
Um documento assinado pelos prefeitos ser� encaminhado nesta quarta-feira (25) ao governador Romeu Zema (Novo). Eles fazem coro ao pedido j� oficializado do Cons�rcio Intermunicipal de Sa�de da Regi�o Ampliada Oeste (Cis-Urg – Oeste) - o mesmo que gerencia o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), dentro do plano de enfrentamento ao coronav�rus do estado.
A ideia � abrir entre 50 a 100 leitos nas alas do bloco cir�rgico e enfermaria, dentre eles de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Estamos colocando a m�o de obra do Samu � disposi��o”, afirmou o presidente do Cis-Urg, o prefeito de Carmo do Cajuru, Edson Vilela (PSB). O cons�rcio, assim com a pr�pria Secretaria Municipal de Sa�de (Semusa) de Divin�polis, em um primeiro momento, poderia assumir a gest�o da unidade.
Entretanto, por enquanto, os prefeitos preferem n�o aprofundar nas quest�es relacionadas ao gerenciamento e custeio. “N�o estamos discutindo gest�o e, sim, o que vamos conseguir oferecer de leitos para a nossa regi�o para que a gente n�o passe por situa��es como na It�lia, em que os m�dicos, em determinados momentos, precisam definir quem vive e quem morre”, argumento Vilela.
Mesmo evitando falar sobre os detalhes, se a gest�o ficar para o cons�rcio dever� haver a divis�o das despesas seguindo as respectivas proporcionalidades. Com a autoriza��o para o funcionamento, estado e Uni�o tamb�m poder�o aportar recursos.

Medidas de precau��es
A medida, segundo os prefeitos, � uma precau��o, caso a situa��o se agrave ainda mais. “Se a situa��o se agravar, n�o haver� leitos para atender toda essa popula��o da macro e microrregi�o. No caso de Cl�udio, n�o tem nem CTI”, disse o presidente do Cons�rcio Intermunicipal do Vale do Itapecerica (Cisvi) e prefeito de Cl�udio, Jos� Rodrigues Barros (PRTB).
O prefeito de Divin�polis, Galileu Machado (MDB), lidera o movimento em tom de socorro: “Quer�amos pedir ao secret�rio que entendesse a nossa situa��o de desespero, para deixar o local todo equipado para atender, se for o caso, as pessoas. Estamos passando por momentos dif�ceis sem saber o que fazer”.
Prefeitos descartam hospital de campanha
Na sexta-feira (20), o prefeito de Divin�polis afirmou ter recebido a primeira negativa do Estado. Mesmo assim, os pol�ticos n�o vislumbram alternativa e descartam usar outro local para montar hospital de campanha. “Por que gastar, se j� temos uma estrutura pronta? Vamos usar esses recursos para comprar equipamentos, insumos, para colocar a ala para funcionar”, argumentou o prefeito de Carmo do Cajuru, Edson Vilela.
Uma sa�da seria mobilizar o empresariado da regi�o. "H� empres�rios fortes que est�o sensibilizados. Se fizermos uma campanha juntamente com esses empres�rios, tenho certeza que a gente consegue alavancar um volume expressivo de dinheiro para investir nessa estrutura”, prev� Vilela. Outra op��o � a possibilidade de abertura de 30 a 40 leitos no Complexo de Sa�de S�o Jo�o de Deus, mas ainda h� d�vida sobre a capacidade de estrutura f�sica.
J� a viabiliza��o do hospital regional, segundo o prefeito Machado, de Divin�polis, resultaria, ap�s o enfrentamento da crise, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) n�vel tr�s para atender a regi�o at� que a obra seja 100% conclu�da.
Em nota, a Secretaria de Estado de Sa�de (SES) informou que “monitora 24 horas por dia a situa��o do coronav�rus. Disse ainda que “estuda todas as possibilidades vi�veis para a abertura de leitos nos munic�pios mineiros, sempre em parceria com o Minist�rio da Sa�de. Diversos fatores s�o levados em considera��o. No momento oportuno, as defini��es ser�o comunicadas � sociedade”.
O Hospital Regional de Divin�polis tem uma �rea com 54 mil metros quadrados de terreno, 16 mil de �rea m�dica. A estrutura dever� atender 500 mil pessoas. Na primeira fase est�o previstos 210 leitos para cirurgias, interna��es e pronto atendimento, sendo 30 para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulto e 20 para o infantil.
(*Amanda Quintiliano especial para o EM)
O que � o coronav�rus?
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam:
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.