
Uma fam�lia de BH vive um drama que parece n�o ter fim. Desde 6 de dezembro, um homem de 56 anos est� internado no Hospital Mater Dei, no Bairro Santo Agostinho, Centro-Sul de BH, com sintomas da intoxica��o por dietilenoglicol – a subst�ncia encontrada em dezenas de lotes da cervejaria Backer. Nesta quarta-feira (5), o paciente precisou passar por um procedimento cir�rgico devido a complica��es no est�mago.
Segundo C�lio Barros, irm�o da v�tima, a cirurgia durou aproximadamente tr�s horas. O paciente, de acordo com C�lio, passava bem e se recuperava at� apresentar os problemas no �rg�o do sistema digestivo.
Em janeiro, C�lio concedeu entrevista ao Estado de Minas e deu detalhes sobre a situa��o do irm�o. “Meu irm�o sentiu um desconforto muito grande no dia 5 e foi ao m�dico. Quando chegou ao hospital, a press�o dele estava em 22. Deram um rem�dio e ele voltou para casa. No dia 6, ele acordou e n�o conseguiu trabalhar. Isso foi �s 8h e ele decidiu voltar ao hospital. �s 11h, j� estava internado”, relatou.
No retorno � unidade m�dica, o banc�rio de 56 anos passou por exames de sangue. Os profissionais de sa�de detectaram diversas altera��es ligadas ao funcionamento dos rins. “Ele n�o urinava desde o dia anterior. Isso tudo aconteceu seis meses depois que ele fez um check-up que mostrou que sua sa�de estava boa”, conta o irm�o.
De acordo com os relatos de Barros, a v�tima, em poucos dias, sofreu com borramento visual, paralisa��o facial e perdeu os movimentos, sintomas da intoxica��o por dietilenoglicol. O banc�rio ficou entubado por cerca de 15 dias e s� saiu desse estado em janeiro.
“Ele gosta muito de cerveja e come muita carne tamb�m. Aquele churrasquinho. A fam�lia inteira bebe e confraterniza. Todos beberam e comeram as mesmas coisas que ele. � muito estranho”, contou o irm�o do doente.
C�lio lamenta os dias dif�ceis enfrentados pela fam�lia Barros. “Quando voc� vai pro hospital com apendicite, se preocupa, mas j� sabe que tem tudo para o tratamento dar certo. Mas um neg�cio desse preocupa demais. Por isso, os m�dicos serem transparentes ajuda muito. O que voc� quer ver � a pessoa que est� cuidando do seu ente querido como parceiro. Isso ajudou muito meu irm�o”.
Ao lado da cunhada, C�lio prestou depoimento � Pol�cia Civil durante as investiga��es conduzidas pela institui��o. O testemunho aconteceu em 21 de janeiro.
Desde ent�o, a pol�cia ouviu dezenas de parentes e amigos das v�timas para avan�ar no inqu�rito, que est� aberto h� 30 dias.