Em 2020, a cidade se prepara para receber cerca de 5 milh�es de foli�es. Entre 8 de fevereiro e 1º de mar�o, mais de 500 blocos prometem animar belo-horizontinos e turistas com infraestrutura, seguran�a e mobilidade. Para que essa expectativa seja cumprida, � necess�rio um investimento de R$ 14,3 milh�es. Todo esse valor � financiado pela iniciativa privada, por meio de dois grandes patrocinadores.
Desse montante, R$ 6 milh�es s�o repassados em verba direta e R$ 8,3 milh�es em planilhas de estruturas e servi�os, captado por meio de Edital de Patroc�nio. Todo o or�amento da Belotur � proveniente de investimento privado. Esse dinheiro � utilizado na contrata��o de m�sicos, na subven��o (aux�lio) de blocos e escolas de samba e em toda a estrutura dos palcos espalhados pelas regionais da cidade durante o evento, por exemplo.
Blocos de rua
Do valor total do patroc�nio, R$ 850 mil s�o destinados aos blocos de rua. Desfilando pela Avenida Afonso Pena e arrastando uma multid�o de pessoas desde 2017, o bloco Quando Come se Lambuza foi contemplado pela primeira vez no edital que concede esse aux�lio financeiro. O valor recebido por cada bloco varia de R$ 3,5 mil a R$ 12 mil, dependendo da categoria inscrita no edital.
Christiano Ottoni, produtor cultural e diretor de comunica��o do Quando Come se Lambuza desde 2016, informa que o valor repassado pela prefeitura � respons�vel por apenas 5% dos gastos com o bloco. “O Quando Come se Lambuza tem o maior trio el�trico dispon�vel no mercado, esse trio � patrocinado por fora, assim como os outros 95% dos gastos com a produ��o. As companhias enxergam no carnaval de BH um potencial imenso de visibilidade para a marca, e � isso o que faz com que a gente consiga colocar o bloco na rua para poder proporcionar uma experi�ncia legal para o foli�o. � claro que a prefeitura ajuda. Ela altera a log�stica da cidade e faz o carnaval acontecer, mas o restante, o dinheiro, vem dos patrocinadores”, explica Ottoni.Fantasias de carnaval mais procuradas para o carnaval
Saiba quais enfeites ser�o tend�ncia este ano
E n�o � � toa que os patrocinadores t�m escolhido Belo Horizonte como vitrine de suas marcas no carnaval. Em 2019, o n�mero de turistas na cidade foi 204 mil. Em m�dia, os visitantes participaram de 4 dias do evento e cada um teve um gasto m�dio di�rio, de R$ 179,58, totalizando R$ 718,32, em m�dia, durante todo o evento.
Para Christiano Ottoni, a festa � uma das grandes respons�veis pela economia sazonal da cidade, por aquecer a rede hoteleira, o com�rcio e a cena cultural da capital. “Quando voc� ocupa a cidade voc� movimenta a economia, gera emprego, gera visibilidade no cen�rio nacional. A gente continua fazendo carnaval por isso. O carnaval transformou Belo Horizonte e a gente v� isso no dia a dia, no retorno econ�mico para a cidade e para os milhares de ambulantes que recebem uma grana extra nesse per�odo.”
Solidariedade
Para tentar minimizar os impactos das chuvas nas milhares de vidas afetadas pelos temporais que atingiram a capital, blocos como o Ziguiriguidum, Tchanzinho ZN, Volta Belchior, Baianas Ozadas, Bloco de Bel� e Quando Come se Lambuza t�m feito a sua parte, se mobilizando e mostrando que, al�m de entender de folia, tamb�m sabem tudo de empatia e solidariedade.
Nas redes sociais, os blocos t�m divulgado campanhas de arrecada��o de donativos e aproveitado os ensaios para arrecadar alimentos, �gua, material de higiene pessoal e de limpeza para enviar as v�timas da chuvas.
Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Rafael Alves