
A pandemia de coronav�rus segue transformando a vida dos moradores de Belo Horizonte. No dia em que come�ou a vigorar a determina��o do prefeito Alexandre Kalil (PSD) de fechar estabelecimentos com possibilidade de aglomera��o de pessoas, a capital viveu momentos diferentes. A sexta-feira, geralmente caracterizada por intenso movimento no tr�nsito, tinha ruas bem mais vazias e boa parte dos com�rcios de portas fechadas.
Mesmo com os �nibus circulando em escala de 'dia at�pico', medida determinada em conjunto com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a maioria dos coletivos circulava sem sua lota��o completa. Nos �nibus flagrados pela reportagem, na Avenida dos Andradas e na Contorno, os passageiros estavam todos sentados. Os pontos tamb�m estavam bem vazios. O cen�rio era semelhante no Move. A esta��o Venda Nova tinha pouqu�ssimo movimento. Um motorista da linha 62 afirmou que, em duas viagens, havia transportado 10 pessoas.
Exce��es permitidas, supermercados estavam abertos no Bairro Sagrada Fam�lia, na Regi�o Leste de BH. Inclusive recebendo reposi��o de mercadorias. Entretanto, tentando minimizar o risco de cont�gio de seus profissionais, alguns adotaram medidas especiais. Em um destes, havia limite do n�mero de pessoas dentro do estabelecimento.
"Est� podendo entrar, mas estamos limitando um pouco para n�o ficar lotado l� dentro. Sabemos que as pessoas precisam se alimentar, mas tamb�m, n�s n�o podemos correr riscos. Sen�o fica como se n�s estiv�ssemos andando por a� nas ruas", diz um funcion�rio que estava na porta do supermercado controlando o fluxo de pessoas e preferiu n�o se identificar.
Outro tipo de estabelecimento liberado a funcionar, as drogarias visitadas pela reportagem estavam com bom fluxo de clientes. Alguns ainda em busca do t�o requisitado �lcool gel, que seguia desaparecido das prateleiras ou com pre�os exorbitantes. Outros atr�s de medicamentos, com medo de uma poss�vel falta dos produtos.

Mas nem todo mundo respeitou a recomenda��o. No Bairro Floresta, tamb�m na Regi�o Leste, foi poss�vel ver a�ougues, loja de tintas e lojas de estofados abertas. Em Venda Nova, o mesmo se repetiu: lojas de colch�es, casa de festas, papelarias tamb�m funcionaram normalmente. Na Rua Padre Pedro Pinto, por exemplo, ainda havia muita gente circulando pelas ruas.
Publicado quarta-feira (18) no Di�rio Oficial do Munic�pio, o decreto assinado por Kalil pro�be o funcionamento de bares, restaurantes, shoppings, cinemas, teatros, academias e parques. O servi�o de delivery de comida � permitido.

At� agora, de acordo com o �ltimo balan�o fornecido pela Secretaria Estadual de Sa�de, em Minas j� s�o 29 casos confirmados, sendo 18 em Belo Horizonte. No Brasil, sete �bitos j� foram confirmados.
(Com Leandro Couri e Gladyston Rodrigues)