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Estado de Minas JUSTI�A

Man�aco de Anchieta fica menos tempo na cadeia do que artista condenado no lugar dele

Depois de sete anos de pris�o por um dos 16 abusos sexuais creditados a ele, o ex-banc�rio Pedro Meyer obt�m liberdade condicional. Outros dois homens cumpriram penas por terem sido confundidos com ele. Um deles ficou 18 anos na cadeia


18/08/2019 06:00 - atualizado 18/08/2019 07:55

Pedro Meyer foi preso em março de 2012. Outros dois 'sósias' cumpriram penas por crimes creditados a ele, um deles por 18 anos(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 19/4/12)
Pedro Meyer foi preso em mar�o de 2012. Outros dois 's�sias' cumpriram penas por crimes creditados a ele, um deles por 18 anos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 19/4/12)
 
 
Depois de ficar sete anos preso, o ex-banc�rio Pedro Meyer Ferreira Guimar�es, de 56 anos, conhecido como Man�aco do Anchieta, ganhou liberdade condicional. O benef�cio foi concedido a ele pelo Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), por ter cumprido dois ter�os da pena. O tempo em que ficou encarcerado � menor do que o que o artista pl�stico Eug�nio Fi�za passou atr�s das grades depois de ser confundido com o ex-banc�rio: 18 anos. E apenas dois anos acima do per�odo cumprido na pris�o pelo ex-porteiro Paulo Ant�nio Silva, de 66, que ficou na cadeia por cinco anos e sete meses, tamb�m por ser confundido com Pedro.

Pedro Meyer foi condenado por um dos 16 casos de abuso sexual pelos quais foi acusado na d�cada de 1990. Ele foi preso em 27 de mar�o de 2012. Mas pouco mais de um ano depois acabou solto por falta de um laudo de sanidade mental, que n�o ficou pronto no prazo determinado. Em agosto daquele ano, se entregou � Justi�a, depois de ter a pris�o preventiva decretada.

Na sexta-feira, o Juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, da Comarca de Contagem, acatou um pedido da defesa do ex-banc�rio e determinou o livramento condicional. “O levantamento de penas revela que o sentenciado j� cumpriu mais de dois ter�os da pena imposta pelos crimes, alcan�ando o requisito objetivo em 5 de mar�o e n�o h� nada que impe�a a concess�o do benef�cio ao sentenciado, bem como possui bom comportamento carcer�rio”, argumentou.

Na decis�o,  o magistrado afirmou que, apesar da gravidade dos delitos imputados a Pedro Meyer, o laudo de exame criminol�gico lhe foi favor�vel, deixando de apontar qualquer circunst�ncia desfavor�vel � concess�o do benef�cio. “Por cautela, este ju�zo determinou a expedi��o de of�cio � Vara de Inqu�ritos de Belo Horizonte, a fim de se certificar a respeito de outros fatos supostamente imputados ao sentenciado, tendo obtido resposta no sentido de que referidos fatos j� estariam prescritos. Sendo assim, n�o h� elementos que desautorizem o acatamento ao pedido formulado pela defesa”, completou.

Pedro Meyer ter� que atender a alguns requisitos para manter o benef�cio. Entre eles, obter ocupa��o l�cita, no prazo de 60 dias, comprovando em ju�zo o exerc�cio das suas atividades, apresentar-se mensalmente � Justi�a, apresentar-se em 15 dias, ao Centro de Alternativas Penais e Inclus�o Social de Egressos do Sistema Prisional, recolher-se em casa at� as 22h, comunicar qualquer mudan�a de endere�o, n�o se ausentar da cidade onde mora, sem pr�via autoriza��o da Justi�a, por mais de oito dias.

Al�m disso, o ex-banc�rio dever� frequentar o Centro de Aten��o Psicossocial (Caps) mais pr�ximo da resid�ncia dele de 15 em 15 dias, durante um ano. Se for apresentar endere�o fora de Contagem, na Grande BH, dever� comparecer, em cinco dias, � Justi�a, para comprovar o outro local de moradia.

At� o fechamento desta edi��o, Pedro Meyer continuava preso na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Regi�o Metropolitana, segundo a Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp).  O Estado de Minas entrou em contato com o advogado que representa o ex-banc�rio, mas as liga��es ca�ram na caixa-postal do celular.

O artista pl�stico Eug�nio Fi�za foi preso em 1995 por ser confundido com o Man�aco do Anchieta e passou 18 anos na pris�o. Ele s� conseguiu provar a sua inoc�ncia com a deten��o de Pedro Meyer. Eug�nio foi confundido com o criminoso devido � grande semelhan�a f�sica entre os dois. Por causa do erro, o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) concedeu a ele o direito de receber pens�o por parte do Estado, no valor de cinco sal�rios m�nimos.

O artista pl�stico n�o foi o �nico a ser confundido com o Man�aco do Anchieta. O ex-porteiro Paulo Ant�nio Silva, de 66, tamb�m foi condenado a 16 anos de pris�o, por dois estupros, e chegou a ficar encarcerado por  cinco anos e sete meses por crimes cometidos por Pedro Meyer. Em abril de  2013, ele conseguiu provar sua inoc�ncia. Em 2014, ganhou na Justi�a a indeniza��o.


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