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Estado de Minas

Fam�lias vivem h� mais de 10 anos drama de morar em casas amea�adas de desabamento

Moradores aguardam Prefeitura de Pouso Alegre, no Sul de Minas, cumprir decis�o da Justi�a, que determinou a transfer�ncia das 11 fam�lias para �rea segura


postado em 13/08/2019 17:35 / atualizado em 14/08/2019 19:22

Barranco atrás das casas corre risco de desmoronar, segundo laudo da Defesa Civil (foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
Barranco atr�s das casas corre risco de desmoronar, segundo laudo da Defesa Civil (foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
Pouso Alegre – As 11 fam�lias que moram na Rua Curru�ra, no Bairro Jardim S�o Jo�o, em Pouso Alegre, Sul de Minas, convivem diariamente com o medo. Suas casas, que vistas da rua s�o aparentemente conservadas, est�o, na verdade, � beira de um barranco, e as trincas aparecem por todo lado, dos quartos, cozinhas, banheiros aos quintais. O problema se arrasta h� ao menos 13 anos, desde que a Defesa Civil Municipal emitiu um laudo afirmando que todas as casas da rua correm risco de desabar

Al�m disso, uma creche funciona normalmente logo abaixo do barranco. “Vivemos apreensivos. Toda vez que chove � aquela preocupa��o, noites sem dormir”, diz Wellington de Faria, morador de uma das casas.

Wellington Faria mostra as imensas rachaduras nas paredes: 'Noites sem dormir' (foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
Wellington Faria mostra as imensas rachaduras nas paredes: 'Noites sem dormir' (foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
Benedita Aparecida Dias Ven�ncio mora com o marido, uma filha e duas netas no n�mero 65. Ela conta que o marido vive tampando as aberturas que surgem nas paredes. “Estamos nesta luta h� anos. Vem um aqui, fala uma coisa; vem outro, fala outra, e n�o resolve para n�s”, lamenta dona Benedita.

Na casa da vizinha Josiele Ribeiro, que mora com outras quatro pessoas, os problemas s�o ainda maiores. O im�vel, que � do pai dela, est� a menos de um metro da beira do barranco e as rachaduras s� aumentam. “Tinha uma trinca no quarto, que meu pai j� tampou, que cabia o bra�o de uma pessoa”, aponta Josiele.

José dos Santos não dá mais conta de consertar as trincas(foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
Jos� dos Santos n�o d� mais conta de consertar as trincas (foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
O morador Jos� dos Santos diz que n�o d�o mais conta de consertar as trincas. Na cozinha, ele mostra a rachadura no ch�o, de mais de um dedo. No quarto, d� para ver o lado externo da casa atrav�s da fresta. “Andei tampando, mas elas sempre abrem. A gente faz ajustes para amarrar as paredes, mas come�a a estourar em outros pontos da casa”, conta o morador.

Munic�pio foi condenado a encontrar solu��o


Em 2012, a Justi�a condenou o munic�pio de Pouso Alegre a encontrar uma solu��o para o problema depois que sete das 11 fam�lias entraram com uma a��o contra a prefeitura por n�o terem para onde ir. A prefeitura chegou a oferecer um aluguel social, mas a medida n�o foi para frente.

Vistas de frente, as casas escondem o verdadeiro problema(foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
Vistas de frente, as casas escondem o verdadeiro problema (foto: Magson Gomes/EM/D.A press)
Este ano, o Executivo conseguiu aprovar um projeto de lei na C�mara Municipal que autoriza a constru��o de um pr�dio, com 12 apartamentos, para onde ser�o levadas as fam�lias da Rua Curru�ra. A constru��o ainda n�o teve in�cio. O terreno que vai abrigar o residencial fica a cerca de 300 metros de onde as fam�lias moram atualmente. A prefeitura lan�ou edital e aguarda empresas interessadas em construir os apartamentos.

Segundo o secret�rio municipal de Pol�ticas Sociais, Jo�o Batista de Lima, a constru��o dever� ficar pronta em um ano. “Ser�o dois conjuntos de seis apartamentos cada, com garagem e playground para eles se sentirem bem em suas resid�ncias.”


Im�veis ser�o demolidos

 
Os im�veis condenados pela Defesa Civil ser�o demolidos assim que os moradores sa�rem. No local, a prefeitura pretende montar uma �rea de conv�vio comunit�rio. 

O morador Jos� dos Santos afirma que gostaria de se mudar para uma casa, mas qualquer lugar que esteja em seguran�a j� o faz ter esperan�a de dias melhores. “Antes isso do que ficar aqui sofrendo do que jeito que estamos. Chove, a� voc� fica apreensivo. De uma hora para outra pode cair tudo”.
 
(Magson Gomes, especial para o EM) 
 


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