Nova suspeita de abuso sexual em col�gio de BH � relatada em reuni�o de pais
Suspeita de abuso de menino de 3 anos no Col�gio Magnum veio � tona no fim de semana. Na reuni�o desta segunda-feira, entre familiares de alunos e dire��o, outro relato foi feito
Pais se reuniram no Col�gio Magnum nesta segunda (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)
Pais de alunos do Col�gio Magnum, no Bairro Nova Floresta, Regi�o Nordeste de Belo Horizonte, se reuniram com a dire��o na manh� desta segunda-feira para discutir uma den�ncia de estupro que movimentou as redes sociais e assustou as fam�lias neste fim de semana. A v�tima seria um menino de 3 anos. O suspeito, que trabalhava como monitor de educa��o f�sica, foi afastado e a Pol�cia Civil investiga o caso.
A m�e de uma aluna falou � imprensa na sa�da. A comerciante Rosiane Pinto, de 45 anos, � m�e de uma menina de 4 anos, que estuda no col�gio desde 2018. Ela disse que, durante a reuni�o, foi relatado outro prov�vel abuso. A escola colocar� dois monitores no banheiro. O Magnum tamb�m ofereceu ajuda de um psic�logo, que ficar� � disposi��o para ouvir as crian�as. A orienta��o aos pais � que procurem um profissional especializado. A reuni�o foi interrompida quando uma m�e passou mal. At� o momento a escola n�o deu um novo posicionamento.
A informa��o de Rosiane foi confirmada pela reportagem. Durante a reuni�o, uma m�e e a tia de um garoto, tamb�m de 3 anos, que pode ter sido o segundo abusado pelo monitor, apresentaram o boletim de ocorr�ncia. A m�e da crian�a estava abalada e quem relatou o ocorrido foi a tia. Pais representantes de um grupo que protege os direitos das crian�as participaram da reuni�o, que foi bastante tensa. Algumas m�es choravam e uma delas desmaiou.
Representantes da escola fizeram um relato da trajet�ria do suspeito na escola. Ele foi contratado pelo projeto Escola de Esportes, atuando por quatro anos como um "faz tudo". Nesse meio tempo, o suspeito iniciou o curso de educa��o f�sica e, recentemente, saiu do projeto Escola de Esportes para estagiar na escola. Durante a reuni�o, foi relatado que o suspeito n�o levava as crian�as ao banheiro. As crian�as eram acompanhadas de uma assistente.
M�e de outra estudante disse que, durante reuni�o, foi relatado outro prov�vel abuso (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)
O engenheiro J�nior Lopes, de 52 anos, � pai de dois alunos, uma crian�a e um adolescente, e disse que se solidariza com as fam�lias. Ele tamb�m saiu em defesa do Col�gio Magnum. “Eu espero que as pessoas entendam isso: o col�gio, como as fam�lias, � v�tima de uma pessoa que n�o � normal, que est� no meio da gente e que � dif�cil de ser identificado”, comentou. “A pol�cia tem de punir e a escola dar a assist�ncia que est� dando �s fam�lias”, disse Lopes.
O engenheiro J�nior Lopes avalia que a escola agiu da maneira correta (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)
Pacote de medidas
O Col�gio Magnumenviou comunicado aos pais no fim da manh� deste domingo. A nota informava que o suspeito foi afastado e as den�ncias est�o sendo investigadas. Informou que a escola ainda n�o foi procurada pelas autoridades, mas que entrou em contato com os referidos �rg�os por meio de sua assessoria jur�dica. A escola ainda esclareceu que toda a "equipe do Col�gio passa por criterioso processo de sele��o e teste psicol�gico, por treinamento de integra��o para alinhamento de princ�pios e conduta, al�m de capacita��o profissional continuada".
A escola elaborou pacote de medidas que incluem: atendimento da Coordena��o Pedag�gica, concomitante ao servi�o de psicologia, por meio de agendamentos individualizados; revis�o de todo o sistema de seguran�a eletr�nica; a entrada de todos os banheiros ter� monitoramento por c�meras; cada banheiro da escola ter� uma pessoa respons�vel pela fiscaliza��o; todas as crian�as da Educa��o Infantil continuar�o a ser acompanhadas ao banheiro por uma monitora, que permanecer� no local junto com a fiscal de banheiro at� que a crian�a seja acompanhada no retorno para a sala.
O caso � investigado pela 2ª Delegacia Especializada em Prote��o � Crian�a e ao Adolescente (Dopcad) de Belo Horizonte. A reportagem apurou que o suspeito � um ajudante das aulas de educa��o f�sica.
O Estado de Minas conseguiu contato com o professor de educa��o f�sica que os pais indicaram como pessoa que chefiava o suspeito. Contudo, o profissional disse n�o poder dar informa��es sobre o caso e disse que n�o seria respons�vel pelo fato de o suspeito ter cometido o abuso. "Sou respons�vel apenas por mim, pelos meus filhos e pela minha fam�lia. N�o posso falar nada, confirmar ou negar nada sobre esse caso", disse nesse fim de semana.
Investiga��o
Por meio de nota enviada no s�bado, o col�gio informou que "nesta sexta-feira, 4 de outubro, a dire��o da escola ouviu os relatos dos pais sobre a mudan�a de comportamento do filho e sobre a conduta de um colaborador. Imediatamente, foram colocadas � disposi��o da fam�lia as assessorias jur�dica e psicol�gica, e o profissional envolvido foi afastado de suas fun��es para auxiliar na transpar�ncia das apura��es". A reuni�o de hoje foi anunciada por meio da nota.
A Pol�cia Civil de Minas Gerais confirmou que foi registrado o segundo boletim de ocorr�ncia contra o monitor de educa��o f�sca. A den�ncia foi feita no domingo (6). Em nota, a PC informou que as investiga��es est�o em andamento."A Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente realiza v�rias dilig�ncias para coleta de dados,procedendo com escutas especializadas realizadas por psic�logos".
Leia na �ntegra a nota enviada pelo Col�gio Magnum aos pais
"Nossa dire��o foi procurada na �ltima semana pelos pais de um aluno da educa��o infantil, os quais relataram que um colaborador, durante as atividades da escola de esportes, teria tido atitudes inadequadas com o filho do casal. Considerando que se trata de um fato que � investigado, o colaborador envolvido foi afastado de suas fun��es para auxiliar na transpar�ncia das apura��es.
Uma reuni�o foi realizada na manh� desta segunda-feira com pais de alunos. Na ocasi�o, uma m�e mencionou ter feito um boletim de ocorr�ncia na noite de domingo, 6/10. Diante da informa��o, a escola j� agendou um atendimento com a fam�lia.
A institui��o n�o foi procurada pelas autoridades competentes que apuram o caso, mas, em sua busca pela Justi�a e para a elucida��o dos fatos, a assessoria jur�dica da escola foi orientada a entrar em contato com os referidos �rg�os.
Vale ressaltar que toda a equipe do Col�gio passa por criterioso processo de sele��o e teste psicol�gico, por treinamento de integra��o para alinhamento de princ�pios e conduta, al�m de capacita��o profissional continuada.
A escola possui ainda um programa de rede de acolhimento, por meio do qual s�o capacitados colaboradores para atuarem na preven��o, identifica��o e cuidado diante da altera��o de comportamento dos alunos.
Ap�s a reuni�o desta segunda-feira, a dire��o elaborou um pacote de medidas que ser� colocado em a��o de forma imediata:
- Est� � disposi��o dos pais e dos seus alunos o atendimento da Coordena��o Pedag�gica, concomitante ao servi�o de psicologia, por meio de agendamentos individualizados.
- Ser� realizada uma revis�o de todo o sistema de seguran�a eletr�nica. A entrada de todos os banheiros ter� monitoramento por c�meras. - Cada banheiro da escola ter� uma pessoa respons�vel pela fiscaliza��o.
- Todas as crian�as da Educa��o Infantil continuar�o a ser acompanhadas ao banheiro por uma monitora, que permanecer� no local junto com a fiscal de banheiro at� que a crian�a seja acompanhada no retorno para a sala.
A institui��o refor�a que acredita e defende o princ�pio da Justi�a e apoia as autoridades competentes para que a verdade seja revelada."
