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Estado de Minas

Prazo para entregar cervejas da Backer termina sexta; inqu�rito completa 33 dias

A comercializa��o e distribui��o das garrafas est�o suspensas em todo o territ�rio nacional. Secretaria de Sa�de informa mais dois �bitos de pacientes com sintomas de intoxica��o por dietilenoglicol ap�s consumo de bebida. �rg�o investiga 30 casos suspeitos


postado em 04/02/2020 06:00 / atualizado em 04/02/2020 13:04

Caso veio à tona a partir da cerveja Belorizontina, mas a recomendação é para que qualquer rótulo da Backer seja entregue nos postos de coleta(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 11/01/2020)
Caso veio � tona a partir da cerveja Belorizontina, mas a recomenda��o � para que qualquer r�tulo da Backer seja entregue nos postos de coleta (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 11/01/2020)

 
Termina na sexta-feira o prazo para que consumidores que ainda t�m garrafas de cervejas da Backer as entreguem �s autoridades. A data foi estipulada pelas vigil�ncias sanit�rias de Minas e municipais e pelos Procons, considerando que “j� transcorreu prazo suficiente para a ado��o dessa medida”, informa boletim da Secretaria de Estado de Sa�de sobre a intoxica��o por dietilenoglicol.

Sobre o consumo dos produtos da marca, a orienta��o continua a mesma: “em decorr�ncia das evid�ncias obtidas, a recomenda��o vigente � de que, por precau��o, nenhuma cerveja produzida pela Cervejaria Backer, independente de marca e lote, seja consumida”.

Caso tenha em sua resid�ncia cervejas de qualquer marca ou lote produzida pela cervejaria, “n�o a descarte em pias ou vasos sanit�rios, nem as coloque no lixo comum, pois outras pessoas podem pegar e consumir esses produtos”, ressalta a SES. O recomendado � que essas cervejas sejam identificadas com inscri��es do tipo “n�o ingerir, produto impr�prio para o consumo” e armazenadas separadamente dos demais alimentos at� a entrega nos pontos de recep��o.

A comercializa��o e distribui��o das cervejas da Backer est�o suspensas em todo o territ�rio nacional uma vez que a Anvisa determinou a interdi��o cautelar de todas os r�tulos da marca e lotes com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020.

Trinta e tr�s dias de inqu�rito policial


Aberto em 9 de janeiro, o inqu�rito da Pol�cia Civil de Minas Gerais para investigar o caso j� dura 33 dias. Em 13 de janeiro, a corpora��o confirmou que a per�cia encontrou monoetilenoglicol e dietilenoglicol em elementos da produ��o da cerveja, em pontos de venda da bebida e tamb�m em garrafas (lacradas) que estavam em posse de consumidores. A per�cia constatou mono e dietilenoglicol no tanque de Chiller, equipamento usado na refrigera��o da bebida em uma das etapas de produ��o.

Técnicos da Polícia Civil analisam amostras de cerveja da Backer: contaminação por mono e dietilenoglicol foi constatada em lotes da Belorizontina e de outros rótulos(foto: Polícia Civil/Divulgação)
T�cnicos da Pol�cia Civil analisam amostras de cerveja da Backer: contamina��o por mono e dietilenoglicol foi constatada em lotes da Belorizontina e de outros r�tulos (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)


Na ocasi�o, os delegados respons�veis pelo caso disseram que ainda n�o era poss�vel afirmar se foi um erro ou sabotagem. As garrafas recolhidas na ind�stria foram enviadas a laborat�rio em Bras�lia, que atestou que os recipientes estavam lacrados e descartaram viola��o. Somente depois desse teste, as garrafas foram analisados pela per�cia t�cnica da PC, com a constata��o dos dois agentes qu�micos na bebida. Um delas tinha o r�tulo “Capixaba”, que � a varia��o da marca distribu�da para o Esp�rito Santo.

A Pol�cia Civil tamb�m cumpriu mandados de busca e apreens�o na empresa que seria a fornecedora de monoetileglicol da cervejaria Backer. O galp�o fica em Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A opera��o foi motivada por uma den�ncia de que houve fraude e adultera��o nos produtos na empresa Imperqu�mica . De acordo com a pol�cia, amostras colhidas nas duas empresas continuam em an�lise.

Em 27 de janeiro, a Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) colheu os tr�s �ltimos de uma s�rie de 24 depoimentos de v�timas e familiares, na 4ª Delegacia de Pol�cia Civil Barreiro, localizada no bairro Estoril, regi�o Oeste da capital. O objetivo � entender sobre os acontecimentos que antecederam � intoxica��o. As amostras recolhidas tanto na cervejaria, quanto da empresa qu�mica que vendia o monoetilenoglicol, continuam sendo analisadas pelas equipes de peritos do Instituto de Criminal�stica de forma criteriosa. Mas, ainda n�o h� previs�o para a conclus�o dos laudos.

Sobre a possibilidade de novas v�timas: o cidad�o que tenha consumido o produto e se sinta prejudicado com a ingest�o da bebida pode registrar um boletim de ocorr�ncia, com o maior n�vel de detalhamento poss�vel, em qualquer unidade policial. Esse registro ser� apurado durante o trabalho investigativo, bem como verificada a viabilidade de inclus�o de eventual v�tima no inqu�rito policial.


Sobe para seis o n�mero de mortes associadas a cerveja



Mais duas pessoas morreram, elevando para seis o n�mero de �bitos em decorr�ncia de s�ndrome nefroneural associada a intoxica��o por dietilenoglicol, informou boletim da Secretaria de Estado de Sa�de (SES) divulgado no in�cio da noite de ontem. O boletim n�o cita os nomes dos pacientes que faleceram, mas o Hospital Madre Teresa, no Bairro Gutierrez, Regi�o Oeste da capital mineira, confirmou que um deles � Jo�o Roberto Borges, de 74 anos, juiz titular da 28ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. O juiz estava internado desde 12 de janeiro e morreu na madrugada de ontem. O outro �bito ocorreu no dia 1º, segundo os dados da SES, que revelam apenas que se trata de um homem. For�a-tarefa de autoridades da sa�de, sanit�rias e policiais investigam casos suspeitos da intoxica��o e sua liga��o com o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Pela manh�, a Pol�cia Civil divulgou, sem informar o nome, que o paciente que morreu ontem era um dos listados no inqu�rito como casos suspeitos de contamina��o por dietilenogligol e que o corpo foi levado ao Instituto M�dico-Legal (IML), para exame de necropsia.

Testes realizados pela Pol�cia Civil e Minist�rio da Agricultura e at� mesmo por um qu�mico contratado pela pr�pria empresa j� apontaram a presen�a da subst�ncia, que Backer nega usar, em garrafas da Belorizontina e de outros r�tulos da marca. Dietilenoglicol e monoetilenoglicol foram encontrados inclusive em tanque de �gua usada na composi��o das cervejas. Sobre o monoetilenoglicol, tamb�m t�xico, a empresa afirma us�-la exclusivamente em tanques de refrigera��o e serpentinas na fase de fermenta��o da cerveja, que seriam isolados do produto.

At� ontem, foram notificados � SES 30 casos suspeitos de intoxica��o ex�gena por dietilenoglicol, sendo 26 homens e quatro mulheres (veja quadro). Quatro casos – incluindo o de um dos pacientes que morreram – foram confirmados por meio de exames e os 26 restantes continuam sob investiga��o, uma vez que apresentaram sinais e sintomas compat�veis com o quadro de intoxica��o por dietilenoglicol e com relato de exposi��o � Belorizontina.

O quadro de intoxica��o � grave e produz altera��es da fun��o renal, sinais e sintomas neurol�gicos, como paralisia facial, borramento visual, altera��es sensoriais, paralisia descendente e crise convulsiva.

Al�m das mortes informadas no novo boletim da SES, outros tr�s homens e uma mulher faleceram em decorr�ncia de s�ndrome nefroneural associada ao consumo da Belorizontina. S�o eles: um homem de Ub� que estava internado em hospital de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e morreu em 7 de janeiro; dois homens que faleceram em Belo Horizonte nos dias 15 e 16 de janeiro; e uma mulher, em Pomp�u, 28 de dezembro.

A maior parte dos casos, 22 no total, se concentra em Belo Horizonte. Mas a distribui��o geogr�fica por munic�pio de resid�ncia do paciente inclui ainda registros em Capelinha, Nova Lima, Pomp�u, Ribeir�o das Neves, S�o Jo�o Del Rei, S�o Louren�o, Ub� e Vi�osa.

Hist�rico


As investiga��es do caso pelas autoridades de sa�de tiveram in�cio na virada do ano, depois de a Secretaria Municipal de Sa�de de Belo Horizonte e a mesma pasta do governo do estado terem sido notificadas, em 30 de dezembro, da ocorr�ncia de um caso de paciente com insufici�ncia renal aguda e altera��es neurol�gicas de etiologia a esclarecer, internado em hospital da rede privada de sa�de do munic�pio de Belo Horizonte. Em 31 de dezembro, foi notificado um segundo caso com os mesmos sintomas, internado na Santa Casa de Juiz de Fora.

Nos primeiros dias de 2020, redes sociais ligavam o surgimento desses e de outros casos ao Bairro Buritis – onde vive ou por onde havia passado a maioria das v�timas at� aquele momento. A partir da�, a sa�de p�blica iniciou uma corrida para desvendar o que estava provocando a doen�a. Foram realizados exames laboratoriais, que exclu�ram uma s�rie doen�as transmiss�veis.}

Ao mesmo tempo, as investiga��es iniciais realizadas pelas equipes da SMSA, SES e Minist�rio da Sa�de (MS) indicaram que os pacientes notificados apresentaram os primeiros sintomas ap�s ingerir a cerveja Belorizontina, da Backer. Os sintomas cl�nicos dos pacientes levantaram a hip�tese de intoxica��o ex�gena por dietilenoglicol. A presen�a da subst�ncia foi confirmada em amostras de cerveja coletadas nas casas de pacientes e encaminhadas pela Vigil�ncia Sanit�ria do munic�pio de Belo Horizonte para a per�cia da Pol�cia Civil. Exames realizados em amostras biol�gicas de quatro pacientes tamb�m detectaram a presen�a do mesmo composto qu�mico. (Com Cristiane Silva e Esdras Moreira - TV Alterosa)


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