
Com a inten��o de montarem o pr�prio neg�cio, os dois fizerem curso de microempreendedores, ministrado no Sebrae, reformaram toda cozinha da casa para atender aos padr�es sanit�rios. E o investimento feito estava dando certo. No ver�o, conseguem vender at� 150 garrafas por dia, cada uma a R$ 3.
A��o da Guarda Municipal e da Pol�cia Civil teve como objetivo de regular a ocupa��o do espa�o p�blico, que estava tomado por vendedores ambulantes, bem como de carros estacionados de maneira irregular. Para justificar a retirada do casal, os agentes alegaram quest�o sanit�ria, uma vez que n�o se pode vender alimentos em via p�blica, e descumprimento do C�digo de Posturas.
A a��o, por�m, levantou controv�rsia para quem trabalha na regi�o e se tornou cliente de Leonardo e Viviane. Sem saber muito o que fazer o casal anotava o pedido da clientela que cultivou para fazer a entrega do produto. "A gente vende suco natural. Eu e meu marido que fazemos. S�o mais de 15 sabores", revela Viviane, visivelmente abalada por ver a �nica fonte de renda acabar. "Fico sem op��o de trabalho. Estou perdidinha. Estamos desempregados. Como vamos fazer?", questionou. O casal, que mora no Bairro Industrial, em Contagem, tem duas filhas, uma com 11 anos e a outra com 16.

O casal estava animado com a chegada do calor, que j� d� as caras na capital mineira apesar de ainda ser inverno. Leonardo tira do bolso o registro como microempreendedor e conta que o casal buscou o Sebrae para se profissionalizar e fazer o suco dentro de todos os padr�es sanit�rios e de higiene. Constru�ram cozinha industrial para preparar o suco. "Minha cozinha � toda branquinha", revela Viviane. Tamb�m se inscreveram como microempreendedor individual (MEI).
A despachante Jusc�lia Santos, de 41, e o filho Felipe Santos, de 22, lamentaram que o casal n�o pode mais vender o suco no local. "Compro suco todos os dias com eles. Todo mundo � apaixonado pelo suco que eles fazem. � melhor do que o preparado em muitas lanchonetes. D� para ver a qualidade e a limpeza com que preparam", afirma Jusc�lia.
De acordo com a Guarda Municipal, a opera��o foi planejada a partir de den�ncias contra a "a��o de flanelinhas, desobedi�ncia �s normas e sinaliza��o de tr�nsito, atua��o de com�rcio clandestino em logradouro p�blico, que t�m causado transtornos a moradores e usu�rios dos servi�os na regi�o". Segundo a guarda, cerca de 30 pessoas atuavam de forma irregular na regi�o.
C�DIGO DE POSTURAS

Como a a��o teve car�ter preventivo, n�o foi feita apreens�o de material. "Trabalhamos com o foco em orientar e evitar que a instala��o ocorresse no dia de hoje. As pessoas que tentavam ocupar a cal�ada para a venda clandestina de mercadoria foram orientadas a n�o montarem as barracas", afirmou.
Segundo ele, bebidas, comidas eram comercializadas. "O problema � que a venda vai de encontro ao C�digo de Posturas, que veda o com�rcio irregular de mercadoria no logradouro p�blico. � uma quest�o sanit�ria, que envolve higiene e manuseio de alimentos".
O subinspetor tamb�m afirmou que a const�ncia de infra��es de tr�nsito era grande na regi�o. "A presen�a da Guarda Municipal tende a regular a situa��o e a fluidez do tr�nsito ser melhor", disse. A guarda far� fiscaliza��o constante na �rea.