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Estado de Minas TRAG�DIA DE BRUMADINHO

'Parar n�o � op��o': m�e de v�tima detalha homenagem aos bombeiros em Brumadinho

Cena de um agente consolando parente de uma das 20 pessoas que continuam desaparecidas foi o mote para o agradecimento feito � tropa e gravado em v�deo que emocionou internautas


postado em 04/10/2019 06:00 / atualizado em 04/10/2019 08:15



“Ningu�m solta a m�o de ningu�m” e “parar n�o � a op��o”. � nessas frases que os familiares das v�timas da trag�dia de Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, se apoiam. Depois de mais de oito meses do rompimento da barragem da Mina C�rrego de Feij�o, da Vale, 20 fam�lias ainda vivem a ang�stia da espera pela localiza��o de parente desaparecido no desastre. Mas a esperan�a n�o acabou. Pelo contr�rio, todos confiam na a��o do Corpo de Bombeiros. A professora Andresa Rodrigues, de 41 anos, mostrou o apoio do grupo aos militares que continuam as buscas em um v�deo que viralizou na internet, ontem. Ela entrou em um �nibus onde estavam os bombeiros, agradeceu e prestou contin�ncia, um gesto de respeito que � usado por militares como sauda��o aos superiores.

Seria mais um dia de reuni�es entre as fam�lias de v�timas da trag�dia – que deixou 250 mortos e 20 desaparecidos at� o momento – e representantes da Vale. Mas uma cena chamou a aten��o dos parentes. Ao fim do encontro, no estacionamento, os parentes viram o senhor Geraldo, como � chamado o pai de Juliana Rezende, uma das pessoas desaparecidas, sendo consolado por um bombeiro e resolveram fazer uma homenagem. “Vimos que o militar se aproximou do pai de uma das v�timas, de uma das joias, e ficamos observando a cena. Pouco tempo depois, vimos o pai chorando e o bombeiro o confortando. Foi ent�o, que decidimos fazer um agradecimento”, contou a professora.

A comiss�o dos familiares de v�timas seguiu at� o �nibus onde estavam os militares. Andesa pediu a palavra e, por aproximadamente 40 segundos, conseguiu passar o sentimento de quem perdeu um ente querido e deseja um conforto. Ela fala olhando nos olhos dos militares. Os bombeiros, alguns sentados, outros de p�, a escutam atentamente. Enquanto ela agradece e diz palavras para demonstrar o respeito aos militares, alguns n�o conseguem segurar as l�grimas. “Ent�o, viemos aqui agradecer e prestar contin�ncia, como voc�s fazem ao encontrar um superior. N�s viemos prestar contin�ncia das fam�lias para voc�s e dizer para continuarem com a gente, pois precisamos muito trazer esse acalento para as fam�lias. E nossa esperan�a est� em voc�s”, disse emocionada.

Andresa bate continência ao bombeiros, que se emocionam com a homenagem prestada em agradecimento pelas buscas contínuas(foto: Reprodução/YouTube)
Andresa bate contin�ncia ao bombeiros, que se emocionam com a homenagem prestada em agradecimento pelas buscas cont�nuas (foto: Reprodu��o/YouTube)


A atitude da professora mostra a uni�o das fam�lias neste momento de dor. Ela � m�e de Bruno Rocha Rodrigues, de 26 anos, que era t�cnico em processamento. O corpo dele j� foi encontrado. Mas Andresa continua na luta para as buscas n�o terem fim antes que todas as v�timas sejam localizadas. “O corpo de meu filho foi encontrado depois de 105 dias de buscas. Mas temos um compromisso de encontrar todas as joias”, disse. “Acompanhamos duas frases: a primeira � 'ningu�m solta a m�o de ningu�m'. Vamos encontrar as joias todos juntos. A segunda � 'parar n�o � a op��o'. � uma frase usada pelos bombeiros, da qual nos apoderamos tamb�m. N�o aceitamos que fique nem sequer um corpo embaixo da lama”, completou.

Buscas mantidas


O rompimento da barragem da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, ocorreu em 25 de janeiro. Os corpos de 250 que pessoas que morreram na trag�dia j� foram resgatados. Outras 20 v�timas ainda s�o procuradas. As buscas seguem ininterruptas, mesmo oito meses depois do desastre. Ontem, 252º dia de trabalhos, 148 bombeiros estavam envolvidos no servi�o. Eles contam com a ajuda de m�quinas pesadas e c�es farejadores.

Os trabalhos, que s�o complexos e demandam ajuda do setor de intelig�ncia, v�m dando resultado. No domingo, os militares conseguiram encontrar mais um corpo. Os restos mortais foram localizados pela equipe em um local chamado de Remanso 4, por volta das 10h15. A v�tima foi identificada como Luciano de Almeida Rocha, de tinha 39 anos e trabalhava em diversas minas na �rea de geologia. O cunhado dele, Andr� Luiz Santos, tamb�m morreu no rompimento da barragem de rejeitos.

Dados da Pol�cia Civil mostram que, em setembro, a m�dia foi de 1,3 caso por dia entregue ao Instituto de Criminal�stica, sendo que 1,06 solucionado diariamente. Por�m, a maioria das v�timas j� tinha sido identificada anteriormente. Os trabalhos envolvem a identifica��o de corpos ou segmentos encontrados na �rea do desastre.


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