(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bombeiros j� vasculharam 95% da �rea de rompimento de barragem em Brumadinho

Prestes a completar um ano de buscas, corpora��o de Minas Gerais divulgou um balan�o das opera��es. Onze pessoas continuam desaparecidas


postado em 14/01/2020 12:16 / atualizado em 14/01/2020 12:34

Buscas por vítimas de rompimento de barragem completaram 355 dias (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Buscas por v�timas de rompimento de barragem completaram 355 dias (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)


Brumadinho - Com 355 dias de luta incessante em meio � lama de rejeitos despejados pelo rompimento da Barragem B1, da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) j� vasculhou 95% de toda a �rea de 275 mil metros quadrados. Numa profundidade de 3 metros que compreende essa fase das buscas, j� se encontrou 259 v�timas identificadas. Atualmente, 11 desaparecidos s�o procurados em 1% da �rea, restando 4%. Os n�meros foram apresentados hoje pela corpora��o, num resumo dos quase 1 ano do rompimento.

Ver galeria . 12 Fotos Grupo percorre área onde ficava pousada Nova Estância, que fica próxima à barragem da Vale e foi destruída com a passagem dos rejeitos de minérioMateus Parreiras/EM
Grupo percorre �rea onde ficava pousada Nova Est�ncia, que fica pr�xima � barragem da Vale e foi destru�da com a passagem dos rejeitos de min�rio (foto: Mateus Parreiras/EM )


Quando toda a �rea for devolvida a 3 metros de profundidade, toda a �rea ser� novamente vasculhada a novas profundidades. "Mesmo depois de remover e vasculhar os rejeitos, fazemos v�rias dobras (busca num mesmo material), at� quatro vezes, para termos certeza de que n�o h� segmentos de v�timas que podem ser enviados para serem identificados", afirma o tenente coronel Alysson Malta, comandante das opera��es do CBBMG em Brumadinho.

J� trabalharam mais de 3.200 homens do CBBMG, de diversos estados e de Israel, em cinco fases distintas (veja o quadro). A orienta��o dos locais de buscas � priorizada depois de um extenso trabalho de intelig�ncia, validado por recursos de tecnologia da informa��o. "Fizemos v�rias investiga��es sobre o comportamento dos desaparecidos. Para se ter uma ideia, temos filmagens de antes do rompimento para saber a rotina das pessoas. Quantas vezes sa�a para fumar, onde estava , onde operava, que ve�culo utilizava. Um trabalho �rduo da intelig�ncia para as equipes em campo trabalharem com a��es cir�rgicas nesta que � a maior opera��o de busca e salvamento do Brasil", disse o comandante.

Toda quarta-feira h� uma reuni�o com os familiares dos desaparecidos para mostrar tudo que est� sendo feito. Se quiserem ver, podem at� ser levamos. "Mostramos o que avan�ou e o que atrasou. Temos um grupo de whatsapp para isso. Mas o comportamento e o estado emocional deles muda constantemente. Estamos preparados para isso", disse o oficial.

Coletiva do Corpo de Bombeiros na manhã desta terça-feira(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Coletiva do Corpo de Bombeiros na manh� desta ter�a-feira (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press)

  
De acordo com o comandante os Bombeiros foram os primeiros a chegar na �rea do desastre e ser�o os �ltimos a sair. "A opera��o s� vai acabar quando todos os desaparecidos forem encontrados ou quando o estado de decomposi��o n�o permitir encontrar mais nenhum segmento", define o tenente coronel.

Duas solu��es tecnol�gicas auxiliam nos trabalhos. A primeira foi a instala��o de duas tendas de 15 mil metros quadrados - um campo e meio de futebol - como antecipou a reportagem do Estado de Minas. "Com a chuva ficaram invi�veis as buscas em alguns momentos e as duas tendas possibilitaram a resposta a� grande anseio dos familiares para que n�o cessem as buscas. 

Ver galeria . 34 Fotos Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feijão, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH Alexandre Guzanshe/EM/D.A press
Rompimento de rejeitos da Barragem 1 da Mina Feij�o, da Mineiradora Vale, em Brumadinho, Grande BH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press )


Caminh�es e maquin�rio entram e jogam o material, quando n�o tem chuva concentra do lado de fora para a secagem. Sistemas de ventiladores inflam as tendas e l�mpadas holofotes aquecem o rejeito para quando precisam secar dentro", afirma o tenente coronel.

Outra novidade � a utiliza��o da Esta��o de Tratamento de Min�rio a Seco (ITMS) que era usada pela vale para separar o min�rio �mido e que agora ajuda a fazer o mesmo com os rejeitos mas buscas por desaparecidos. "Estamos tentando adaptar para trabalhar  com esse equipamento e assim peneirar o rejeito. � mais uma ferramenta. Trabalhamos planos a b e c ao mesmo tempo para potencializar as buscas

Fases da opera��o


Fase 1 
Rea��o ao rompimento 
Primeiras 72 horas 
  • Todos os recursos foram lan�ados em campo. Buscas por 24h e 195 pessoas acabaram salvas com vida

Fase 2 
Planejamento Operacional
Dias 4 a 40 
  • Buscas superficiais em todo terreno com homens todo local
  • Constru��o de acessos
  • Demoli��es de estruturas
  • Solicita��o de recursos de outros estados

Fase 3
Rotina Operacional
Dias 41 a 60
  • Utiliza��o intensificada de c�es, Escava��es em �reas localizadas pelos animais
  • Emprego de maquin�rio pesado
  • Entrevistas com familiares e colegas de profiss�o para tra�ar onde estavam os desaparecidos

Fase 4
Rotina Operacional
Dias 61 ao 200 
  • Escava��es pontuais com c�es
  • Mapas organizando todas as informa��es 
  • Magnet�metro de drone com radar sobrevoando e mostrando grandes estruturas para serem escavadas Escava��es at� 17 metros de profundidade

Fase 5
Busca na camada de 3 metros
Dia 201 ao atual
  • Utiliza��o combinada com perfuratriz para permitir um trabalho mais minucioso
  • Programa de computador que consolida dados em maoas
  • Tendas para trabalho na chuva
  • Esta��o de Tratamento de Min�rio a Seco (ITMS)

Fonte: CBMMG


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)