
O Instituto Mineiro de Gest�o de �guas (Igam) vai assumir todas as a��es de monitoramento das �guas do Rio Paraopeba, atingido pelos rejeitos de minera��o que vazaram da barragem da Mina do C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, na Grande BH. Os servi�os tamb�m abrangem o Rio S�o Francisco. A Vale vai arcar com a contrata��o de auditoria t�cnica independente e dos custos dos servi�os, em um prazo de dez anos.
A transfer�ncia acontece depois que a Vale firmou um termo de compromisso como Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). O acordo prev�, ainda, que a auditoria atue no acompanhamento do plano de monitoramento da qualidade das �guas subterr�neas e do programa de distribui��o de �gua pot�vel para comunidades impactadas pelo rompimento da barragem.
Desde janeiro deste ano, quando aconteceu a trag�dia em Brumadinho, a capta��o direta de �gua no rio Paraopeba est� proibida como medida preventiva. “N�o existe restri��o para capta��o de �gua subterr�nea para quem est� a mais de 100 metros da margem do rio. O uso da �gua nos trechos que est�o antes do munic�pio de Brumadinho e depois da Usina de Retiro Baixo est� liberado para os mais diversos fins e n�o existe nenhuma restri��o pelos �rg�os p�blicos”, informou a Vale.
Qualidade da �gua
Atualmente, est�o sendo monitorados 90 pontos, em uma �rea de aproximadamente 2,6 mil quil�metros de extens�o. Neste trecho, inclui o ribeir�o Ferro-Carv�o, rio Paraopeba, 10 de seus afluentes e o S�o Francisco at� sua foz no oceano Atl�ntico. Tamb�m est�o sendo usados 16 sondas param�tricas, que viabiliza, por meio de telemetria, a leitura remota de par�metros f�sicos e qu�micos da �gua, de hora em hora, aumentando a efici�ncia das informa��es.
“At� o momento, j� foram realizadas cerca de 4 milh�es de an�lises de �gua, solo e sedimentos em mais de 31 mil amostras. Esse trabalho analisa diversos par�metros, como a presen�a de metais na �gua, pH e turbidez. Os testes realizados durante o per�odo de estiagem indicaram uma atenua��o das concentra��es dos elementos analisados, resultando em um maior enquadramento aos n�veis permitidos pela legisla��o. Os estudos ser�o continuados durante o per�odo de chuvas. O trabalho � conduzido por dois laborat�rios especializados independentes e envolve aproximadamente 250 profissionais”, informou a mineradora.
Segundo a Vale, as an�lises feita por t�cnicos contratados pela empresa e do Igam mostram que a pluma de sedimentos que vazou da B1 parou no reservat�rio da Usina de Retiro Baixo, no munic�pio de Pomp�u (MG), onde chegou apenas o material mais fino.