intelig�ncia da PM ter� condi��es de solicitar das empresas que fazem o monitoramento das c�meras dos bancos as imagens em tempo real quando necess�rio.
"Antes n�s t�nhamos muita dificuldade para ter esse acesso. Muitas das vezes a gente tinha o acesso somente mediante uma autoriza��o judicial e agora com a assinatura do termo de coopera��o vai facilitar a gente obter as imagens", diz o coronel.

Como exemplo, o militar citou a necessidade de monitoramento em cima de den�ncia de poss�vel explos�o de caixa eletr�nico. "Se n�s temos a suspei��o atrav�s de uma den�ncia an�nima ou atrav�s de alguma outra informa��o que pode acontecer a explos�o de caixa eletr�nico em determinada cidade, n�s vamos monitorar em tempo real aquela ag�ncia", acrescenta.
De janeiro a junho deste ano, dados da Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp) apontam que ocorreram 25 ataques a institui��es financeiras com uso de explosivos detonados ou n�o em Minas. O n�mero � 50% menor do que os 50 casos do mesmo per�odo de 2018. O ano passado inteiro fechou com 95 casos.
O coronel tamb�m explicou que caso aconte�a um crime do tipo durante a madrugada, imediatamente a PM ter� condi��o de recuperar aquela imagem a partir do contato com os bancos, mesmo fora do hor�rio mais comum de expediente. Esse servi�o funcionar� 24 horas por dia, sete dias por semana, segundo o comandante-geral, a partir de uma sala de situa��o que j� existe na Diretoria de Intelig�ncia.
O acesso das imagens s� ser� poss�vel a partir de um investimento de cerca de R$ 4 milh�es, que ser� arcado pelos bancos, conforme o comandante-geral. Representante da Associa��o dos Bancos de Minas Gerais, Edmar Pieri Campos, disse que as empresas que fazem o monitoramento das imagens das c�meras para os bancos ter�o totais condi��es de fornecer o que a PM precisar em tempo real, mesmo para casos ocorridos de madrugada como � o perfil das explos�es de caixas eletr�nicos.
"Essas c�meras v�o ter aplica��o muito grande para modus operandi de quadrilhas, identifica��o de criminosos, ent�o at� mesmo para a intelig�ncia essa ferramenta ser� de grande utilidade", diz Campos. O representante dos bancos tamb�m informou que o mesmo conv�nio foi apresentado � Pol�cia Civil, � Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp) e tamb�m � Pol�cia Federal. As conversas est�o em andamento.
Sobre o acesso �s imagens das c�meras internas das ag�ncias, Edmar Campos disse que existe uma quest�o legal a ser avaliada sobre essa possibilidade e por isso ainda n�o ser� poss�vel estender o acesso �s imagens geradas dentro das ag�ncias.