Saiba quem deve procurar centro especializado em coronav�rus em Belo Horizonte

 

Preven��o em primeiro lugar – e, em tempo de amea�a de epidemia de coronav�rus, a orienta��o vale para qualquer lugar do mundo, independentemente do sotaque. Com m�scara cir�rgica, a estudante de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Al�cia Leveron, de 21 anos, esteve, na manh� desta quarta-feira (4) na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Centro-Sul, no Bairro Santa Efig�nia, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, onde passou a funcionar o Centro Especializado em Coronav�rus (Cecovid).

Natural de Honduras, a jovem explicou o aparato de preven��o, depois de se consultar: “Estou com infec��o urin�ria. A� fiquei com dor nas costas, nos rins, e procurei o servi�o p�blico. Como sei que h� casos notificados de coronav�rus na cidade, achei melhor me proteger”.

 

O n�mero de casos suspeitos de coronav�rus em Minas saltou de 58 para 82, conforme dados do Minist�rio da Sa�de – 24 a mais em rela��o boletim anterior, de ter�a-feira. Ao apresentar, nesta quarta-feira (4) as depend�ncias do rec�m-aberto centro especializado da capital, na Regi�o Hospitalar de BH, o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, informou que h� 60 casos notificados na capital (de residentes ou n�o em BH), dos quais seis foram descartados. Pela nova unidade, passaram 11 pessoas at� o in�cio da tarde.

Em meio ao avan�o dos casos investigados do novo agente infeccioso, identificado pela sigla COVID-19, todo cuidado � pouco para evitar o risco de cont�gio. A estudante hondurenha Al�cia chegou das f�rias, na semana passada, e seu voo fez conex�o no Panam�, tamb�m na Am�rica Central. Precavida, Al�cia comprou a m�scara cir�rgica na capital de seu pa�s e fez a viagem sem problemas. “Como o aeroporto do Panam� recebe muitos voos internacionais, achei melhor usar”, afirmou, explicando que em Honduras ainda n�o havia casos suspeitos de coronav�rus.

 

Na universidade onde estuda e outros locais de conviv�ncia, Al�cia n�o circula com m�scara. “Sou muito cuidadosa com a sa�de. Mas se tem alguma pessoa por perto, tossindo, saio logo”, conta. Para se garantir, a estudante carrega a m�scara cir�rgica na mochila. “Vou ficar em BH mais quatro anos, at� terminar o curso. Espero que descubram logo uma vacina.”

Centro especializado

Enquanto a preven��o n�o chega, a capital se prepara para lidar com a amea�a, que chega em per�odo tradicionalmente de pico para casos de doen�as transmitidas pelo Aedes aegypti, especialmente a dengue. Segundo o secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado Pinto, o Centro Especializado em Coronav�rus conta com tr�s ambientes e mais consult�rio m�dico e banheiros. O espa�o de 155 metros quadrados � exclusivo para as pessoas que apresentem sintomas respirat�rios, estiveram no exterior ou tiveram contato com pessoas cujos casos foram confirmados.

 

“Nosso objetivo � antecipar problemas e evitar o agravamento do quadro, j� que a previs�o � de que a situa��o aumente no mundo inteiro”, disse o secret�rio. A unidade demandou cerca de R$ 500 mil de investimento da Prefeitura de Belo Horizonte, parte de um plano de conting�ncia no valor de R$ 1 milh�o.

A pessoa que procurar ajuda no Cecovid vai encontrar uma atendente usando m�scara logo na portaria – depois, vai seguir, tamb�m usando m�scara, uma linha verde com as indica��es at� chegar a uma equipe de atendimento. O secretpario explicou que s�o feitas duas triagens e atendimento, em consult�rio, por m�dico. O protocolo inclui coleta de material na garganta dos pacientes, para exames. Dependendo da situa��o, a pessoa � encaminhado a um hospital de refer�ncia ou, se apresentar uma forma branda da doen�a, poder� ficar em casa.

 

O paciente ter� v�rias informa��es enquanto espera o atendimento, relativas a normas de higiene, contamina��o, conviv�ncia, etiqueta da tosse e do espirro, ambientes e tratamento. “Esta � uma porta de entrada para nos anteciparmos ao problema”, apontou o secret�rio, lembrando que “o v�rus sobrevive at� nove dias fora de um organismo, mas n�o dura um minuto quando se usa o �lcool gel”. No entanto, a unidade rec�m-instalada ainda passava por adapta��es para oferecer o produto, como comprovava um recipiente de �lcool gel colocado na entrada do local, que no momento da visita do secret�rio ainda estava vazio.

Coronav�rus � uma fam�lia de v�rus que causam  infec��es respirat�rias. O novo agente, batizado COVID-19,  foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, ap�s casos registrados na China

Os sinais e sintomas s�o principalmente respirat�rios, semelhantes a um resfriado. O v�rus pode, tamb�m, causar infec��o do trato respirat�rio inferior, como pneumonia. Os principais sintomas conhecidos at� o momento:

» Febre

» Tosse

» Dificuldade para respirar

No in�cio da doen�a, n�o existe diferen�a quanto aos sinais e sintomas de uma infec��o pelo novo coronav�rus em compara��o com os demais v�rus. Por isso, � importante ficar atento �s �reas de transmiss�o local. Apenas pessoas que tenham sintomas e tenham viajado para pa�ses com casos confirmados ou doentes que tenham tido contato com essas pessoas s�o suspeitas de infec��o pelo coronav�rus.

» Lavar as m�os frequentemente com �gua e sabonete, por pelo menos 20 segundos. Se n�o houver �gua e sabonete, usar um desinfetante para as m�os � base de �lcool

» Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as m�os n�o lavadas

» Evitar contato pr�ximo com pessoas doentes

» Ficar em casa quando estiver doente

» Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um len�o de papel e jogar no lixo

» Limpar e desinfetar objetos e superf�cies tocados com frequ�ncia

No Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro, refer�ncia para casos de COVID-19 em Belo Horizonte, um detento de 40 anos se encontra em observa��o, sob escolta policial. Segundo a Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica de Minas (Sejusp), o homem mora na It�lia e foi levado � unidade preventivamente, devido ao surto de coronav�rus. Por meio do Departamento Penitenci�rio, a secretaria informou que o equatoriano Rubem Dario Arteaga Bustamante estava no Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

Em 28 de fevereiro, ele foi detido no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, pela Pol�cia Federal, ao tentar embarcar com coca�na para a It�lia, onde mora. De acordo com a dire��o da unidade, o detento n�o apresenta quadro sintom�tico de coronav�rus, mas foi encaminhado para exames na segunda-feira, e continua em observa��o.