A primeira missa depois de quase dois anos n�o podia ser diferente. Foi especial. Mais que f�, uma energia traduzida em forma de esperan�a parece ter tomado conta da Igreja S�o Francisco de Assis, mais conhecida como Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte. Sob as b�n��os do santo, fi�is e visitantes reencontraram essa joia do patrim�nio brasileiro e aproveitaram para renovar valores espirituais em celebra��o na manh� deste domingo. Igreja pede que bem seja conservado.
O padre Weliton da Silva Lopes n�o escondeu a certa apreens�o que tomou conta dele. Afinal, era sua primeira celebra��o nesse templo. “Esse sentimento � pelo grau de responsabilidade da miss�o de celebrar em local t�o vis�vel pela import�ncia cultural, hist�rica e religiosa”, disse. “Ao mesmo tempo, � um sentimento de esperan�a”, completou.
Segundo padre Weliton, resgatar esse ambiente como lugar de celebra��o e espiritualidade traz � tona a mensagem de S�o Francisco, muito atuais para um ser humano sedento de nosso tempo e esvaziado pelo consumismo e pela falta de sentido na vida”. “O carisma de S�o Francisco e os preceitos dele trazem muita esperan�a. As pessoas que aqui est�o buscando isso poder�o beber dessa fonte”, disse.
Na homilia, o religioso lembrou que outubro � o m�s extraordin�rio convocado pelo Papa Francisco, que quer chamar os cat�licos para a for�a da miss�o, urg�ncia e necessidade dela. “Templos como esses s�o oportunidade para fazer o evangelho frutificar”, ressaltou.
E chamou os fi�is a conservar a igreja. “Na sexta-feira, na inaugura��o, algu�m disse que a restaura��o dura em m�dia 10 anos. As reformas n�o podem durar apenas 10 anos. Essa de agora foi grande e muito completa. � preciso ter cuidado para n�o fazer nada que possa danificar nosso patrim�nio.”
A dona de casa Maria Neuza Rodrigues, de 77 anos, moradora do Sagrada Fam�lia, na Regi�o Leste de BH, estava na Igrejinha pela quarta vez, mas a primeira para assistir a uma missa. “A igreja est� linda. Hoje � um dia muito especial”, disse.
O t�cnico em mec�nica automotiva Roberto Soares de Carvalho, de 46, estava com o filho Daniel Para�so Carvalho, de 3. Os dois sa�ram do Bairro Santa M�nica, na Pampulha, especialmente para a primeira celebra��o depois da reforma. “O Daniel foi batizado aqui. Vim pedir a gra�a de S�o Francisco de Assis e prote��o para ele”, contou.
Titular da Par�quia de Santo Ant�nio da Pampulha, padre Weliton agora se dividir� entre os dois lugares. Na Pampulha, as missas continuar�o a ocorrer apenas aos domingos, �s 10h30. A agenda para casamentos e batizados ser� aberta somente ano que vem.