
Uma m�e que leva toda a fam�lia para dentro de uma escola de samba, um bloco caricato com quase 60 anos de desfiles e um bloco de rua – o mais jovem desta hist�ria – que resgata a ancestralidade do povo negro. As tr�s hist�rias que contamos neste document�rio s�o hist�rias sobre a festa de rua de Belo Horizonte que a cada ano surpreende foli�es de todos os cantos do Brasil, apesar das dificuldades financeiras e burocr�ticas. Este document�rio conta a rotina de Arabella das Chagas Gon�alves, costureira e cofundadora da Acad�micos de Venda Nova, Fernando Junqueira, presidente dos Bachar�is do Samba e Nayara Gar�falo, cofundadora do bloco Angola Janga. Tr�s hist�rias de carnaval sobre tradi��o e luta.

Nosso s�mbolo � o pandeiro e a f�nix. Toda a fam�lia e a comunidade se envolvem nesse projeto, hoje j� temos uma estrutura bem maior, com chance de remunerar quem trabalha conosco, mas teve ano de fazer porta-bandeira com a cortina da casa da minha m�e, com sacos de cebola. Nunca entrei em um clube para pular carnaval, nunca vi a Banda Mole. A gente nem consegue ver os blocos de rua. Pra mim, carnaval � isso: levantar toda aquela avenida. A gente vive dos aplausos.”

S�o anos e anos de luta, trabalho e gra�as a Deus de muitos pr�mios tamb�m. Temos uma ajuda que � gerenciada pela Belotur. � um apoio menor que o das escolas de samba, mas � muito importante, j� que tudo requer recurso, maquiagem, sapatilhas. O crescimento do carnaval de BH vem muito por causa das tradi��es que seguiram das escolas de samba e dos blocos caricatos, que foram um incentivo para a cria��o dos bloquinhos de rua. Em qualquer grande cidade, esses bloquinhos de rua n�o podem faltar, mas as tradi��es tamb�m n�o podem acabar. Essa exclusividade de uma carreta com 60 pessoas tocando uma percuss�o, isso a� s�o os blocos caricatos.”
