A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou ontem uma s�rie de medidas para tentar evitar cont�gio de pacientes, funcion�rios e visitantes com o novo Coronav�rus (COVID-19) em seus hospitais. Entre as a��es est�o a restri��o de visitantes e acompanhantes em cl�nicas de interna��o, al�m de hor�rios breves para a entrada de pessoas. No Hospital Odilon Behrens, por exemplo, visitantes e acompanhantes n�o est�o autorizados a entrar nas cl�nicas de interna��o. A medida vale por tempo indeterminado e n�o abrange acompanhantes de pacientes menores de 18 anos, gestantes em trabalho de parto, pessoas com necessidades especiais e maiores de 60 anos. O mesmo vale para o Hospital Nossa Senhora Aparecida, no Bairro S�o Paulo, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte.
J� no Hospital Metropolitano Dr. C�lio de Castro, no Barreiro, as visitas a pacientes internados est�o suspensas desde ter�a-feira. O boletim m�dico dos pacientes do CTI continua sendo divulgado das 15h �s 17h, mas somente um visitante ser� autorizado a ter acesso ao local. Em todos os casos, visitantes e acompanhantes que apresentarem sintomas gripais, pessoas com idade superior a 60 anos e gestantes n�o ter�o a entrada autorizada.
HOSPITAL DAS CL�NICAS Tamb�m o Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou a suspens�o de atendimentos em algumas �reas. Consultas e cirurgias ser�o desmarcadas para a seguran�a dos pacientes. Em comunicado, a unidade hospitalar informou que “suspender� as consultas cl�nicas e cir�rgicas eletivas agendadas, conforme avalia��o da equipe m�dica de cada especialidade, e todas as cirurgias ambulatoriais eletivas”.
Ainda de acordo com o comunicado, o hospital est� observando as recomenda��es emitidas pelas autoridades sanit�rias nacionais e a gest�o local do Sistema �nico de Sa�de (SUS) no que diz respeito � organiza��o da oferta de servi�os � popula��o.
Apesar da suspens�o do atendimento em algumas �reas, o Hospital das Cl�nicas segue adotando uma s�rie de a��es para tentar combater o novo coronav�rus. Entre elas est� a revis�o do Plano de Conting�ncia para a COVID-19, estabelecendo o fluxo de atendimento ao paciente com suspeita de ter contra�do a doen�a.
O HC-UFMG tem em seu quadro de trabalhadores 747 m�dicos e 1.859 profissionais assistenciais. Os funcion�rios est�o sendo informados sobre o novo protocolo de atendimento e recebendo treinamentos espec�ficos com rela��o � assist�ncia aos pacientes com suspeita de coronav�rus.
Na rede de hospitais do estado, o governador Romeu Zema anunciou a suspens�o de cirurgias eletivas.
Defensoria quer garantia de merenda, �gua e luz
D�borah Lima
A Defensoria P�blica de Minas Gerais recomendou ontem que a Copasa e a Cemig n�o deixem de fornecer �gua e energia el�trica em casos de inadimplemento do consumidor enquanto perdurar o estado de pandemia decorrente da COVID-19. O texto, assinado por Daniele Bellettato Nesrala, coordenadora da Defensoria P�blica Especializada da Inf�ncia e Juventude, recomenda que “posteriormente sejam buscados meios menos gravosos de coa��o para a cobran�a.” Ainda ontem, o �rg�o expediu documento que recomenda que continue sendo distribu�da alimenta��o a todos os alunos da rede p�blica estadual e municipal que tiveram as aulas suspensas.Com data de 18 de mar�o, as recomenda��es solicitam resposta no prazo de tr�s dias.
A decis�o sobre os servi�os de �gua e energia considerou que a situa��o � at�pica, uma vez que as pessoas, inclusive crian�as e adolescentes que n�o estar�o na escola, passar�o a maior parte do tempo em suas casas e com isso ter�o um aumento do consumo de energia el�trica e �gua e que os dois itens s�o direito fundamental, garantido pela Constitui��o enquanto servi�o p�blico essencial. Al�m disso, o texto cita poss�vel redu��o de renda de pessoas aut�nomas durante o per�odo de isolamento.
A Cemig informou que est� em contato com a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) para definir a��es que visam � diminui��o dos impactos da pandemia. A companhia prev� um posicionamento oficial at� o fim da semana. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato tamb�m com a Copasa e n�o obteve retorno at� o fechamento desta edi��o.