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Estado de Minas COVID-19

BH e MG est�o a 5 dias da esta��o que tem mais casos de males como o coronav�rus

N�meros oficiais de interna��es em Minas e em BH indicam que popula��o est� a cinco dias da �poca do ano com mais casos graves de doen�as semelhantes � causada pelo coronav�rus


postado em 15/03/2020 04:00 / atualizado em 15/03/2020 07:52

Acesso a unidade especializada em BH: capital enfrenta pico de doenças respiratórias no outono, que chega esta semana (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Acesso a unidade especializada em BH: capital enfrenta pico de doen�as respirat�rias no outono, que chega esta semana (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Minas Gerais e em especial Belo Horizonte est�o a cinco dias da �poca do ano mais cr�tica para a dissemina��o de doen�as como a causada pelo novo coronav�rus, identificada internacionalmente pela sigla COVID-19. Apenas na capital, as interna��es pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS) por doen�as respirat�rias infecciosas provocadas por v�rus com caracter�sticas similares chegou a ser 130% maior na m�dia dos �ltimos cinco outonos – esta��o que come�a na sexta-feira – do que nos cinco ver�es passados (veja tabela).

No estado, tamb�m ocorre um salto de 97% na m�dia das hospitaliza��es, levando-se em conta o mesmo per�odo. Segundo avalia��o do presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estev�o Urbano Silva, n�o se sabe ao certo qual grau de contamina��o enfrentaremos, mas � certo que os n�meros “crescer�o de forma exponencial”, ou seja, tendem a ter uma r�pida e progressiva eleva��o. O que torna mais importante que nunca medidas de autoprote��o e preven��o em todos os ambientes (leia mais na p�gina 14). “O problema n�o � o frio, mas pela ventila��o contida em locais mais fechados. As pessoas se aglomeram onde o ar circula pouco e isso facilita muito a dispers�o do v�rus”, explica o infectologista.

 

Representantes das secretarias de estado e municipal da Sa�de j� declararam ser “inevit�vel” que o n�mero de contamina��es aumente com a chegada do outono e do inverno, esta��es tradicionalmente de grande incid�ncia de doen�as respirat�rias. O estado, que decretou situa��o de emerg�ncia em sa�de na sexta-feira, garante que est� preparado para receber novos casos de coronav�rus e que tem tomado todas as medidas necess�rias para prestar assist�ncia � popula��o, al�m de manter vigil�ncia epidemiol�gica da doen�a. O �ltimo informe do Minist�rio da Sa�de contabiliza 1.496 casos suspeitos no Brasil e 121 confirmados, enquanto autoridades sanit�rias mineiras monitoram 297 pacientes, tendo confirmado o diagn�stico em quatro: em Divin�polis, no Centro-Oeste mineiro; em Ipatinga, no Vale do A�o; em Juiz de Fora, na Zona da Mata; e em Patroc�nio, no Alto Parana�ba – este dois �ltimos informados ontem.

 

O per�odo do outono que se aproxima (20 de mar�o a 19 de junho) nos �ltimos cinco anos tem levado mais pessoas � interna��o do que o inverno (20 de junho a 21 de setembro), tanto em Minas Gerais quanto em Belo Horizonte. Para se ter uma ideia, a m�dia de internados nos �ltimos cinco invernos em BH foi de 573 pacientes, volume 74% maior que os 330 do ver�o na capital. No estado, a m�dia � de 1.903 pacientes nos ver�es, contra 3.235 (+70%) nos invernos. Esse volume sobe no outono para 763 ( 130%) em BH e vai a 3.758 ( 97%) em Minas.

 

Os dados compilados junto ao Minist�rio da Sa�de pela equipe de reportagem do Estado de Minas s�o referentes, segundo orienta��o da Sociedade Mineira de Infectologia, a doen�as infecciosas do sistema respirat�rio, de propaga��o predominantemente viral, como a influenza (gripe) e os resfriados, que em suas formas mais graves levam centenas de pessoas � interna��o todos os meses. “O novo coronav�rus se comporta de forma semelhante ao v�rus da influenza (gripe), aos rinov�rus (resfriados) e metapneumov�rus, com taxa de cont�gio de dois a quatro em cada 100 que t�m contato”, compara o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia.

 

Lugares a se evitar

 

Esta��es de metr�, de �nibus, reparti��es p�blicas, centros comerciais, ag�ncias banc�rias e de servi�os que costumeiramente agregam muitas pessoas tendem a se tornar locais a serem evitados quando poss�vel, especialmente nessas esta��es mais cr�ticas, pois a proximidade � um fator de risco mais importante que a prote��o das vias a�reas. “Nem sempre usar m�scaras pode ser uma solu��o. Isso � uma medida para quem lida diretamente com pacientes. Uma m�scara utilizada a esmo pode se tornar uma fonte de contamina��o, mantendo n�o apenas o novo v�rus como v�rios outros retidos e pr�ximos da pessoa. O melhor � ter h�bitos de sa�de como higienizar as m�os e evitar ir a lugares de grandes concentra��es. Doentes com sintomas, principalmente, n�o devem frequentar ambientes de aglomera��o”, afirma Estev�o Urbano.

 

Seguindo essa l�gica, os maiores aglomerados urbanos, como a Grande BH, com mais de 5,5 milh�es de habitantes, s�o locais onde h� de se ter maior aten��o quanto � possibilidade de cont�gio. Por outro lado, s�o tamb�m as �reas que contam com rede de sa�de mais bem estruturada. “Estamos no in�cio dessa doen�a em Minas Gerais e n�o temos ainda nenhum caso de infec��o local, s�o todos vindos de fora. N�o se sabe exatamente o que vai chegar. O desafio diz respeito aos casos graves, que podem afetar idosos e pessoas debilitadas, de baixa imunidade. Esses v�o demandar quartos de isolamento e leitos de CTI, mas n�o sabemos ainda mensurar em que volume. Os hospitais est�o treinando recursos humanos, preparando suas instala��es, o estado est� com seus planos de conting�ncia. A impress�o que fica � de que, no pior cen�rio, n�o apenas o Brasil, como nenhum pa�s tem condi��es de enfrentar. Basta ver o volume de recursos de que a China precisou dispor”, afirma.


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