
Os 13 suspeitos da Vale e da T�v S�d indiciados pelos crimes ambientais pelo rompimento da Barragem B1 da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, s� poder�o ser indiciados por crimes contra a vida ap�s o t�rmino da per�cia de engenharia que esclarecer� quais os motivos da ruptura do reservat�rio. A previs�o para o t�rmino desses trabalhos � junho deste ano, segundo informa��es da Pol�cia Federal (PF). "Somente a partir da� poderemos dizer se foi crime de homic�dio doloso (com inten��o) ou culposo (por omiss�o, imper�cia ou imprud�ncia)", afirma o delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira, chefe das investiga��es e da Delegacia de Preven��o aos Crimes contra o Meio Ambiente da PF. Alguns executivos das empresas poder�o tamb�m integrar a lista de suspeitos.
As informa��es foram fornecidas no fim desta manh� em entrevista coletiva da PF na superintend�ncia de Belo Horizonte para prestar contas das investiga��es relativas ao rompimento. "A per�cia mais importante para definir crime de homic�dio � o que provocou a liquefa��o e � muito complexa, no mundo, para qualquer laborat�rio. Nossa per�cia n�o se sentiu suficientemente habilitada at� sem ferramentas tecnol�gicas, por isso fizemos uma parceria com as Universidades de Barcelona e do Porto, por meio do Minist�rio P�blico Federal (MPF).
Em setembro, sete funcion�rios da Vale, seis da consultoria T�v S�d, bem como as pessoas jur�dicas dessas duas empresas foram indiciadas por falsidade ideol�gica e uso de documentos falsos para liberar as licen�as da barragem, sendo esses considerados tr�s crimes ambientais relativos aos efeitos devastadores do romoimento ao meio ambiente. Cada um desses crimes pode render de 3 anos a 6 anos, podendo chegar a um total de 18 anos de pris�o.
Ao todo, foram mais de 40 per�cias solicitadas, sendo que boa parte das quest�es que envolvem j� est�o sendo entregues, podendo j� dizer, inclusive, que h� len��is fre�ticos atingidos e contaminados.
O delegado destacou a complexidade das investiga��es para o prazo ter ultrapassado um ano. "S� para recolher dados de sat�lite, equipamentos de monitoramento, esta��es sismogr�ficas levou 40 dias, a partir de dezembro de 2019" salienta o chefe das investiga��es.
As per�cias dizem respeito a extra��o de dados de m�dias de computadores e smartphones dos suspeitos e a per�cia consegue obter dados corrompidos e apagados. Analisadas conversas de aplicativos, mais de 80 milh�es de arquivos foram juntados. "Hoje, a gente est� na fase de an�lise de tudo o que foi apreendido. Houve refor�o de agentes e com isso os alvos mais importantes adiantados.
Foram ouvidas mais de 80 pessoas, especialistas internacionais na �rea de engenharia e geotecnia pelo Minist�rio P�blico. "Uma das dificuldades � relativa ao executivo alem�o da T�v S�d Chris-Peter Meier intimado por meio do advogado que tem no Brasil e que disse que n�o vir� ao Brasil. Prefiro ou ir pessoalmente olhando nos olhos estando com ele usar algum adido dos consulados brasileiros para ouv�-lo. Ele foi muito importante para os t�cnicos da T�v S�d sobre aprovar ou n�o a estabilidade", considera o delegado Luiz Augusto.
Mais de 50 dilig�ncias e an�lises de m�dias foram feitas e tudo isso estar� dentro dos 12 inqu�ritos abertos pela PF. O segundo inqu�rito, que � continua��o do primeiro, j� tem sete volumes e 1.700 p�ginas. O primeiro, j� relatado em setembro, tem 27 volumes, 6.500 folhas.
Laudo identificou quatro explos�es entre as 12h e 13h do dia 25 de janeiro num raio de 150 quil�metros da Barragem B1, mas que nenhuma dessas explos�es foi respons�vel pela desestabiliza��o da barragem. Mas, se identificou mais de 150 sismos que podem ter provocado progressivamente a desestabiliza��o da barragem nessa mesma �rea, em 2018.
Explos�es
Laudo identificou quatro explos�es entre as 12h e 13h do dia 25 de janeiro num raio de 150 quil�metros da Barragem B1, mas que nenhuma dessas explos�es foi respons�vel pela desestabiliza��o da barragem. Mas, se identificou mais de 150 sismos que podem ter provocado progressivamente a desestabiliza��o da barragem nessa mesma �rea, em 2018.