
Um crime planejado. Espera pelas v�timas por cinco horas. Fuga por cinco cidades da regi�o metropolitana e da Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais. Pris�o nas imedia��es do F�rum Lafayette, em um carro com uma arma, mala cheia de roupas e dinheiro. Venda de roupas e materias na Internet j� premeditando uma sa�da da capital mineira. Esses s�o alguns detalhes da investiga��o dos assassinatos de Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e do filho dela, Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22. Apontado como autor do crime, que chocou BH, o microempres�rio Paulo Henrique da Rocha, de 33, foi preso nesta quarta-feira.
Os detalhes das investiga��es do feminic�dio e o homic�dio foram dados pelos delegados Emerson Crispim de Morais e Ingrid Estevam, respons�veis pelo caso, em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira. As informa��es foram dadas poucas horas depois que o microempres�rio foi preso em Belo Horizonte.

Os levantamentos feitos pela Pol�cia Civil indicam que ele j� estava planejando o crime. Sabedor da rotina da ex-mulher, o microempres�rio a aguardou por horas pr�ximo a academia localizada na Avenida Bernardo Vasconcelos, no Bairro Ipiranga, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. Quando ela se aproximou, na companhia do filho, matou Gabriel com um tiro na cabe�a, e, em seguida, Tereza com v�rios tiros.
“Ele chegou cinco horas antes ao local do crime. O autor estava na esquina esperando as v�timas se aproximarem. Quando isso aconteceu, executou friamente”, disse a delegada Ingrid Estevam. Segundo a delegada, a premedita��o j� vinha ocorrendo h� um tempo, pois Paulo estava vendendo alguns pertences na Internet. “O que demonstra que ele planejou o crime e planejava uma fuga, at� mesmo para outro estado, � a venda de m�veis, televis�o, eletrodom�sticos, todas pelas redes sociais. Ele estava anunciando tudo e vendendo h� um bom tempo. Ent�o, planejou tudo, compareceu ao local, porque sabia da rotina da v�tima”, comentou.

Pris�o
Depois de cometer os assassinatos, Paulo protagonizou uma verdadeira fuga por Minas Gerais. Levantamentos feitos pela Pol�cia Civil indicam que o microempres�rio esteve em Par� de Minas, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, e rodou por, ao menos, cinco cidades da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Ele acabou preso nas proximidades do F�rum Lafayette, no Bairro Barro Preto, Regi�o Centro-Sul da capital mineira.
“Tomamos conhecimento, por meio de nossas t�cnicas investigativas, que ele esteve em Par� de Minas, em v�rios bairros de Belo Horizonte, e algumas cidade da regi�o metropolitana. Certo � que, na data de hoje, os investigadores conseguiram lograr �xito na pris�o do investigado, na Regi�o do Barro Preto, na Avenida Augusto de Lima com Rua Paracatu”, explicou o delegado Emerson Morais. “Na abordagem, estava em um ve�culo, que em tese foi utilizado na a��o criminosa, e sobre o banco do carona foi encontrada uma pistola de fabrica��o Israelense, de calibre 9 mil�metros. Essa arma ser� submetida a per�cia para apontar se foi ela a utilizada ou n�o no duplo homic�dio”, afirmou.
Nas buscas no ve�culo, foram encontradas uma mala de roupas e a camisa que ele usava no dia do crime. “Dentro do carro, al�m da arma de fogo, foi encontrado a roupa que utilizou no momento do crime, bem como uma mala repleta de roupas, e R$ 450 em dinheiro. O que d� ind�cios que mais uma vez iria fugir”, disse o delegado.
Paulo foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Tamb�m foi feito o cumprimento do mandado de pris�o do duplo homic�dio de m�e e filho.
Problemas psiqui�tricos
Logo depois que Paulo foi preso, o advogado dele, Leonardo Mouro, afirmou que o cliente tem problemas psiqui�tricos e deve se manter no direito de ficar calado nos depoimentos. “Ele, por enquanto, n�o vai falar sobre o m�rito. Mesmo porque ele tem alguns problemas psiqui�tricos. Estava em tratamento desde o in�cio do ano, fazendo uso de medicamentos psicotr�picos. O laudo est� sendo encaminhado para o inqu�rito”, comentou.
Quando foi preso por um equipe da Pol�cia Civil, Paulo estava com uma arma que pode ter sido usada no crime. “Essa arma vai ser periciada e a pol�cia vai chegar a conclus�o se foi usada por ele ou n�o”, afirmou o advogado.