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Estado de Minas

Volunt�rios de outros pa�ses ajudam na limpeza do Mercado Central de BH

Jovens integrantes de miss�o internacional em passagem pela capital mineira se solidarizaram com comerciantes atingidos pelo alagamento


30/01/2020 06:00 - atualizado 30/01/2020 08:41

Norte-americana Jacqueline Daniel, chinesa Jocelyn Li, brasileiro Matheus Barros e a porto-riquenha Nori Ortiz se apresentaram como voluntários para ajudar na limpeza das lojas(foto: Ivan Drummond/EM/DA Press)
Norte-americana Jacqueline Daniel, chinesa Jocelyn Li, brasileiro Matheus Barros e a porto-riquenha Nori Ortiz se apresentaram como volunt�rios para ajudar na limpeza das lojas (foto: Ivan Drummond/EM/DA Press)


Durante o temporal da noite da ter�a-feira, uma imagem circulou pelas redes sociais e deixou muita gente alarmada. V�deos mostravam o Mercado Central, um dos principais pontos tur�sticos de BH, praticamente ilhado. A impress�o era de que a �gua havia invadidos as lojas. Mas, quando os port�es se abriram, veio a constata��o de que a �gua ficou apenas do lado de fora, no entorno do Mercado.



Assim, a preocupa��o foi com as lojas externas, principalmente as da Rua dos Goitacazes. Pela manh� foi dada a ordem para a lavagem do passeio em frente aos estabelecimentos. E, para tranquilizar os lojistas, o diretor financeiro Jos� Agostinho Oliveira Quadros afirmou que estuda n�o cobrar aluguel daqueles que tiveram preju�zo de mercadorias.

Tamb�m diretor financeiro da instui��o, N�m do Mercado tem a explica��o para o fato de que, apesar da grande quantidade de �gua, os preju�zos n�o tenham sido t�o grandes: a preven��o. “Em outubro passado, fizemos uma revis�o completa do pr�dio. S� no telhado (16 mil metros quadrados), foram trocados 75 mil parafusos e 120 mil arrebites. No balan�o final, haviam apenas quatro goteiras. Esse � um trabalho que sempre fazemos.”


J� a situa��o fora do Mercado foi bem diferente. Nas lojas da Rua Curitiba, por exemplo, os preju�zos ainda n�o haviam sido contabilizados, mas foram grandes, de acordo com os comerciantes, que passaram o dia limpando seus estabelecimentos. Mas o mesmo espa�o que foi palco de lamenta��es tamb�m se mostrou um grande exemplo de solidariedade.

Tr�s estrangeiros, a porto-riquenha Nori Ortiz, de 26 anos, a norte-americana Jacqueline Daniel, de 26; a chinesa Jocelyn Li, de 25, e um brasileiro, o paulista Matheus Barros, de 21, integrantes do programa Jovens com uma miss�o (Jocum), surpreenderam ao aparecer no local para ajudar.

“Recebemos mensagens nas redes sociais sobre o que havia acontecido. Conversamos e decidimos vir para c�, s� para ajudar. Essas pessoas precisam de toda a ajuda que puder vir. Perderam muita coisa. As lojas precisam ser limpas e estamos aqui para isso”, conta Ortiz. Eles chegaram ao local por volta de 11h e foram direto pegando em rodos, baldes e ajudando na limpeza.

Ver galeria . 11 Fotos Chuva forte da noite do dia 28 também causou problemas no Centro de Belo Horizonte. Houve alagamento na região do Mercado Central, que também foi atingido. Funcionários da prefeitura trabalhavam para limpar as ruas e consertar danosÁlvaro Duarte/EM/DA Press
Chuva forte da noite do dia 28 tamb�m causou problemas no Centro de Belo Horizonte. Houve alagamento na regi�o do Mercado Central, que tamb�m foi atingido. Funcion�rios da prefeitura trabalhavam para limpar as ruas e consertar danos (foto: �lvaro Duarte/EM/DA Press )


Anderson Oliveira da Silva, de 43 anos, um dos propriet�rios da loja atingida pelas �guas, disse ter ficado surpreso. “Aceitei na hora. Toda ajuda � bem-vinda. Mas n�o � uma situa��o que se v� muito entre brasileiros. Sem d�vida, um exemplo.” Segundo ele, a �gua subiu cerca de 40 cent�metros. “Grande parte da mercadoria se perdeu, quebrou, pratos, travessas, lou�as.” Tudo o que estava sujo ou quebrado foi sendo colocado no passeio, em frente a loja, por funcion�rios e pelos volunt�rios inesperados.

Com Anderson estava Isaac Jorge Vilela, de 41, um ambulante, que conta ter crescido naquele espa�o: “sou vendedor, assim como meus irm�os; foi aqui que crescemos, trabalhando, e olha, nunca vi nada igual ao que aconteceu aqui ontem”. Anderson conta que em 1989 enfrentou problemas em uma das lojas do grupo, mas por conta de um a enchente do Rio Arrudas. “Nossa loja aqui tem 15 anos e � a primeira vez que isso acontece.”

Nas lojas vizinhas, mais desola��o. Eram meio-dia e a maioria ainda n�o havia come�ado a funcionar. “Demoramos quatro horas para limpar. Tudo aqui dentro era lama”, conta a manicure Raiane Santos, de 22. Ao lado dela, o barbeiro Diego Alves, de 32, contava que previa o pior quando fecharam o sal�o, na noite de ter�a. “Est�vamos saindo daqui, quando come�ou a chover, forte. Torcia para que nada acontecesse. Mas pouco depois de chegar em casa, vi as imagens do Mercado cercado de �gua. Pensei o pior. Viemos bem cedo pra c�. E, ao chegar, nos deparamos com um cen�rio apavorante.”



Na esquina, dois garis trabalham para a remo��o a lama de pedras, que ningu�m sabe explicar de onde vieram. Segundo eles, somente naquela esquina foram retirados dois caminh�es basculante de entulhos e rejeitos.

Mendelson de Barros Andrade, de 60, um dos s�cios de uma loja que vende material e equipamento para eletricistas, marceneiros e obras em geral, falava que n�o compreendia de onde tinha vindo tanta lama. “Normalmente vemos o pessoal da prefeitura fazendo a limpeza de bueiros, mas dessa vez foi muita �gua que caiu. S� n�o entendo a lama.”


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