
Mais de 7% dos moradores de Po�o Fundo tiveram suas casas invadidas pela �gua da forte chuva que atingiu o Sul de Minas Gerais, na noite da �ltima segunda-feira e madrugada de ter�a. Na cidade de 15.959 habitantes, 1.200 pessoas foram diretamente atingidas pelo temporal - a precipita��o foi de 100 mil�metros em um intervalo de tr�s horas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil do munic�pio, Rosiel de Lima, 300 casas foram invadidas pela �gua, fazendo com que os moradores sa�ssem de suas resid�ncias. Desse n�mero, 10 estruturas foram interditadas, devido a riscos de desmoronamento.
“Toda a equipe da cidade - secretarias, bombeiros, Pol�cia Militar, Defesa Civil - trabalhou para tirar as pessoas das casas para n�o haver perda de vida. Viramos a noite e madrugada”, conta.
Segundo ele, a equipe ainda est� fazendo um levantamento e identificando outros pontos de risco. Enquanto isso, moradores que tiveram suas casas invadidas pela �gua est�o trabalhando na limpeza do local. Devido ao alto n�vel de �gua, muitos habitantes perderam praticamente todos os bens.
Apesar de a Escola Municipal Carlito Ferreira servir de abrigo para pessoas que tiveram que sair de suas casas, muitos moradores optam por procurar outros locais - a maioria da popula��o desabrigada tem preferido ir para acasa de familiares.
Com mais de 400 quil�metro quadrados, a zona rural da cidade foi a mais afetada. Na regi�o, 12 pontes foram destru�das e outras tr�s foram condenadas (risco alto de desabamento).
Ainda de acordo com Rosiel, que tamb�m � secret�rio de Sa�de da cidade, a prefeitura tamb�m j� solicitou ao governo do estado vacinas contra hepatite e t�tano para pessoas pessoas que sofreram ferimentos durante o temporal.
FALTA DE �GUA Outro problema enfrentado pela popula��o foi a distribui��o de �gua pot�vel na regi�o. O manancial da Copasa tamb�m foi afetado durante a forte chuva e interrompeu o servi�o por horas. Segundo a Copasa, t�cnicos da companhia est�o no local para manuten��o. Enquanto isso, caminh�es-pipa ser�o utilizados para o abastecimento de hospitais e abrigos. Ainda n�o h� previs�o para a volta do abastecimento.
FALTA DE �GUA Outro problema enfrentado pela popula��o foi a distribui��o de �gua pot�vel na regi�o. O manancial da Copasa tamb�m foi afetado durante a forte chuva e interrompeu o servi�o por horas. Segundo a Copasa, t�cnicos da companhia est�o no local para manuten��o. Enquanto isso, caminh�es-pipa ser�o utilizados para o abastecimento de hospitais e abrigos. Ainda n�o h� previs�o para a volta do abastecimento.
Nessa ter�a-feira, o prefeito Renato Ferreira de Oliveira (PT) decretou estado de calamidade. O prefeito tamb�m resolveu cancelar o carnaval no munic�pio e destinar os recursos para a repara��o dos danos causados pela chuva.
A Defesa Civil de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros tamb�m est�o na regi�o.
A��O SOCIAL
Logo ap�s o t�rmino da chuva, come�aram a aparecer redes de solidariedade no munic�pio. Segundo Jander Souza, secret�rio de A��o Social de Po�o Fundo, a administra��o p�blica est� ajudando os moradores quanto a alugu�is sociais, al�m de alimenta��o e produtos de limpeza e higiene. Boa parte desses produtos s�o decorrentes de doa��es.
“A popula��o est� de parab�ns. Estamos recebendo muita roupa e muita cesta b�sica. De tudo isso, a gente tira a solidariedade como um ponto positivo”, afirma.
Conforme o secret�rio, a prefeitura j� est� abrindo uma conta banc�ria para receber doa��es. A previs�o � de que a conta j� esteja dispon�vel nesta quarta-feira.
VAQUINHA VIRTUAL Enquanto a administra��o p�blica trabalha para reparar os danos causados pela chuva, a sociedade civil tamb�m est� mobilizada. Uma vaquinha virtual, nomeada “Ajuda aos afetados pela enchente em Po�o Fundo” foi criada pelo filho do prefeito, Afonso Ribeiro, natural de Po�o Fundo, mas que mora em S�o Paulo desde 2011.
Inicialmente, a meta da vaquinha era coletar R$5 mil reais, mas at� �s 16h45 desta quarta-feira, o objetivo j� tinha sido alcan�ado e a meta aumentada para R$ 6 mil. A ideia � enviar o dinheiro para o Centro de Refer�ncia de Assist�ncia Social da cidade, o CRA.
“Tem um grupo no whatsApp com mais de 50 volunt�rios, a princ�pio para arrecadar colch�es, travesseiros e produtos de limpeza e higiene. A gente n�o pode ir at� l� para poder colaborar, mas tentamos fazer o que � poss�vel de longe”, conta Afonso, que diz conhecer v�rias pessoas que tiveram as casas destru�das.
No mesmo grupo, h� pessoas trabalhando em diversas frentes, como cuidado com animais, servi�o psicol�gico, coleta de doa��es, um mutir�o de limpeza e at� pessoas vendendo rifas para arrecadar dinheiro.
CHUVA EM MINAS GERAIS
A chuva desta segunda e ter�a-feira atingiu v�rias cidades do Sul de Minas, Campo das Vertentes, Zona da Mata e parte da Regi�o Metropolitana de Minas Gerais. Os acumulados significativos de precipita��o resultaram em transbordamento de rios, alagamentos, deslizamentos e deixaram fam�lias desabrigadas.
De acordo com a Defesa Civil, ao menos 445 casas foram afetadas e cerca de 1,7 mil pessoas ficaram fora de suas casas, isto �, desalajodas ou desabrigadas, desde segunda-feira s� no Sul de Minas.
Em toda Minas Gerais, de 24 de janeiro at� esta quarta-feira (12/02), 60 mortes foram registradas e mais de 33 mil pessoas fora de casa. Considerando o per�odo de chuvas, de outubro at� hoje , s�o 71 mortes. Na �ltima ter�a-feira (11/02), Sandra Regina Parede, de 58 anos, morreu em Caxamb�, ap�s um deslizamento de terra, que atingiu sua casa e ela foi soterrada.
* Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie