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Estado de Minas

Praia no fim de ano? Confira se h� �leo no seu destino

Mancha que j� afetou 120 munic�pios do litoral preocupa turistas mineiros e leva a cancelamento de pacotes


postado em 23/11/2019 06:00 / atualizado em 23/11/2019 18:07

Equipes participam de limpeza em praia do litoral da Bahia: destinos do Nordeste e agora também do Espírito Santo sofrem efeitos da contaminação(foto: SECOM/Salvador- 1º/11/19)
Equipes participam de limpeza em praia do litoral da Bahia: destinos do Nordeste e agora tamb�m do Esp�rito Santo sofrem efeitos da contamina��o (foto: SECOM/Salvador- 1�/11/19)


Com o fim do ano e as f�rias de janeiro se aproximando, mineiros que procuram ag�ncias de viagem chegam cercados de d�vidas e at� repensam os planos para o per�odo de veraneio, quando milhares de turistas do estado se deslocam para a costa do Nordeste e do Sudeste. Desta vez, eles tamb�m levam na bagagem o medo em rela��o �s manchas de �leo que s�o avistadas desde agosto no litoral brasileiro. Embora haja quem tenha visitado destinos tur�sticos nessas regi�es recentemente sem problemas, alguns j� optam por cancelar a visita ou mudar o destino, e j� h� ag�ncias que acusam queda de at� 80% nas compras em alguns dos meses mais procurados. Segundo o �ltimo balan�o do Ibama, divulgado ontem, em tr�s meses, o produto poluente j� atingiu 724 localidades em 120 munic�pios de 10 estados, do Maranh�o ao Esp�rito Santo.

Moradores de Belo Horizonte, a jornalista Tha�ne Belissa e o marido j� estavam com as passagens compradas para Jo�o Pessoa (PB) desde julho e pretendiam ir at� a Regi�o Metropolitana de Recife (PE) neste m�s. Tamb�m reservaram di�rias em uma pousada em Olinda, onde visitariam uma amiga. J� estava tudo preparado quando, no fim de setembro, come�am as primeiras informa��es sobre o �leo no litoral Nordeste. “Estava muito dif�cil conseguir informa��es precisas nos notici�rios, quais praias tinham sido afetadas mesmo, se o �leo causava algum problema de sa�de... Eu n�o conseguia saber para tomar uma decis�o”, conta.

O jeito foi tentar levantar informa��es por conta pr�pria. “O que fiz foi entrar em contato com as pessoas que eu conhecia na regi�o, com quem trabalha e mora por l�. A� deu mais certo, porque as pessoas come�aram a me trazer os relatos reais do que elas viram, por exemplo: 'A praia x est� contaminada'. No meio de outubro, um amigo de Jo�o Pessoa mandou uma mensagem falando que o mar tinha trazido mais �leo, que boa parte das praias que a gente queria visitar estava cheia de �leo, e vieram aquelas not�cias de que n�o podia comer peixe, camar�o”, disse.



Diante da possibilidade de se frustrar na viagem ao litoral, eles resolveram cancelar os planos e se informar sobre seus direitos, pesquisando orienta��es do Procon. Tha�ne conta que, por sorte, conseguiu escapar da multa da companhia a�rea, porque a empresa havia remarcado o voo v�rias vezes por iniciativa pr�pria. Assim, ela teve o valor restitu�do. Da reserva da pousada, feita em um site especializado, conseguiu recuperar uma parte.

Como ainda havia tempo, o casal decidiu viajar para o litoral de S�o Paulo, onde as manchas de �leo n�o chegaram, ao menos por enquanto. L�, se livraram da polui��o, mas acabaram surpreendidos pelo mau tempo. Ela conta que eles n�o foram os �nicos turistas a mudar de rota por causa da situa��o. “Quando pegamos um Uber para ir ao hotel, o motorista falou que tinha pegado v�rias pessoas que antes iam para o Nordeste, tinham desistido e foram para Ubatuba”. Isso j� faz com que moradores locais esperem muito mais visitantes neste fim de ano.

Cancelamentos


A situa��o em outubro e no in�cio de novembro era cr�tica para as vendas de pacotes tur�sticos, mas come�ou a mudar agora no fim deste m�s. “Por�m, a melhora n�o � nem em termos de Brasil, mas de destinos internacionais”, disse, nesta sexta-feira, a agente de viagens Joyce Versiani, que trabalha na �rea h� 15 anos. “Nordeste � o principal produto que vendemos. Outubro costuma ser um dos melhores meses de venda, quando pessoas compram visando ao embarque em janeiro, que � alt�ssima temporada. Desta vez n�o foi, devido a esse terr�vel 'incidente'”, disse. “Temos passageiros com embarques para dezembro que est�o assustados e estudando o cancelamento”, afirma.

Segundo ela, na empresa onde trabalha houve queda de quase 80% nas vendas em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Com a mancha de �leo rondando o Nordeste, alguns clientes optaram por ir para o Sul do Brasil. “Vamos ter que esperar. E rezar para essa mancha sumir da mesma maneira que apareceu”, disse.

Negocia��o


O presidente da Associa��o Brasileira de Ag�ncias de Viagens (Abav) em Minas Gerais, Alexandre Brand�o, orienta as pessoas que compraram pacotes em ag�ncias e n�o querem mais viajar que procurem os escrit�rios para ver o que pode ser feito. “� poss�vel trocar o destino ou adiar a viagem. Tem que ser visto caso a caso, porque somos uma cadeia. Tem hotelaria, receptivo, a passagem a�rea. A companhia (a�rea) n�o abre m�o das multas”, afirma. “Quando se usam tarifas promocionais, a remarca��o fica mais cara do que pagar um bilhete novo. De qualquer maneira, a gente recomenda que seja negociado caso a caso”, conta. A orienta��o da negocia��o tamb�m � v�lida para quem solicitou os servi�os individualmente, diretamente com hot�is, companhias a�reas, receptivos, etc.

Por�m, ele considera que o cen�rio de desist�ncias n�o � t�o grave. “Est� sendo uma coisa muito pontual. Em Minas, os maiores destinos (de quem sai do estado) s�o Bahia e Esp�rito Santo. Na Bahia, houve poucos problemas com o �leo. Em Arraial D'Ajuda (BA), Guriri, em S�o Mateus (ES), Concei��o da Barra (ES), as por��es que chegaram s�o do tamanho de uma moeda de R$ 1. Quem n�o comprou, ainda est� esperando a Black Friday, que vai vir com ofertas”, sustenta.

De toda forma, antes de fechar a viagem � aconselh�vel que o turista se informe sobre a situa��o das praias no destino, seja por meio de contato com moradores, outros turistas ou visitando sites das prefeituras das localidades. Al�m disso, diariamente, o Ibama publica em seu site a lista dos locais atingidos pelas manchas de �leo em todo o pa�s. Os arquivos podem ser acessados por meio do endere�o www.ibama.gov.br/manchasdeoleo-localidades-atingidas. L� tamb�m h� respostas para as perguntas mais frequentes e outros detalhes. A Marinha do Brasil tamb�m tem uma p�gina com atualiza��es sobre o litoral: www.marinha.mil.br/manchasdeoleo.

Fiocruz recomenda cuidado com sa�de


O �leo continua chegando a algumas praias do Nordeste e, mais recentemente, ao Esp�rito Santo, um dos destinos mais procurados pelos mineiros. Mas j� � poss�vel tamb�m encontrar praias sem vest�gios do poluente. Na ter�a-feira, o Minist�rio da Agricultura divulgou nota informando que amostras de pescado recolhidas em 28 e 29 de outubro na costa do Nordeste n�o ofereciam perigo para o consumo.

Mesmo assim, � preciso evitar contato com as manchas, onde elas ainda ocorrem. A Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) atua junto ao Centro de Opera��es de Emerg�ncia (COE Petr�leo), do Minist�rio da Sa�de, para monitorar o impacto da subst�ncia na sa�de da popula��o. Foi criado um grupo de trabalho para avaliar o problema e propor solu��es.

A Fiocruz ressalta que ainda � preciso saber o qual � o tipo de �leo que est� chegando �s praias, mas nota t�cnica divulgada no site da institui��o fala dos riscos que o contato com o petr�leo em geral pode trazer ao organismo. “A contamina��o pelas subst�ncias t�xicas pode ocorrer por sua ingest�o, inala��o ou absor��o pela pele”, diz o texto. “A exposi��o a esses produtos poder� provocar irrita��es na pele, rash cut�neo, queima��o e incha�o, sintomas respirat�rios, cefaleia e n�usea, dores abdominais, v�mito e diarreia. O efeito mais temido de longo prazo � a ocorr�ncia de c�ncer, em especial alguns tipos de leucemia. Os pesquisadores da Fiocruz alertam que a exposi��o a esse produto deve ser reduzida ao m�nimo. Quem chegar perto deve usar roupas protetoras e depois descart�-las de forma adequada”, diz o texto.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


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