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Vizinhos do fogo: chamas tiram o sono de moradores em v�rios bairros de BH

Inc�ndios em �reas urbanas apavoram moradores da Grande BH e da capital, que passou a semana envolta em fuma�a. Disparada de ocorr�ncias faz Guarda Municipal entrar na batalha


postado em 22/09/2019 04:00 / atualizado em 22/09/2019 07:42

Labaredas se aproximam de imóveis nas proximidades da Avenida Raja Gabaglia: pesadelo que se repete nas estações secas(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS )
Labaredas se aproximam de im�veis nas proximidades da Avenida Raja Gabaglia: pesadelo que se repete nas esta��es secas (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS )
 
A primavera come�a nesta segunda-feira, mas quem domina a paisagem � o pior inimigo de �rvores e flores e dos animais – e que, especialmente na Grande BH, tem se tornado um assustador e cada vez mais presente vizinho: o fogo. Os �ltimos dias t�m sido de sufoco para moradores de �reas urbanas pr�ximas a matas e vegeta��o densa, que, diante das labaredas, t�m como �ltimo escudo o telefone para clamar por ajuda.

“O socorro � teclar 193”, observou um morador do Buritis, na Regi�o Oeste da capital, ainda se lembrando das labaredas que, na sexta-feira, avan�aram pela mata da Copasa. “Parecia que o fogo estava sobre n�s”, lembrou, aflita, uma mulher, levantando o bra�o e abrindo a m�o sobre a cabe�a.

A preocupa��o com o fogo pr�ximo de moradias, empresas e pr�dios p�blicos e com a nuvem acinzentada que envolveu Belo Horizonte durante a semana � tamanha que at� mesmo a Guarda Municipal decidiu se unir aos esfor�os de combate. A partir de amanh�, agentes em todas as viaturas devem estar atentos a poss�veis focos.

“Ao constatar um princ�pio de inc�ndio, a corpora��o informar� o Centro Integrado de Opera��es (COP-BH), que ir� acompanhar a ocorr�ncia, e poder�, tamb�m, acionar de imediato o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil ou a fiscaliza��o municipal, mediante an�lise de cada caso”, informou a corpora��o. “O momento � de unir esfor�os visando � prote��o de nossa popula��o”, disse o diretor geral de Opera��es, J�lio C�sar Freitas.

Um refor�o para o trabalho dos bombeiros, que enfrentaram uma semana tumultuada, com focos espalhados por diversas regi�es, com destaque para inc�ndios nos bairros Belvedere (Regi�o Centro-Sul), Buritis e Estoril (Oeste) e Jardim Felicidade (Norte), todos pr�ximos a moradias. Conforme a corpora��o, na manh� de ontem a capital estava livre de inc�ndios.

O combate, por�m, seguia acelerado em Nova Lima, Caet� e Matozinhos, na regi�o metropolitana, Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central, em Campina Verde, no Tri�ngulo Mineiro, e �s margens das rodovias MG-030, BR-262 e BR-381.

Quando algum desses inc�ndios ocorre em �rea urbana, aos momentos de p�nico com a aproxima��o das chamas se segue um dia de faxina, para apagar os vest�gios de cinza, fuligem e fuma�a. Foi o que aconteceu ontem no Bairro Buritis, depois da noite de sexta-feira de extrema apreens�o para moradores, seguida de preocupa��o com a possibilidade de novas ocorr�ncias.

Limpeza foi a palavra de ordem na casa do professor Walisson Ferreira, morador da Rua Sebasti�o Stockler, a cerca de 100 metros da mata da Copasa, que teve parte de sua vegeta��o consumida pelas chamas. “Logo que o fogo aumentou, levei minha mulher e meus filhos de 4 e 9 anos para a casa da minha sogra, em outro bairro. Agora estou aqui limpando a casa, pois ficou muito suja.”

Vizinhos do perigo, os moradores lembram que os inc�ndios no local s�o recorrentes, o que traz o p�nico de volta a cada esta��o seca. O empres�rio Marco T�lio Teixeira Dias pede �s autoridades que protejam a mata da forma que for poss�vel. “Temos que cuidar do que � nosso. O governo estadual precisa tomar conta direito dessa mata, pois � sempre atingida pelo fogo”, afirmou.

Na casa ao lado, pelo interfone, a funcion�ria encarregada da limpeza tamb�m se ocupava, pela manh�, da faxina geral. “Os patr�es ficaram desesperados. Sa�ram de casa bem cedo neste s�bado. Os c�modos est�o imundos, estou h� horas fazendo o servi�o”, contou.

Certa de que o telefone pode ajudar, Edna Maria Rodrigues Lana tem acompanhado, pelo grupo de WhatsApp dos moradores da sua rua, as informa��es sobre os inc�ndios. “Veja o fogo de ontem: foi horr�vel”, mostrou, pela grava��o no celular.

 “Os bombeiros est�o com muitas ocorr�ncias, a gente entende que n�o possam chegar rapidamente nos locais em chamas”, afirmou. Devido � forte fuma�a que tomou conta do ar na regi�o, ela contou que, ontem, foi obrigada a cancelar a caminhada matinal com vizinhos e amigos. “N�o dava para respirar essa polui��o”, lamentou.
 
 

Um olho no fogo, outro nas casas 

Em outro extremo da cidade, na Regi�o Norte, o medo tamb�m continuava presente na mem�ria da comuidade. Moradores da Rua Balbina Fernandes da Cruz, no Bairro Jardim Felicidade, passaram por momentos de tens�o e medo quando, no fim da tarde de quinta-feira, uma �rea verde nos fundos da Escola Municipal Rui da Costa Val pegou fogo. Foram atingidas �rvores e vegeta��o rasteira de uma �rea �ngreme. Na parte superior do barranco ficam dezenas de casas, de onde ontem as pessoas ainda observavam as cinzas no terreno devastado.

 

Os bombeiros foram chamados e o foco de inc�ndio esteve temporariamente controlado. No entanto, por volta das 19h as labaredas voltaram, ainda mais fortes. Por muito pouco n�o ocorreu uma trag�dia com a fam�lia de �ngela Maria Vieira, de 42. “Fiquei observando e com medo de o fogo chegar aqui. Os bombeiros vieram. Mas, � noite, quando meus filhos estavam dormindo, tivemos que sair �s pressas”, conta.

 

A casa fica em terreno mais alto em rela��o � mata, mas as chamas chegaram ao corredor entre a moradia e a �rea p�blica. “A casa da minha irm� quase pegou fogo, pois ca�ram fa�scas na roupa de cama. Ela perdeu uma bolsa com documentos. Por muito pouco, pouco mesmo, a casa n�o se incendiou”, conta �ngela. O filho dela, Elias Alves, de 22, e o amigo, o m�sico e instalador de piscina Alexandre Xavier, de 26, se uniram para ajudar a controlar as labaredas. “Fiquei at� 22h combatendo o inc�ndio”, disse.

 

Para Alexandre, o inc�ndio � resulta de descaso: “A mata fica no quintal da escola. � um descaso com os mais humildes”. A dona de casa Maria Aparecida Mendes, de 45, tem a mesma opini�o. Para ela, o poder p�blico deveria manter limpa e capinada a �rea nos fundos dos equipamentos p�blicos – a Escola Municipal Rui da Costa Val, a Emei Curumim e o Centro de Refer�ncia de Assist�ncia Social.

 


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