Foi preso, nesta quarta (28), o homem acusado de manter a companheira c�rcere privado entre segunda-feira (19) e ter�a (20), no Bairro Jonas Veiga, Regi�o Leste de Belo Horizonte. Ailton Braga de Souza foi um dos agressores de mulheres retirados de circula��o depois de cumprimento de cinco mandados de pris�o expedidos pela Justi�a. Ailton � acusado de ter obrigada a mulher ajoelhar em um b�blia, al�m de a ter amarrado ao sof� e ter agredido a filha de 18 anos. "Foi um caso bem grave de c�rcere privado e amea�a", afirmou a delegada Isabella Franca, da Divis�o de Atendimento � mulher, idoso, � pessoa com defici�ncia e v�timas de intoler�ncia.
As pris�es t�m como objetivo trazer seguran�a �s mulheres, reduzindo assim as estat�stica de viol�ncia que s�o assustadoras. Uma mulher foi morta por marido, namorado, companheiro ou ex a cada tr�s dias em Minas Gerais no primeiro semestre deste ano, per�odo em que ocorreram 64 feminic�dios no estado e outras 104 tentativas. Em 2018, foram 144.957 registros policiais de viol�ncia dom�stica e familiar contra a mulher. S�o 16 epis�dios por dia ou um aproximadamente a cada 4 minutos.
Os mandados de pris�o cumpridos nesta quarta localizaram agressores nos bairros Minasl�ndia, Zilah Sp�sito, Pindorama e S�o Paulo, em Belo Horizonte, e Bairro Industrial, em Contagem. Ao todo foram 10 mandados expedidos, mas os agentes policiais n�o localizaram outros cinco agresssores para efetuarem a pris�o. "� importante responsabilizar o agressor, trazer tranquilidade para aquela v�tima, mostrar que, com a lei Maria da Penha, o agressor ser� responsabilizado e punido pelos atos praticados", afirmou a delegada.
Paralelamente �s pris�es, os agentes policiais fazem acompanhamentos �s v�timas. "A opera��o realizada com a Pol�cia Militar teve objetivo de cumprir mandados contra agressores de v�timas mulheres de viol�ncia dom�stica. Al�m disso, foram realizadas visitas tranquilizadoras para as v�timas", informou Isabella Franca.
A Pol�cia Militar, por meio do Servi�o de Preven��o � Viol�ncia Dom�stica, faz acompanhamento di�rio �s v�timas de viol�ncia que denunciam. "O servi�o existe desde 2010 e consiste no acompanhamento �s v�timas de viol�ncia dom�stica, bem como monitoramento aos agressores com o objetivo de quebrar o ciclo da viol�ncia", afirma a major Cleide Barcelos.
A major ressalta: "a den�ncia � extremamente importante para que possamos colher as informa��es necess�rias para fazer esse acompanhamento. Tamb�m � extremamente importante para a Pol�cia Civil para que possa dar continuidade �s a��es de interven��o imediata nos casos de viol�ncia dom�stica."
A Companhia independente de preven��o � viol�ncia dom�stica realiza, em m�dia, 60 visitas por dia a mulheres v�timas de agress�o. "� uma excelente oportunidade para n�s participarmos da retomada da rotina dessas v�timas. Muitas delas n�o sabem quais s�o os tipos de viol�ncia. N�o conseguem compreender a situa��o de viol�ncia que elas vivem e, a partir dessas visitas e dissemina��o de todas essas informa��es, elas conseguem romper o ciclo de viol�ncia", conclui a major.