O caso da menina Amanda, assassinada em Divin�polis, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, ganha cada vez mais contornos tristes. A vizinha da garota, Sara Maria de Ara�jo, de 38 anos, chegou a afirmar que o caso se tratava de um acidente, mas, diante das provas colhidas pela Pol�cia Civil, confessou o crime. Ela contou que atraiu a menina para sua casa, a enforcou com uma corda, e depois a afogou em um balde. Depois de cinco horas, jogou o corpo do segundo andar da resid�ncia. O homic�dio teria sido cometido em vingan�a a m�e da v�tima. A presa acreditava que ela a teria denunciado ao Conselho Tutelar.
O drama e ang�stia da fam�lia da menina teve in�cio nessa quinta-feira. A m�e da garota a buscou na escola, por volta das 17h, e, juntas foram para casa, localizada no Bairro Lagoa dos Mandarins. A mulher contou que estava no telefone conversando com o pai de sua filha, quando ela desapareceu. A Pol�cia Militar (PM) foi chamada e, junto aos bombeiros, iniciou uma varredura pela regi�o. Enquanto a PM estava na regi�o, moradores de uma resid�ncia que fica perto da casa da garota ouviram, em seu quintal, um estrondo por volta de meia noite, j� no in�cio da madrugada desta sexta-feira. Os militares foram at� o local e encontraram o corpo da crian�a, j� sem vida, ca�do no terreno de uma casa.
Na manh� desta quinta-feira, Sara chegou a afirmar que a morte de Amanda teria sido um acidente. Por�m, a Pol�cia Civil levantou elementos que constatavam que se tratava de um crime. Diante dos fatos, a mulher acabou confessando o assassinato. “A Sara, desde o in�cio das apura��es, entrou em contradi��es, em especial contra as provas objetivas. Diante disso, ela resolveu confessar a pr�tica do crime, alegando que assassinou Amanda por vingan�a. A motiva��o de Sara � por acreditar que a m�e de Amanda a denunciou ao Conselho Tutelar. Acuada, com receio de perder a guarda da filha, de 5 anos, para se vingar, resolveu fazer isso”, contou o delegado Leonardo Moreira Pio, da Regional de Divin�polis, respons�vel pelo caso.
Crime cruel
A mulher deu detalhes do assassinato cruel. Segundo ela, no fim da tarde de quinta-feira, atraiu Amanda para sua resid�ncia. Para evitar que a filha flagrasse o crime, a entregou um telefone para distra�-la. Depois, levou a v�tima para um outro c�modo. “Atrav�s de uma corda, tentou estrangular a v�tima. A menina ficou desacordada, mas percebendo que ela n�o havia morrido, Sara pega a cabe�a da menina e mergulha em um balde, matando por afogamento. Vindo de encontro ao laudo de necr�psia que apontou a causa morte por afogamento”, explicou o delegado.
O crime aconteceu por volta das 19h. De acordo com Leonardo Pio, a mulher passou um pl�stico em volta do corpo e depois um cobertor. Em seguida, a amarrou e deixou em um dos quartos. Em depoimento, afirmou que deixou o corpo no local para pensar o que iria fazer. Por volta das 0h, quando a rua j� estava cheia de pessoas, policiais militares, e bombeiros, que procuravam a garota, resolveu jogar Amanda da janela.
O inqu�rito policial deve ser conclu�do em at� 10 dias. Sara ser� indiciada por homic�dio qualificado – por motivo f�til e asfixia – al�m de fraude processual, pois alterou a cena do crime. Se condenada, pode pegar mais de 30 anos de pris�o. “Ela mostra total desamor a vida alheia”, afirmou o delegado sobre o perfil de Sara.