Com 48 casos suspeitos de coronav�rus, BH inaugura servi�o especializado

Dispara o n�mero de casos investigados de coronav�rus em Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria Municipal de Sa�de, a capital mineira j� contabiliza 48 pessoas que podem estar infectadas. No balan�o dispon�vel anteriormente, esse total era de 19. Para tentar conter a dissemina��o da doen�a, come�ou a funcionar ontem, das 7h �s 19h, novo centro especializado na capital mineira, na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Centro-Sul, no Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Hospitalar. Pessoas que desenvolverem sintomas compat�veis com os da virose e estiveram recentemente na China, em pa�ses com casos confirmados ou que tiveram contato com pacientes com suspeita ou com cont�gio confirmado podem procurar a unidade de refer�ncia.

 

Os n�meros da prefeitura divergem dos que constam do mais recente boletim da Secretaria de Estado da Sa�de, tamb�m divulgado ontem. A pasta estadual contabiliza 58 casos suspeitos de infec��o humana pelo COVID-19, dos quais 27 na capital. A primeira suspeita em territ�rio mineiro foi notificada no dia 28 de janeiro, mas Minas ainda n�o tem diagn�stico confirmado. Dos casos considerados suspeitos no estado, 33 s�o de pacientes do sexo feminino e 25 do sexo masculino, com m�dia de idade de 33 anos e varia��o de 1 a 67 anos. De acordo com o boletim epidemiol�gico, com rela��o ao hist�rico de deslocamento, 44 (73%) referem viagem a pa�ses com circula��o do COVID -19 como It�lia, Alemanha, Singapura, Tail�ndia, Vietn�, Fran�a, Inglaterra e Portugal, e 16 n�o t�m hist�rico de viagem, mas tiveram contato com casos suspeitos.

 

Chama aten��o o fato de que Belo Horizonte investiga quase o mesmo n�mero de casos suspeitos contabilizados por autoridades estaduais. Segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, 54 pessoas com sintomas de doen�as respirat�rias procuraram servi�os de sa�de na capital, das quais seis tiveram quadro descartado. “No entanto, para serem classificados como suspeitos � necess�rio que se enquadrem nos crit�rios do Minist�rio da Sa�de para COVID-19. At� o momento, do total de 54 notificados, 19 foram classificados como suspeitos, seis descartados e os demais permanecem em investiga��o”, informou a pasta, esclarecendo que cabe � secretaria de estado a contagem oficial de casos suspeitos.

 

Pelos crit�rios do Minist�rio da Sa�de, para que um paciente seja considerado suspeito, deve apresentar febre e pelo menos um sintoma respirat�rio (tosse, dificuldade para respirar, entre outros), al�m de ter hist�rico de viagem para �rea com transmiss�o local, de acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais. Enquadram-se no crit�rio ainda pessoas que apresentem sintomas e tenham hist�rico de contato pr�ximo com caso suspeito de coronav�rus, nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais. Para essas pessoas, a orienta��o � que se dirijam a uma unidade m�dica j� com m�scara ou len�o e se identifique desde a entrada, para que recebam o acolhimento correto e evitem a eventual prolifera��o do v�rus.

 

Ontem, o novo Centro Especializado em Coronav�rus da capital ainda n�o havia sido sinalizado, embora funcion�rios afirmassem que j� havia come�ado a atender. Tampouco havia movimenta��o de pacientes com sintomas � procura de atendimento. “A unidade conta com equipe m�dica, equipe de enfermagem e com ambul�ncia dispon�vel para transportar o paciente, caso haja necessidade de interna��o”, informou o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado. A unidade deve ser devidamente identificada hoje.

“Esse centro serve para o atendimento de pacientes que apresentaram os sintomas depois de passarem pela China; pessoas que tiveram contato pr�ximo com algu�m que tenha suspeita da doen�a; e profissionais de sa�de que tiveram contato com um caso confirmado em laborat�rio da enfermidade respirat�ria”, disse. “O centro pode atender uma demanda direta, temos uma triagem na porta”, acrescentou. “Tudo vai depender do estado do paciente. Ele pode ficar no centro em observa��o, fazer o tratamento em domic�lio ou ser encaminhado para um hospital” afirmou.

Hospitais

H� um m�s, depois que o novo coronav�rus se tornou o problema de sa�de p�blica mundial, as secretarias da �rea de Minas Gerais e de BH criaram planos de conting�ncia para lidar com eventuais pacientes. Seis hospitais foram selecionados como refer�ncia para o encaminhamento de eventuais casos suspeitos.

 

Na capital mineira h� duas op��es: os hospitais Eduardo de Menezes (Rua Doutor Cristiano Rezende, 2.213, Bairro Bonsucesso, no Barreiro), para adultos; e Hospital Infantil Jo�o Paulo II (Alameda Ezequiel Dias, 345, Centro), para crian�as. No interior, s�o considerados refer�ncia o Hospital Samuel Lib�nio, em Pouso Alegre (Sul); o Hospital das Cl�nicas de Uberl�ndia (Tri�ngulo); o Hospital Regional Jo�o Penido, de Juiz de Fora (Zona da Mata); e o Hospital M�rcio Cunha, de Ipatinga (Vale do Rio Doce).

Preven��o

O Minist�rio da Sa�de vai antecipar a Campanha Nacional de Vacina��o contra a Influenza como estrat�gia de diminuir a quantidade de pessoas com gripe no inverno. A vacina��o deve come�ar no dia 23 deste m�s, e n�o mais na segunda quinzena de abril. O secret�rio de Sa�de de BH afirma que a provid�ncia ajuda no combate ao coronav�rus. “Livra as pessoas de adquirirem uma doen�a que se parece muito com o coronav�rus. Assim, desafoga-se o sistema de sa�de”, disse. *Estagi�rio sob supervis�o do editor Roney Garcia

Coronav�rus � uma fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente, batizado COVID-19,  foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, ap�s casos registrados na China

Os sinais e sintomas s�o principalmente respirat�rios, semelhantes a um resfriado. O v�rus pode, tamb�m, causar infec��o do trato respirat�rio inferior, como pneumonia. Os principais sintomas conhecidos at� o momento s�o:

» Febre

» Tosse

» Dificuldade para respirar

No in�cio da doen�a, n�o existe diferen�a quanto aos sinais e sintomas de uma infec��o pelo novo coronav�rus em compara��o com os demais v�rus. Por isso, � importante ficar atento �s �reas de transmiss�o local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado para pa�ses com casos confirmados ou doentes que tenham tido contato com essas pessoas s�o suspeitas de infec��o pelo coronav�rus.

» Lavar as m�os frequentemente com �gua e sabonete, por pelo menos 20 segundos. Se n�o houver �gua e sabonete, usar um desinfetante para as m�os � base de �lcool

» Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as m�os n�o lavadas

» Evitar contato pr�ximo com pessoas doentes

» Ficar em casa quando estiver doente

» Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um len�o de papel e jogar no lixo

» Limpar e desinfetar objetos e superf�cies tocados com frequ�ncia