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Estado de Minas

Estudo divulgado pela Vale responsabiliza excesso de �gua por rompimento em Brumadinho

Precipita��es, falta de drenagem, problemas construtivos; vejam o que diz o documento sobre a trag�dia


postado em 12/12/2019 10:19 / atualizado em 12/12/2019 12:56

(foto: Túlio Santos/EM/DA PRESS)
(foto: T�lio Santos/EM/DA PRESS)

Eventos da natureza, em especial as chuvas no final de 2018, causaram o rompimento da barragem Mina C�rrego do Feij�o de acordo com parecer elaborado por especialistas divulgado pela Vale, no Relat�rio do Painel de Especialistas sobre as Causas T�cnicas do Rompimento da Barragem I do C�rrego do Feij�o. Juntamente �s precipita��es, a liquefa��o da estrurura se deu por falta de drenagem interna significativa e problemas construtivos.

 

Com 88 p�ginas, o documento foi divulgado na manh� de ter�a (12). "O Painel concluiu que a s�bita perda de resist�ncia e o rompimento resultante da barragem marginalmente est�vel foram devidos a uma combina��o cr�tica de deforma��es espec�ficas internas cont�nuas devido ao creep e uma redu��o de resist�ncia devida � perda de suc��o na zona n�o-saturada causada pela precipita��o intensa no final do ano 2018".  

 

O relat�rio apresenta a din�mica do rompimento. "Os v�deos mostram um rompimento do talude da barragem, come�ando da crista e estendendo-se para uma �rea logo acima do primeiro alteamento. "A crista da barragem caiu e a �rea acima da regi�o do p� se abaulou para fora antes que a superf�cie da barragem se rompesse." 

 

Os especialistas atestam que n�o havia sinais aparentes de que a cat�strofe poderia ocorrer. "O rompimento tamb�m � um evento �nico sob a perspectiva de que ocorreu sem sinais aparentes de instabilidade antes do rompimento", descrevem. Refor�a que imagens de drones, que sobrevoaram a regi�o se dias antes, n�o mostravam sinais de instabilidade e que nenhum dos m�todos de monitoramento detectou deforma��es e altera��es significativas da estrutura antes do rompimento. 

 

"A barragem foi monitorada extensivamente usando uma combina��o de marcos topogr�ficos ao longo da crista da barragem, inclin�metros para medir deforma��es internas, radares de solo para monitorar as deforma��es de superf�cie da face da barragem e piez�metros para medir mudan�as nos n�veis internos de �gua, entre outros instrumentos."  

 

A liquefa��o da estrutura foi causada pelo alto n�vel de �gua, que n�o foi drenada de maneira adequada. "A falta de recursos de drenagem significativos, juntamente com a presen�a de camadas de rejeitos finos menos perme�veis dentro da pr�pria barragem, resultaram em um n�vel de �gua alto dentro da barragem." 

 

O relat�rio tamb�m atesta que n�o houve nenhum tremor significativo que pudesse ter resultado no rompimento. "Reconheceu-se que os gatilhos poderiam ser relativamente pequenos, devido �s altas tens�es de cisalhamento e a natureza fr�gil dos rejeitos dentro da barragem antes do rompimento. Tamb�m foi reconhecido que os gatilhos poderiam decorrer do efeito cumulativo de v�rios pequenos eventos. Nenhum sismo foi registrado na regi�o no dia do rompimento."

 

Veja o que diz o relat�rio

 

O Painel constatou que o rompimento e o deslizamento de lamas dele resultante decorreram da liquefa��o est�tica dos rejeitos da barragem.  

 

- Um projeto que resultou em um talude �ngreme constru�do a montante;

 

- O controle de �gua dentro da bacia de rejeitos que �s vezes permitia que a �gua do lago de decanta��o chegasse perto da crista da barragem, resultando no lan�amento de rejeitos fracos perto da crista; 

 

- Um recuo de projeto que empurrou as partes superiores do talude para cima dos rejeitos finos mais fracos; 

 

- A falta de drenagem interna significativa que resultou em um n�vel de �gua persistentemente alto na barragem, principalmente na regi�o do p� da barragem; 

 

-Alto teor de ferro, resultando em rejeitos pesados com cimenta��o entre part�culas. Esta cimenta��o gerou rejeitos r�gidos que apresentavam comportamento potencialmente muito fr�gil se submetidos a um gatilho que ensejasse uma resposta n�o drenada; 

 

- Precipita��o regional alta e intensa na esta��o chuvosa, o que pode resultar em perda significativa de suc��o, produzindo uma pequena perda de resist�ncia nos materiais n�osaturados acima do n�vel da �gua.  

 


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