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Estado de Minas REPORTAGEM DE CAPA

Terceira idade com apoio familiar: saiba o que fazer para garantir a seguran�a do idoso

Sozinho, com cuidadores na pr�pria casa ou em resid�ncias de apoio escolhidas com cuidado: o que n�o pode faltar � o afeto


postado em 18/08/2019 06:00 / atualizado em 05/09/2019 16:50

Aos 86 anos, Elíssia Rossi Dolabela participa de todas as atividades da casa de repouso e garante que a saúde está em dia(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Aos 86 anos, El�ssia Rossi Dolabela participa de todas as atividades da casa de repouso e garante que a sa�de est� em dia (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)


As casas de repouso podem ser aliadas das fam�lias que buscam melhor tratamento para idosos. Algumas se assemelham a hot�is de luxo, mas nem todas as fam�lias podem arcar com os valores cobrados, que variam de R$ 4 mil a R$ 15 mil na capital mineira. As institui��es contam com equipe multidisciplinar para tomar conta do idoso 24 horas por dia. “A institucionaliza��o deve ser feita em �ltimo caso. �s vezes, ela � a �nica solu��o, mas a fam�lia n�o pode transferir a responsabilidade, que � dela”, afirma o procurador Bertoldo Mateus Oliveira Filho, coordenador estadual de defesa do idoso. As fam�lias que colocam seus parentes em institui��o e n�o prestam mais nenhum aux�lio incorrem no crime de abandono, como prev� o artigo 98 do Estatuto do Idoso, com pena de seis meses a tr�s anos e multa.

A escolha entre manter o idoso dependente em casa ou institucionaliz�-lo n�o costuma ser f�cil nem para a fam�lia nem para quem est� necessitando de cuidados especiais. E se torna mais dif�cil diante de not�cias como a dos maus-tratos aos moradores da Casa dos Idosos Acolhendo Vidas, em Santa Luzia. Redobrar a aten��o � essencial. “Existe certo preconceito sobre a institucionaliza��o do idoso. Sensa��o de abandono ou de que os lugares s�o muito ruins, t�m baixa qualidade de atendimento. Mas h� v�rias institui��es s�rias, que investem em treinamento e infraestrutura f�sica e conseguem proporcionar ao idoso uma qualidade de vida melhor at� do que ele tinha em casa”, afirma o m�dico Guilherme Lemos Faria Tavares, respons�vel Casa de Repouso Pampulha Village. O Estado de Minas fez levantamento sobre a viol�ncia contra o idoso no estado.
 
 O envelhecimento da popula��o brasileira exige mais aten��o e cuidados com os idosos. “Esse fim de vida � cercado por suas dificuldades. As pessoas n�o desejariam naturalmente sair de suas casas. Mas o fato � que, quando se tornam mais dependentes para fazer as coisas b�sicas do dia a dia, nem sempre a fam�lia tem condi��es de cuidar e montar equipe, que acaba sendo staff grande para atender esse idoso, com profissionais se revezando”, disse. Guilherme defende que as institui��es podem ser boa sa�da para as fam�lias que querem o melhor para o idoso, mas n�o t�m condi��o de fornecer essa qualidade de vida por falta de tempo, por quest�es financeiras ou falta de espa�o f�sico nos locais onde moram.

Idosos em casa de repouso na Pampulha: atendimento multidisciplinar(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Idosos em casa de repouso na Pampulha: atendimento multidisciplinar (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A Casa de Repouso Pampulha Village foi constru�da especificamente para ser institui��o para idosos. Com isso, todo o projeto arquitet�nico foi pensado para proporcionar melhor condi��o de vida e locomo��o a pessoas da terceira idade, quando o risco de quedas � grande. Na casa, idosos seguem rotina com hor�rios fixos de tomada de medicamentos, de banho e refei��es. “Manter uma rotina � bom para o idoso que tem perda de mem�ria, a rotina o faz se enquadrar melhor no dia a dia”, diz. No local, os idosos fazem seis refei��es di�rias. Entre elas, s�o realizadas v�rias atividades, tanto terap�uticas quanto l�dicas. “Acaba que o idoso ocupa seu tempo com atividades saud�veis. Mas ele n�o � obrigado a participar de tudo, a gente respeita o tempo de cada um”, diz o m�dico.

El�ssia Rossi Dolabela, de 86 anos, n�o rejeita nenhuma atividade. Ela brinca que est� com o corpo de 30 anos e a mente superativa. “Estou velha de idade, mas a cabe�a � jovem”, diz. Todas as manh�s, ela faz alongamentos e a flexibilidade continua grande. Com facilidade, El�ssia coloca as m�os nos p�s. “De manh�, rezo com 'Deus me deito, com Deus me levanto'”, conta.

O m�dico refor�a que a casa contribui com a log�stica do tratamento, mas que o afeto da fam�lia n�o deve ser terceirizado. Ele lembra que em muitos casos a fam�lia se sente perdida diante das novas demandas do idoso. “A gente terceiriza os cuidados do dia a dia. Nunca terceiriza o afeto, o cuidado da fam�lia. O idoso quer pegar na m�o do filho, ver se o neto cresceu.”

� o caso do assistente social Frederico da Silva Ara�jo Tavares, de 58 anos, e o sobrinho Jo�o Pedro Tavares, de 19, que foram passar o dia com David Tavares, de 92, hospedado na Casa de Repouso Pampulha Village. “Vir para c� foi uma decis�o do meu pai”, diz Frederico. Os cinco filhos e netos se revezam nas visitas ao pai. Eles levaram seis meses para escolher a institui��o onde o pai moraria. Antes de David se decidir por uma, eles visitaram 10 institui��es. David destaca a tranquilidade da casa.
Frederico da Silva Araújo Tavares, de 58 anos, e o sobrinho João Pedro Tavares, de 19, foram passar o dia com David Tavares, de 92(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Frederico da Silva Ara�jo Tavares, de 58 anos, e o sobrinho Jo�o Pedro Tavares, de 19, foram passar o dia com David Tavares, de 92 (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

AFASTE O RISCO

Ponto a ponto da seguran�a Do idoso que vive sozinho, auxiliado por cuidador ou institucionalizado

SOZINHO

  • Tenha sempre um n�mero de emerg�ncia de algu�m em quem confie para acionar quando se sentir em perigo
  • Tenha em m�os os telefones da Pol�cia Civil, Pol�cia Militar e Corpo de Bombeiros
  • Reforce as medidas de seguran�a da casa, assegure-se de que as trancas est�o acionadas
  • D� prefer�ncia para residir em locais iluminados
  • Os familiares devem fazer visitas constantes, sempre que poss�vel
  • N�o repasse a senha do cart�o de banco para as pessoas nem assine nenhum documento dando acesso � sua conta
  • Procure o aux�lio da fam�lia antes de fornecer dados ou assinaturas a pessoas alheias ao ambiente familiar

COM CUIDADOR

  • A fam�lia deve observar a rotina de trabalho do cuidador para saber como tem desempenhado as fun��es
  • Busque refer�ncia do cuidador em trabalhos anteriores. Descubra se fez curso para exercer essa fun��o
  • Instale c�meras para acompanhar o dia a dia do idoso
  • N�o repasse a senha do cart�o de banco para cuidadores e n�o assine nenhum documento que d� acesso � conta
  • N�o permita que o cuidador receba benef�cios em lugar do titular

INSTITUCIONALIZADO

  • Busque informa��es sobre a institui��o. Descubra se est� regular junto � prefeitura, �rg�os de fiscaliza��o como a Vigil�ncia Sanit�ria e o Minist�rio P�blico.
  • Converse com outros idosos que vivem no local para saber como se sentem e como � o tratamento
  • Visite o local para saber como � o ambiente, a estrutura e clima da institui��o
  • N�o permita que a casa retenha o cart�o de benef�cios do idoso
  • Denuncie se a unidade exigir assinatura de procura��es para recebimento do benef�cio pelo idoso

Fonte: Coordenadoria Estadual de Defesa do Idoso


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