Suspeita de coronav�rus em BH faz procura por m�scaras aumentar; produto est� em falta no mercado

A procura por m�scaras de prote��o cresceu em Belo Horizonte nas �ltimas horas, ap�s o an�ncio do primeiro caso no Brasil de contamina��o pelo novo coronav�rus. A reportagem do Estado de Minas ouviu 17 farm�cias da capital mineira, contemplando todas as nove regionais da prefeitura, e constatou que j� falta o equipamento de prote��o no mercado. O diretor-executivo da Associa��o Brasileira de Redes de Farm�cias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, confirmou � reportagem a escassez das m�scaras.

“Nenhuma farm�cia tem mais m�scara para vender. E ningu�m se planejou para essa demanda, at� porque 30 dias atr�s a demanda j� tinha aumentado, e os distribuidores n�o tinham para entrega”, afirmou Sergio Mena Barreto. Das 17 farm�cias procuradas pela reportagem, somente nove t�m o produto em estoque, sendo que quatro estabelecimentos j� o vendem de forma unit�ria devido � falta do material.

Um dos estabelecimentos procurados e que n�o tem mais as m�scaras � venda � a loja da Cir�rgica Gerv�sio, localizada no Bairro Santa Efig�nia, na Regi�o Leste de BH. Gislene Moreira, gerente da unidade, conta que a procura pelo produto aumentou nesta quarta-feira, mas que ele j� estava em falta no estoque.

“A m�scara j� h� uns meses n�o � encontrada no mercado. O nosso estoque foi zerado desde que come�ou a se falar em contamina��o por coronav�rus. Mas a procura aumentou muito hoje (quarta), principalmente depois da divulga��o dessa suspeita em BH. De dez pedidos, nove eram de m�scaras. Os clientes j� chegam procurando a m�scara, tocam no assunto do coronav�rus, j� t�m quase um nome espec�fico. �lcool em gel tamb�m aumentou a procura, mas ainda temos”, disse, ao Estado de Minas.

No in�cio da tarde desta quarta-feira, uma paciente foi internada no Hospital Metropolitano Dr. C�lio de Castro, no Bairro Milion�rios, no Barreiro, com suspeita de infec��o pela doen�a respirat�ria. A gerente da loja especializada em artigos hospitalares disse, ainda, que n�o h� previs�o de entrega do produto, assim como informado por outras drogarias.

“A previs�o � da f�brica, de quem fornece o produto. A quest�o parece mais de prefer�ncia de mercado, os fornecedores nos passam que n�o h� previs�o. Inclusive, a marca 3M come�ou a dar exclusividade para outros pa�ses, onde est� mais concentrado o foco do coronav�rus”. A Abrafarma, em nota oficial, informou que “na condi��o de entidade representativa do varejo farmac�utico nacional, est� atenta aos poss�veis problemas de fornecimento de produtos como m�scaras e gel antiss�ptico, por conta da eleva��o da procura. A ind�stria farmac�utica, que utiliza mat�ria-prima e princ�pios ativos importados da China, tamb�m pode ser influenciada por esse cen�rio. Por�m, ainda n�o � poss�vel mensurar um impacto efetivo”.

Antes do caso desta quarta-feira em BH, pelo menos outros dois foram descartados anteriormente na capital. Nesta manh�, o Minist�rio da Sa�de confirmou o primeiro caso de um brasileiro contaminado pela doen�a. Trata-se de um paciente de 61 anos, que esteve na It�lia a trabalho e se encontra internado na cidade de S�o Paulo. H� outros 20 casos em investiga��o no pa�s, contando o de BH.

Segundo a pasta, j� foram registrados mais de 80,2 mil casos do coronav�rus em 34 pa�ses. S�o 2,7 mil mortes causadas pela doen�a, sendo que os casos mais graves s�o aqueles que afetam pessoas com mais de 60 anos. Os casos mais graves tiveram in�cio na China, no fim de 2019.