
"Como eu moro com minha av� de 71 anos e ela faz parte do grupo de risco, estou usando a escada mesmo e evitando tudo. Na atual situa��o, a dor no joelho � o menos pior” , diz Marina, acrescentando que tem tomado outras medidas para poupar a av�. "A primeira coisa que eu fa�o hoje � chegar em casa e ir direto para o banho. Antes o apartamento vivia cheio de netos e filhos, mas para a seguran�a dela a fam�lia tamb�m tem evitado fazer visitas”, concluiu.
Em outro condom�nio de 40 apartamentos e 14 andares no Bairro Funcion�rios, Regi�o Centro-Sul de BH, um aviso no elevador orienta moradores a evitar o uso do equipamento por muitas pessoas ao mesmo tempo. A recomenda��o � de que somente moradores de um mesmo apartamento entrem juntos. Na porta do elevador e na guarita dos porteiros, �lcool em gel foi disponibilizado em dispensers.

"O novo funcion�rio � marido da faxineira e poder� traz�-la de carro ao trabalho. Assim, nem um dos dois tem que pegar �nibus e se expor ao v�rus", conta a s�ndica. A escala dela foi reduzida para dia sim, dia n�o, sem preju�zo do sal�rio. "Temos um fundo de reserva robusto, que nos permite proteger tamb�m os empregos de nossos funcion�rios nesse 'esfor�o de guerra', explicou a s�ndica. "Tentaremos nos adaptar � medida que as situa��es forem se apresentando".
A s�ndica conta ainda que uma rede de solidariedade j� se formou no pr�dio para ajudar aqueles que, como o caso dela, se isolaram. "Vizinhos t�m feito minhas compras e deixado na minha porta. Outras pessoas isoladas est�o recebendo a mesma aten��o". "� um esfor�o de guerra. A solidariedade e todos os cuidados s�o essenciais", resume.
S� em Belo Horizonte, outras milhares de pessoas vivem condom�nios e apartamentos. Para essas pessoas, os desafios para reduzir o contato social s�o ainda maiores. � medida em que a doen�a se espalha, moradores e s�ndicos t�m lidando com a quest�o; como praticar o isolamento social em espa�os compartilhados? Para responder esta pergunta, conversamos com o presidente do Sindicato dos Condom�nios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais, Carlos Queiroz e consultamos as diretrizes gerais de conten��o da dissemina��o e desinfec��o para edif�cios comerciais ou residenciais divulgada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As principais recomenda��es est�o listadas abaixo:
Moradores
Em caso de encomendas e entregas de delivery a recomenda��o do Sindcon � de que entregadores n�o entrem no pr�dio e que os cond�minos devem receber as entregas na portaria.
A necessidade da perman�ncia de funcion�rios trabalhando nos apartamentos deve ser avaliada e empregados acima de 60 anos devem ser liberados do trabalho. Essa orienta��o tamb�m � v�lida para trabalhadores terceirizados que trabalham para o condom�nio.
Evite obras e s� mantenha o trabalho em caso de extrema urg�ncia para evitar circula��o de outras pessoas no pr�dio.
Qualquer estado gripal, mesmo que inicial, deve ser comunicado ao s�ndico, com confidencialidade. A gripe comum e a imunidade baixa predisp�em � infec��o por Covid-19. A transpar�ncia � aliada do combate � dissemina��o da doen�a.
Resultados positivos para Covid-19 devem ser obrigatoriamente informados ao s�ndico e demais moradores. A sugest�o � que qualquer pessoa com sinais de estado gripal deve ficar o m�ximo poss�vel em seu apartamento, em distanciamento social de ao menos dois metros de dist�ncia das pessoas.
Como o Covid-19 � comprovadamente transmitido pelas m�os, deve-se evitar cumprimentos, abra�os ou beijos.
Evite fazer ou receber visitas.
Quando poss�vel utilize as escadas e de prefer�ncia sem encostar em corrim�os.
S�ndicos
Gestores de edif�cios devem garantir que equipes de limpeza de cada edif�cio se esforcem com as pr�ticas di�rias de higieniza��o nesse momento em que essas medidas podem frear o avan�o da doen�a e proteger os mais vulner�veis.
Fechar temporariamente o sal�o de festas e limitar atividades sociais com grupos de pessoas externas ao seu apartamento em quaisquer �reas de conviv�ncia como academias, piscinas e espa�os gourmet.
Considere ter desinfetante para as m�os � base de �lcool em �reas comuns, incluindo, entre outros, a entrada dos elevadores e banheiros.
Prestar aten��o especial � limpeza de superf�cies frequentemente tocadas em �reas comuns: higienizar frequentemente itens como bebedouros, torneiras, ma�anetas, interruptores de luz e bot�es do elevador, entre outros, com produtos de limpeza � base de �lcool e �gua sanit�ria.
Os s�ndicos tamb�m devem evitar assembl�ias de condom�nio. Informa��es podem ser passadas atrav�s de cartazes afixados em �reas de circula��o de moradores ou enviadas por aplicativo de mensagem.
Funcion�rios
O funcion�rio gripado deve ser licenciado temporariamente, com direitos assegurados pelo condom�nio.
Nos casos de reforma e de circula��o de trabalhadores externos, inclusive os de cada resid�ncia e trabalhadores de reformas, devem receber equipamento de prote��o pessoal adequado, como luvas limpas trocadas constantemente.
A equipe que manipula o lixo deve lavar as m�os frequentemente, utilizar luvas e desinfetante para as m�os � base de �lcool. Nenhuma evid�ncia sugere que o lixo do edif�cio necessite de desinfec��o adicional.
O s�ndico ou administradora deve providenciar o Equipamento de Prote��o Individual (EPI) completo para os trabalhadores, incluindo luvas, botas e m�scaras, de acordo com recomenda��o dos �rg�os oficiais.
O s�ndico ou administradora devem disponibilizar toalhas de papel e sab�o nos banheiros para os funcion�rios, dispon�veis o tempo todo.
Todos
Higienizar as m�os, frequentemente, com �gua e sab�o, durante pelo menos 40 segundos; em caso de n�o poder, com �lcool-gel.
Evitar aglomera��es, inclusive no elevador. Reduzir a utiliza��o para, no m�ximo, tr�s pessoas por vez.
O banheiro de uso comum deve ser higienizado ap�s cada uso.
A dist�ncia m�nima de visitantes e moradores do porteiro deve ser de dois metros.
O ideal � a comunica��o pelo interfone.