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Estado de Minas

Coordenador do MTST � morto durante a��o policial em Uberl�ndia

Segundo a PM, o homem estava armado e fugiu ap�s abordagem policial. Moradores da ocupa��o manifestaram na BR-050


05/03/2020 20:08 - atualizado 05/03/2020 23:22

Moradores da ocupação fecharam a BR-050 durante manifestação
Moradores da ocupa��o fecharam a BR-050 durante manifesta��o (foto: Di�rio de Uberl�ndia/Divulga��o)
A morte de um integrante da ocupa��o Fidel Castro, durante uma a��o da Pol�cia Militar, em Uberl�ndia (Tri�ngulo), ocorrida na madrugada desta quinta-feira, gerou protestos por parte das moradores da �rea, ocupada sob a lideran�a do Movimento Nacional dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
 
Na manh� desta quinta-feira, revoltados contra o ocorrido, moradores da ocupa��o fizeram uma manifesta��o na BR-050, em frente ao Parque do Sabi�, onde atearam fogo em pneus, interrompendo a passagem de ve�culos nos dois sentidos da rodovia.
 
De acordo com a  Pol�cia Militar de Uberl�ndia, o homem, de 41 anos,  foi abordado juntamente com dois indiv�duos na condi��o suspeita de estarem fazendo liga��o clandestina (“gato”) na rede de luz el�trica. Ainda segundo a PM, na sequ�ncia, os tr�s fugiram e um deles, no meio do matagal, teria apontado para os policiais, que revidaram a tiros, alvejando o suposto fugitivo. 
 
O advogado da Pastoral da Terra (CPT) Igino Marcos da Mata Oliveira, que acompanha o movimento social respons�vel pela ocupa��o Fidel Castro afirma que a realidade foi diferente da vers�o apresentada pela PM. “O que houve foi uma execu��o. J� pedimos a apura��o dos fatos pelo Minist�rio P�blico”, assegura o advogado, que alega que a v�tima fazia uma “manuten��o” na rede el�trica. 
 
De acordo com a sinopse da ocorr�ncia divulgada PM de Uberl�ndia, os policiais faziam patrulhamento numa avenida pr�xima � �rea invadida “Fidel Castro” quando depararam com tr�s indiv�duos, junto a dois cabos de alta tens�o, perto de um poste da rede el�trica, que, possivelmente seriam usados para o “desvio clandestino de energia el�trica”.
 
Segundo a vers�o policial, os PMs tentaram abordar os tr�s homens, mas eles fugiram em dire��o  a um matagal e um deles apontou um rev�lver em dire��o aos militares, que, “diante da situa��o, efetuaram disparos” e “n�o viram se o indiv�duo que estavam portando o armamento tinha sido alvejado, pois continuaram fugindo (...).
 
De acordo com o relato da Pol�cia Militar, um dos suspeitos, de 36,  foi preso e outro fugiu. Durante a “varredura” no matagal, “em determinado momento” as equipes localizaram “o autor que havia atentado contra a vida dos policiais, deitado em meio ao matagal, com sangramento na regi�o da cabe�a e com uma arma de fogo tipo rev�lver ao seu lado”. Informou que, “imediatamente”, os militares prestaram socorro ao homem, que foi encaminhado ao pronto socorro do Hospital de Cl�nicas das Universidade Federal de Uberl�ndia (UFU), onde foi constatado o �bito pelos m�dicos.
 
Ainda segundo a Pol�cia Militar, no mesmo local onde foi encontrado o ocupante da Fidel Castro foi apreendido um rev�lver calibre 38, com tr�s cartuchos intactos, “sendo que um dos cartuchos estava "picotado", o qual o autor possivelmente tentou disparar, contudo a muni��o, por motivos desconhecidos, n�o deflagrou’, diz a sinopse da PM. 
 
O advogado Igino Marcos da Mata Oliveira argumenta, no entanto, que os levantamentos iniciais revelam que o morador da �rea de ocupa��o liderada pelo MTST foi morto com um tiro na regi�o da nuca, o que � o ind�cio de execu��o. Por isso, pediu a investiga��o e apura��o dos fatos pelo Minist�rio P�blico. 
 
Igino Marcos disse ainda que o homem morto na a��o policial n�o tinha antecedentes criminais e exercia papel de coordena��o do MTST na ocupa��o em Uberl�ndia, que conta com cerca de 700 fam�lias.  “Ele era querido na ocupa��o. Era muito prestativo”, assegura o advogado.


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