
Diante dos 77 casos do novo coronav�rus confirmados pelo Minist�rio da Sa�de no Brasil, pais e respons�veis se preocupam com a ida de seus filhos a escola. A aglomera��o de crian�as pode resultar em transmiss�o? Quando o menor deve falar? M�scara adianta? Minha escola deve ser fechada? Essas s�o algumas das d�vidas que circulam nas redes sociais e nas conversas informais na comunidade escolar.
Em transmiss�o ao vivo no Facebook, tr�s infectologistas do Hospital Israelita Albert Einstein, em S�o Paulo, discutiram o impacto da virose nas escolas.
Eles alertaram, por exemplo, para o uso do bebedouro e para as superf�cies usadas com frequ�ncia pelas crian�as, como mesas, cadeiras e outros objetos. “A higiene desses objetos pode ser refor�ada com uso de �lcool 70% ou hipoclorito (desinfetante). A gente sabe que �lcool � muito mais pr�tico pra usar, mas ambas solu��es eficazes para eliminar o coronav�rus”, explica a infectologista Vivian Avelino Silva, tamb�m professora no Albert Einstein.
“Bebedouro � um outro fator importante de transmiss�o de v�rus respirat�rios, inclusive o coronav�rus. Nas escolas, se recomenda que cada crian�a tenha o seu pote, sua �gua de uso individual”, complementou o tamb�m infectologista H�lio Bacha.
Os especialistas tamb�m chamaram a aten��o para as dicas j� conhecidas pela popula��o, como a etiqueta da tosse (proteger a boca com os bra�os ao tossir) e o ato de higienizar as m�os com sab�o ou �lcool em gel.
Quando faltar?
Os profissionais da sa�de tamb�m discutiram sobre quando uma crian�a deve faltar de aula. Segundo eles, a orienta��o segue a mesma para outras doen�as respirat�rias: se o jovem apresenta sintomas de qualquer enfermidade deste tipo, seja uma gripe ou um resfriado, deve se ausentar da escola para n�o transmitir a virose.
Quanto �s crian�as que enfrentam crises de rinite com frequ�ncia, os infectologistas pedem aten��o. “Nossa recomenda��o no momento �, na d�vida, n�o mande (para escola). Espere para ver o que vai acontecer. Se ficar bem claro pra voc� que � s� mais uma crise, a gente pode ficar mais tranquilo. Do contr�rio, n�o mande”, afirma Vivian Avelino Silva.
Meu filho apresentou os sintomas. � coronav�rus?
Nem sempre, segundo os especialistas do Albert Einstein. “A crian�a que tenha sintomas respirat�rios e febre aferida no term�metro (acima de 37,8°C) n�o �, apenas com esses dados, paciente que a gente coloca, neste momento, em risco de coronav�rus. � imprescind�vel que esse paciente, para a gente pensar que ele pode estar doente, tenha (tido) contato com caso confirmado ou suspeito. Ou voltado do exterior a menos de 14 dias, especialmente da Coreia do Sul, It�lia, Ir� e China”, explicou o infectologista M�rcio Moreira.
Ele alertou, ainda, que a verifica��o desses requisitos sempre deve ser feita com o pediatra da poss�vel v�tima, antes de qualquer coleta de amostra sangu�nea para realiza��o de teste para a doen�a.
Minha crian�a est� com suspeita. Com quem deixar?
Para os infectologistas, � fundamental que os pais e respons�veis evitem deixar uma crian�a com os sintomas (leia t�pico acima) com o grupo mais vulner�vel � doen�a, como idosos e pessoas com baixa imunidade, como aquelas que passam por quimioterapia.
E se uma escola tiver caso suspeito/confirmado?
Os estudos acerca do novo coronav�rus ainda est�o no in�cio, portanto todas as orienta��es podem ser revistas daqui a uns dias. “N�o existe uma receita de bolo para saber quando se deve fechar uma escola”, diz Vivian Avelino Silva.
O infectologista H�lio Bacha, contudo, � mais incisivo diante do quadro atual da doen�a. “Cada pa�s tem uma condi��o diferente frente a epidemia. Aqui no Brasil, estamos no come�o de uma epidemia com transmiss�o no nosso meio. Nesse momento, a escola deve ser fechada quando h� casos de transmiss�o entre os alunos. E avaliar se isso ocorre numa determinada sala ou grupo ou em toda a escola”, explica.
M�scara � uma boa?
N�o para os infectologistas do Einstein. Segundo eles, as crian�as t�m grande resist�ncia no uso das m�scaras. “� uma tortura (para elas)”, critica H�lio Bacha.
Al�m disso, Vivian Avelino Silva explica que a prote��o n�o evita que uma pessoa seja infectada, s� impede que um j� enfermo transmita a doen�a para outras pessoas.
O desespero em busca do item pode, segundo ela, at� mesmo prejudicar quem realmente precisa das m�scaras, diante do aumento da demanda pelo produto.
Confira na �ntegra o debate dos infectologistas do Hospital Albert Einstein: