
Ele alega que apoiava o professor nas aulas de educa��o f�sica e nunca abusou de nenhuma crian�a. Hudson disse ainda que n�o sabe o que pode ter motivado as den�ncias que ele atribui como falsas e desconfia de preconceito. "Existem v�rias coisas, a gente vive em um pa�s em que a desigualdade social � muito grande. �s vezes a gente sofre alguma discrimina��o, n�o sei", afirma ele.
O advogado que o representa, Fabiano Lopes, acrescenta que a situa��o social do ex-auxiliar pode ter contribu�do para essa situa��o. "O Hudson acredita que pelo fato de ele ser negro, pobre, humilde, teria de alguma forma refletido nele como a parte mais fraca dentro do procedimento", diz o advogado. Lopes pontuou ainda que a defesa reitera a inoc�ncia do investigado se apoiando em provas que j� foram arrecadadas, como imagens das depend�ncias internas do Col�gio Magnum.
"O Hudson desde suas primeiras declara��es tem negado o ocorrido e alega ser inocente. Juridicamente a defesa tem alegado que seria imposs�vel esse crime ter ocorrido pelas quest�es de seguran�a da escola, pelas imagens que foram arrecadadas que foram previamente conferidas e n�o encontram nenhum tipo de situa��o que deixaria a autoridade policial com suspei��o do Hudson", acrescenta.
Hudson conversou com a imprensa ao sair da Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente (Depca), que fica no Bairro Carlos Prates, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte.
Como a investiga��o corre em segredo de Justi�a, a Pol�cia Civil n�o divulga detalhes. Pelo menos duas den�ncias diferentes s�o apuradas e Hudson foi a 41ª pessoa ouvida no curso do inqu�rito.
Ainda segundo Fabiano Lopes, a investiga��o j� est� pr�xima da elabora��o do relat�rio, mas ele disse que ainda podem acontecer novos depoimentos. O advogado destacou que outra linha usada pela defesa � a quest�o da indu��o das crian�as a apontarem uma situa��o que n�o aconteceu a partir de falsas mem�rias. "Tem a quest�o tamb�m das m�es estarem apoiando o Hudson e conhecer a �ndole do Hudson. Existem tamb�m as falsas mem�rias, que s�o as quest�es psiqui�tricas e psicol�gicas que estamos alegando. A defesa acredita que no final tudo vai dar certo", afirma.
Enquanto a Pol�cia Civil n�o conclui o inqu�rito, o jovem diz que espera que isso tudo termine para tentar reconstruir sua vida. "Minha vida est� parada. N�o durmo, n�o fa�o nada. Eu quero dizer que antes de fazer qualquer julgamento pr�vio, a gente tem que ter cautela. N�o ficar acusando os outros sem ter prova, porque fica uma li��o de moral pra todo mundo tamb�m que acompanha os jornais, eu me considero inocente, minha consci�ncia est� tranquila", afirma.
Fase final de inqu�rito
Por meio de nota, a Pol�cia Civil afirmou que o conte�do das declara��es de Hudson n�o ser� divulgado em cumprimento ao que determina ao Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA). “At� o momento, 41 pessoas prestaram depoimentos - familiares, representantes da escola e o suspeito. Um mandado de busca e apreens�o foi cumprido na casa do suspeito na semana passada e um celular foi apreendido. O aparelho ainda � periciado. Os trabalhos s�o realizados com todo rigor e efic�cia, para que os fatos sejam esclarecidos o mais breve poss�vel. Outros detalhes, somente na conclus�o do inqu�rito”, afirmou.