
Com o novo coronav�rus circulando em Divin�polis, Regi�o Centro-Oeste, a cidade foi a primeira do estado a atingir o n�vel 2 na escala de transmiss�o do micro-organismo. Isso significa que o munic�pio � considerado de risco, j� que h� possibilidade de prolifera��o local, ou seja, sem que o paciente tenha ido a outro pa�s ou tido contato com quem esteve no exterior.
A Secretaria Municipal de Sa�de (Semusa) espera crescimento do n�mero de casos suspeitos. At� o momento, 12 foram registrados, sendo um confirmado, dois descartados e nove ainda em investiga��o. O material de outros quatro pacientes seria colhido ainda ontem, mas os casos suspeitos devem entrar no sistema da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG) apenas no pr�ximo boletim.
“Nossa cidade estava no n�vel um, que � aquele em que a gente importa o caso. Como j� temos caso positivo e v�rios suspeitos sem v�nculos epidemiol�gicos com viagem para o exterior, isso significa que h� probabilidade de as transmiss�es locais acontecerem", alerta a coordenadora de Vigil�ncia em Sa�de, Janice Soares. A previs�o � de que a cidade atinja o pico de contamina��o entre quatro e oito semanas. At� l�, a Secretaria Municipal de Sa�de (Semusa) far� monitoramento di�rio.
Lavar bem as m�os e usar �lcool em gel s�o apenas duas das recomenda��es refor�adas pelos �rg�os de sa�de. Contudo, diante do novo patamar, o secret�rio municipal da pasta, Amarildo de Sousa, orientou a popula��o a evitar sair de casa ou frequentar locais com grande aglomera��o de pessoas. “Precisamos de alguma forma contribuir para estancar a prolifera��o do coronav�rus”, afirmou o secret�rio. Por enquanto, trata-se apenas de recomenda��o. “Devemos estimular as pessoas a ficarem em casa”.
Um grupo de enfrentamento do coronav�rus foi formado pela macrorregi�o Oeste. Ele tem poder apenas recomendat�rio. J� Divin�polis vai montar um comit� que ter� papel deliberativo. Inicialmente, apenas a prefeitura ser�, oficialmente, orientada a evitar reuni�es e treinamento.
“Neste momento n�o h� recomenda��o para que se fechem escolas. Mas o nosso grupo de enfrentamento do coronav�rus vai avaliar semanalmente. Os dados ser�o atualizados diariamente e a� vamos fazer as recomenda��es de acordo com a evolu��o”, informou o secret�rio.
Sem p�nico
Os �rg�os de sa�de pedem para a popula��o n�o entrar em p�nico. “A orienta��o � para quem apresentar febre ou algum sintoma respirat�rio, tosse ou dificuldade para respirar procurar a unidade de sa�de”, recomenda a infectologista Ros�ngela Franco Guedes Ferreira. A febre, segundo ela, deve estar acima de 37,8°.
“Pacientes assintom�ticos ou com poucos sintomas que simplesmente vieram de outro pa�s ou com hist�rico de contato com essas pessoas n�o devem procurar o sistema de sa�de porque n�o h� risco nem necessidade de colher material para diagn�stico”, tranquiliza.
A porta de entrada dos pacientes deve ser as unidades b�sicas de sa�de, Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e a rede privada. Os �rg�os recomendam cautela de quem n�o apresenta sintomas intensos para n�o sobrecarregar a rede hospitalar. Os exames tamb�m n�o dever�o ser feitos em todos os pacientes devido � quantidade limitada.
Rede privada
O Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus (CSSJD) � o maior da regi�o. �nico a atender pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS). Apesar de n�o ser refer�ncia, no caso do coronav�rus, para Divin�polis, ele est� se adequando. “Diante das novas informa��es da Secretaria de Sa�de estamos mobilizando toda a equipe, fazendo a mobiliza��o de kits, separa��o de leitos para interna��o, j� nos precavendo da possibilidade da chegada mais pesada dos pacientes com coronav�rus”, afirmou o diretor t�cnico, Eduardo Mattar. A unidade poder� receber pacientes de qualquer um dos 54 munic�pios da macrorregi�o.
Mattar alerta, entretanto, para o risco de redu��o do estoque dos equipamentos de prote��o individual (EPI) para os profissionais. “Estamos tentando nos preparar da melhor forma poss�vel diante da disponibilidade do mercado”, comentou. Uma possibilidade em estudo � a fabrica��o pr�pria de m�scaras e aventais.
Lota��o
Para a rede p�blica conseguir atender a demanda em um eventual crescimento de casos na cidade, outras medidas dever�o ser adotadas. “Para tratar casos graves, temos uma rede que � para atender a demanda rotineira que exige a retaguarda de UTI. Hoje, a nossa rede est� lotada. Mas num momento de contingenciamento a gente toma decis�es, como suspender cirurgia eletiva, exatamente para dar vaga de leito para UTI para atender esses casos”, explica o superintendente regional de sa�de Alan Rodrigo. Para refor�ar, devem ser inaugurados 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Santo Ant�nio do Monte. A data ainda n�o foi confirmada.