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Estado de Minas

Coronav�rus: Fiocruz far� exames para confirmar ou descartar caso suspeito em BH

Minas investiga quadro cl�nico de mulher que esteve na China, onde mais de 400 pessoas foram infectadas. Para Minist�rio da Sa�de, paciente n�o se enquadra no alerta emitido pela OMS por n�o ter estado no centro de contamina��o


postado em 23/01/2020 06:00 / atualizado em 23/01/2020 08:09

Fachada do Hospital Eduardo de Menezes, onde a paciente, que é brasileira e esteve em Xangai, está internada, sem sinais de gravidade(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 17/5/18)
Fachada do Hospital Eduardo de Menezes, onde a paciente, que � brasileira e esteve em Xangai, est� internada, sem sinais de gravidade (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 17/5/18)


Minas Gerais acendeu o primeiro alerta no Brasil para uma doen�a que j� matou 17 pessoas na China e preocupa a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). A Secretaria de Estado de Sa�de (SES) investiga um caso suspeito em Belo Horizonte do novo coronav�rus (2019-nCoV), que come�ou a circular no fim do ano passado e se espalha rapidamente pelo mundo. Trata-se de uma brasileira, de 35 anos, internada no Hospital Eduardo de Menezes, na capital mineira. Ela estava em Xangai, centro financeiro chin�s, e desembarcou no �ltimo s�bado em BH. Os exames para confirmar ou descartar a doen�a ser�o analisados pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, pois necessitam de kit espec�fico para identificar o novo micro-organismo. Ainda n�o h� data para divulga��o do resultado.



Sem sinais de gravidade e com quadro cl�nico est�vel, a paciente em BH deu entrada na ter�a-feira na Unidade de Pronto-Atendimento Centro Sul, mas foi transferida para o Hospital Eduardo de Menezes, refer�ncia para o atendimento de doen�as infecciosas. A unidade conta com isolamento em �rea espec�fica, necess�ria para a redu��o de risco de transmiss�o. Na forma mais leve, o 2019-nCoV se assemelha a um resfriado e, nos quadros mais graves, leva � pneumonia, podendo evoluir para morte.

Apesar da notifica��o e das medidas preventivas adotadas pela SES, que emitiu alerta da Organiza��o Panamericana de Sa�de (OPS) �s unidades regionais do estado, o Minist�rio da Sa�de n�o considera o caso como suspeito da pneumonia indeterminada ligada � China. De acordo com o �rg�o federal, a paciente n�o se enquadra na defini��o de caso suspeito da OMS. Isso porque em Xangai, onde esteve, n�o h�, at� o momento, transmiss�o ativa do v�rus. A mulher tamb�m n�o teve contato com pessoa com sintomas aparentes.

“De acordo com a defini��o atual da OMS, s� h� transmiss�o ativa do v�rus na prov�ncia de Wuhan”, informa, em nota. A pasta tamb�m informou que, desde o alerta da OMS, est� monitoramento portos, aeroportos e fronteiras. A OMS monitora a doen�a no mundo e, em comunicado de emerg�ncia, informou que a enfermidade preocupa porque “quando um v�rus � novo, n�o se sabe como afeta a popula��o”. De acordo com nota da Secretaria de Sa�de de Minas emitida depois da manifesta��o do Minist�rio, o caso ser� elucidado por meio dos exames de amostras colhidas da paciente que ser�o realizados pela Fiocruz.

Segundo o �ltimo boletim da OMS sobre o 2019-nCoV, h� um caso confirmado da doen�a em Xangai. A organiza��o mundial indica 282 confirma��es da enfermidade no mundo, sendo 60 em Wuhan, na prov�ncia de Hubei. Ag�ncias internacionais de not�cias apontam que o novo v�rus j� contaminou 444 pacientes.

Alerta internacional


A SES informou que, como a paciente esteve na China, primeiro local onde o novo v�rus apareceu, o caso foi notificado. “Tendo em vista o contexto epidemiol�gico atual do pa�s onde a paciente esteve, foi considerada a hip�tese de doen�a causada pelo novo coronav�rus, que � micro-organismo de alerta sanit�rio internacional, considerando o potencial pand�mico com alto risco � vida e impacto assistencial”, informa a nota da secretaria.

Se confirmado, o caso em Belo Horizonte seria o segundo no continente americano, j� que h� uma notifica��o nos Estados Unidos. Notificado em 31 de dezembro, o novo micro-organismo em circula��o � uma muta��o da fam�lia coronav�rus, conhecida desde os anos 1960 por provocar infec��es em humanos e animais. � causa bastante comum de infec��es respirat�rias em crian�as.

Entenda o coronavírus (clique para ampliar a imagem)(foto: Arte EM)
Entenda o coronav�rus (clique para ampliar a imagem) (foto: Arte EM)


Mas, como se trata de um v�rus novo, o tratamento e a gravidade s�o desconhecidos. “Isso gera mais aten��o. Ser� mais grave? Ser� que pode ter mais problemas que os outros? Tudo est� sendo perguntado. Tamb�m n�o existe um antiviral nem uma vacina”, afirma o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Est�v�o Urbano. Ele acredita que h� uma “chance razo�vel” de o caso brasileiro ser descartado como suspeito, ap�s exames. “� melhor pecar pelo excesso”, observa.

A professora de doen�as infecciosas da Faculdade de Sa�de e Ecologia Humana (Faseh) Tania Marcial ressalta que o coronav�rus j� causou epidemias graves em 2002 e, mais recentemente, no Oriente M�dio. O v�rus foi encontrado em camelos, gatos e morcegos. Nessa nova vers�o, um mercado que vendia animais marinhos � considerado como o ponto zero da dispers�o do 2019-nCoV.

Cuidados


Tania destaca a evolu��o para pneumonia grave nos casos envolvendo o novo coronav�rus. � preciso aten��o para quadros que associem dor no peito, dificuldade para respirar e viagem recente a pa�s com transmiss�o ativa do micro-organismo.

“O per�odo de incuba��o � de dois a 14 dias. N�o se sabe o mecanismo exato de transmiss�o porque � um v�rus novo”, explica Tania. Considerando os outros coronav�rus, a m�dica afima que a prov�vel contamina��o � por got�culas de saliva e contato pr�ximo, no m�ximo, de dois metros de dist�ncia.

Por isso, a recomenda��o � ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia e tossir com a m�o em frente � boca. Na China, muita gente tem se protegido usando m�scaras. O Minist�rio da Sa�de tamb�m recomenda evitar contato pr�ximo com animais selvagens ou que estejam doentes em fazendas ou cria��es.


Refer�ncia em Minas


Localizado no Bairro Bonsucesso, na Regi�o do Barreiro, na capital mineira, o Hospital Eduardo de Menezes � refer�ncia no estado em tratamento de doen�as infectocontagiosas. A institui��o pertence � Rede Funda��o Hospital do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Inaugurado em 1954 como Sanat�rio do Estado de Minas Gerais, o hospital trocou de nome na d�cada de 1980. Naquele per�odo, oferecia atendimento em cl�nica m�dica e tisiopneumologia, mas no in�cio da epidemia de Aids, abriu leitos para pacientes portadores do v�rus HIV.  Logo se tornou refer�ncia para essa e outras doen�as infectocontagiosas. Seu ambulat�rio atende cerca de 500 pacientes por m�s.


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