
Moradores de Belo Horizonte que transitam por bairros da Regi�o Centro-Sul enfrentaram caos no tr�nsito na tarde desta quarta-feira. Diversos sem�foros no Centro e nos bairros Santa Efig�nia e Funcion�rios pararam de funcionar. Com isso, cruzamentos foram fechados pelos ve�culos, o que resultou em longos congestionamentos. Em meio �s longas filas e � falta de fiscais de tr�nsito, um homem decidiu controlar os carros e tentar amenizar o problema. A Cemig informou que houve uma falha em uma subesta��o da companhia, mas que j� foi solucionada.
O caos no tr�nsito foi registrado por volta das 14h. Longas filas se formaram na �rea hospitalar. Vias importantes e com grande movimenta��o de ve�culos e pessoas, como as avenidas Francisco Sales e Contorno, tiveram os sem�foros completamente desligados ou em flash.
De acordo com a Cemig, a falta de energia atingiu tr�s bairros da Regi�o Centro-Sul. O Santa Efig�nia, o Funcion�rios e parte do Serra. A companhia ressalta que, por duas vezes, houve a tentativa de religar a energia, mas sem sucesso. Por volta das 14h40, a situa��o foi resolvida, segundo a Cemig.
O problema, por�m, persistiu por cerca de duas horas durante a tarde. Uma empresa que comercializa materiais el�tricos no Bairro Santa Efig�nia teve preju�zo com a falta de energia. “A luz caiu e voltou umas seis vezes. Esses picos de energia danificam os computadores. Quando a gente achava que ia firmar, ca�a de novo”, contou o comerciante Ronaldo Machado, de 64 anos. “Sem energia, n�o tem como vender”, completou.
Uma padaria na Rua Capivari, no Bairro Serra, tamb�m teve de parar as vendas. De acordo com um funcion�rio, por l� houve queda de energia duas vezes. “Primeiro caiu e logo depois voltou. Mais tarde caiu de novo e ficou sem luz uns 15 minutos”, contou o auxiliar administrativo Marcos Vinicius Rodrigues Veloso, de 31 anos. “Atrapalhou demais aqui. Tudo desligou, at� os nobreaks que servem para alimentar os computadores. No caixa, por exemplo, n�o consegui fazer venda registrada, n�o consegui atender”, reclamou.
No aperto, a solidariedade
No cruzamento da Avenida Francisco Sales, esquina com Avenida Brasil, nenhum sem�foro funcionava por volta das 15h. Sem agentes de tr�nsito no local, o vendedor ambulante Jorge Fabiano da Silva, de 56 anos, ajudou a controlar o tr�nsito. "Estou tentando ajudar aqui. Vejo que vai ter acidente, e muitos acidentes", previu Jorge, por ser um cruzamento perigoso.
Ainda segundo o vendedor, que tamb�m � t�cnico de seguran�a do trabalho e meio ambiente, foram feitas diversas liga��es para a Pol�cia Militar, por�m, nenhum agente de tr�nsito ainda havia chegado. “Trabalho aqui no sinal todo dia. Tem meia hora que estou chamando pol�cia e ningu�m aparece”, reclamou.
O problema come�ou quando o vendedor panfletava no sinal, pedindo ajuda para que a sobrinha consiga fazer uma cirurgia de olhos. “�s vezes vendo �gua, �s vezes vendo bala. Hoje, s� estava pedindo ajuda pra minha sobrinha e come�ou essa bagun�a”, contou. Segundo ele, houve pelo menos quatro quedas de funcionamento do sem�foro em um intervalo de meia hora. “Para e funciona, para e funciona”, repetiu.
* Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz