Pol�cia encontra dois corpos dentro de pr�dio no Centro de BH
Faxineira e pedreiro que trabalhava no pr�dio tinham um relacionamento. A suspeita � de que ele matou a mulher, ateou fogo ao corpo dela e morreu em seguida
Movimenta��o da pol�cia atraiu curiosos na Avenida Paran� nesta manh� (foto: Jair Amaral/EM/D.A. Press )
Dois corpos foram encontrados na manh� desta segunda-feira (06) em um edif�cio na Avenida Paran�, no centro de Belo Horizonte. Segundo a Pol�cia Militar a mulher de 60 anos, foi assassinada a facadas e teve o corpo carbonizado pelo companheiro, um pedreiro de 52 anos. O outro corpo era do autor. Ainda n�o se sabe a causa da morte do pedreiro.
Segundo o tenente Washington J�nio Amaral, o pr�dio onde o crime ocorreu, entre duas lojas de pesca, � misto de comercial e residencial mas, como est� passando por reformas, apenas dois espa�os eram usados: um consult�rio odontol�gico e o c�modo onde vivia a mulher, que trabalhava como faxineira no im�vel e ambulante durante a noite. O companheiro dela era pedreiro nessa obra.
“O pessoal do consult�rio estava fora do local por causa das festas de fim de ano. Hoje, sentiram um cheiro forte de fuma�a, mas aquela fuma�a que j� queimou, nem se preocuparam. Quando abriram o quarto depararam com esse cen�rio”, explicou o policial. O primeiro corpo encontrado foi o da mulher, parcialmente carbonizado. Assustados, eles chamaram a PM. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) tamb�m compareceram ao local.
A faxineira, Nelci Maria Martinha de Jesus, tinha marcas de facadas no pesco�o, abd�men e virilha, segundo a per�cia. Ao avan�ar pelo quarto, eles localizaram o homem, Itamar Mendes. “Ele n�o foi carbonizado. O fogo n�o alastrou porque o ambiente era fechado e n�o tinha muito oxig�nio para o processo qu�mico. Ou ele morreu asfixiado ou tomou rem�dio para dormir”, detalhou o tenente Washington. Ambos se encontravam em estado de decomposi��o.
Corpos foram levados ao Instituto M�dico Legal (IML) (foto: Jair Amaral/EM/D.A. Press )
A suspeita � de feminic�dio seguido de suic�dio. “Coincidentemente, encontramos uma mulher que seria irm� do indiv�duo que estava dentro do quarto. Ela falou que no s�bado ele ligou para a fam�lia dizendo que tinha acabado de fazer uma 'besteira', sem dizer a natureza dessa besteira, muito menos o hor�rio e a data, e que por isso ia cometer suic�dio”, contou o policial. A mulher disse que depois da liga��o, o irm�o desligou o telefone e ficou incomunic�vel.
“Como a fam�lia n�o sabia o local onde ele morava, fizeram levantamentos e vieram aqui ontem. Ele n�o tinha muita liga��o com a fam�lia. O port�o estava fechado e eles voltaram hoje”, disse o policial. No in�cio da tarde, a Avenida Paran�, que j� � movimentada, estava tomada por curiosos que se aglomeraram para ver o trabalho da pol�cia. Os corpos foram retirados do pr�dio pouco antes das 13h.