
Respiradores e m�scaras a baixo custo foram desenvolvidos por um grupo de pesquisadoras e empreendedoras que constituem o Grupo de Mulheres na Impress�o 3D em S�o Jos� dos Campos, interior de S�o Paulo. Os equipamentos ser�o doados a hospitais no Brasil.
As mais de mil impressoras j� disponibilizadas ser�o capazes de produzir, cada uma, um equipamento por hora – resultado do esfor�o de profissionais de diversas �reas que se mobilizam para encontrar solu��es que ajudem hospitais que est�o entrando em colapso por conta do tratamento dos pacientes com coronav�rus.
As mais de mil impressoras j� disponibilizadas ser�o capazes de produzir, cada uma, um equipamento por hora – resultado do esfor�o de profissionais de diversas �reas que se mobilizam para encontrar solu��es que ajudem hospitais que est�o entrando em colapso por conta do tratamento dos pacientes com coronav�rus.
Outras iniciativas se espalham pelo Brasil e pelo mundo. Em Belo Horizonte, um grupo re�ne 30 makers (movimento que tem em sua base a ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar os mais diversos tipos de objetos e projetos com suas pr�prias m�os) para produzir m�scaras atrav�s de suas pr�prias impressoras 3D.
De acordo com Maria Elizete Kunkel, de 48 anos, docente de engenheira biom�dica da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp), coordenadora do grupo Mulheres 3D em S�o Jos� dos Campos, o equipamento tem como base um dispositivo j� existente na internet: “Um modelo chamado prusa, que funciona muito bem, mas demora de quatro a cinco horas para ser impresso, gastando muito material e muito lento para produ��o em maior escala”.
A partir do prusa, foi criado grupo de design com pessoas de v�rias partes do Brasil, em sua maioria do Grupo de Mulheres na impress�o 3D, promovendo modifica��es nos equipamentos j� existentes, com base nas recomenda��es das equipes m�dicas do hospital S�o Paulo, das Cl�nicas da Unifesp e hospital municipal de S�o Jos� dos Campos.
Foram constru�dos quatro prot�tipos que passaram por avalia��es t�cnicas e adaptados segundo recomenda��es de profissionais at� que se chegasse ao produto mais adequado. “Conseguimos chegar a um prot�tipo final que fica pronto em uma hora e estamos distribuindo entre impressoras 3D de todo o Brasil.”
Foram constru�dos quatro prot�tipos que passaram por avalia��es t�cnicas e adaptados segundo recomenda��es de profissionais at� que se chegasse ao produto mais adequado. “Conseguimos chegar a um prot�tipo final que fica pronto em uma hora e estamos distribuindo entre impressoras 3D de todo o Brasil.”
O grupo � formado por mulheres de v�rias �reas que atuam na pesquisa em design, do setor automotivo, que desenvolvem produtos em microempresas caseiras, estudantes de gradua��o e colaboradores externos, “homens com experi�ncia em 3D”.
Por conta da quarentena, o grupo trabalha de modo remoto para evitar exposi��o ao coronav�rus. “Estamos trabalhando com filamentos que j� t�nhamos ou que recebemos por doa��o”, diz Kunkel. Para aumentar a produ��o, as mulheres est�o desenvolvendo campanha para arrecada��o do material.
“Temos um formul�rio para que a pessoa se inscreva dizendo se quer imprimir ou para dizer que no seu hospital precisa de dispositivos.” Os pedidos ser�o separados por c�lulas formadas em cada cidade. A produ��o � individual e ser� recolhida de casa em casa e entregue ao hospital.
“Temos um formul�rio para que a pessoa se inscreva dizendo se quer imprimir ou para dizer que no seu hospital precisa de dispositivos.” Os pedidos ser�o separados por c�lulas formadas em cada cidade. A produ��o � individual e ser� recolhida de casa em casa e entregue ao hospital.
Segundo Kunkel, os hospitais brasileiros n�o disp�em desses protetores faciais em grande quantidade porque s�o utilizados s� em situa��es de emerg�ncia, em cat�strofes. Geralmente, est�o dispon�veis em hospitais de pa�ses sujeitos a terremotos, fura��es por exemplo. “No Brasil, de modo geral, bastava uns poucos na UTI, mas agora precisamos em todos os hospitais, devido ao alto risco de contamina��o com o coronav�rus.”
A pesquisadora explica que o prot�tipo vem sendo validado por equipe m�dica, que avalia quest�es como seguran�a, fixa��o, controle de limpeza e esteriliza��o. “� avaliado de modo que possa ser aprovado no sentido de ser seguro, f�cil de fazer e r�pido de produzir.
Os interessados em trabalhar no projeto como impressor ou a institui��o que queira solicitar os dispositivos devem acionar o Instagram @womenin3dprinting_br ou o link https://linktr.ee/maria_elizete_kunkel.
O custo final do produto ainda n�o est� calculado mas, segundo a coordenadora, os insumos t�m custo b�sico abaixo de R$ 100, e � constitu�do de uma haste produzida em 3D, uma folha de acetato e um el�stico para prender atr�s da cabe�a. “O filamento custa em m�dia R$ 10 o quilo, sendo poss�vel com essa quantidade produzir 20 unidades. A folha de acetato em torno de R$ 5 e o el�stico tem custo bem baixo.”
O foco da doa��o s�o pessoas que trabalham nos hospitais, com prioridade para atendimento na UTI, com contato direto de pacientes j� diagnosticados fazendo uso de respiradores artificiais. “Os dispositivos ser�o distribu�dos para hospitais de acordo com as c�lulas, que contar�o com um coordenador que cuidar� da log�stica de distribui��o aos hospitais.”
Os dispositivos ser�o recebidos na institui��o que se inscreveu previamente por um respons�vel pela administra��o dos equipamentos m�dicos do hospital. “Por tratar-se de equipamento sem registro da Anvisa, que liberou desenvolvimento de equipamentos m�dicos sem registro em caso de emerg�ncia, com o condicionante do aval dado pelo administrador da unidade de sa�de para utiliza��o de dispositivo ainda em fase de teste.”
Para apoiar o projeto o interessado doar material ou em dinheiro atrav�s de vaquinha virtual. Quem n�o puder colaborar com dinheiro ou impress�o pode faz�-lo divulgando nas redes sociais, conclui Maria Elizete Kunkel.
VIDA �TIL
Em Belo Horizonte alguns makers resolveram se reunir para projetar face shields, que s�o utilizados no rosto e fazem a prote��o contra got�culas e ajudam a prolongar a vida �til das m�scaras. De acordo com o engenheiro de controle e automa��o Lucas Machado Barbosa de Faria, de 26 anos, a iniciativa surgiu diante das primeiras not�cias sobre a falta de m�scaras nos hospitais europeus durante o atendimento aos infectados pelo coronav�rus.
“Aqui em BH come�amos a produ��o com v�rias frentes. Estamos utilizando impressoras 3D, modelo prusa RC2, para imprimir face shields para os profissionais de sa�de. O modelo RC2 tem duas variantes da parte de cima, uma sem furos hexagonais e uma com os furos (com intuito de economizar filamentos). A escolher de uma das variantes pode ser feita acessando o site https://drive.google.com/open?id=1md6WuPO245uLZFVTcjnGCg10I0Qm5tdz.”
A montagem dos kits (tiara impressa mais acetato), higieniza��o e log�stica � feita na FAZ Makerspace, um espa�o aberto ao p�blico, onde tamb�m � tra�ada a log�stica de fabrica��o e distribui��o.
Tamb�m a Stratasys, empresa global de manufatura aditiva ou tecnologia de impress�o 3D, anunciou uma mobiliza��o global dos recursos e experi�ncia em impress�o 3D da empresa para combater o v�rus. Nos Estados Unidos, a empresa pretende produzir 5 mil m�scaras do tipo escudo facial at� esta sexta-feira, 27.
Atrav�s de seu escrit�rio regional para Am�rica Latina, a empresa vem trabalhando em iniciativas locais em parceria com seus clientes, revendas autorizadas e outros players do mercado de impress�o 3D para atender � demanda de dispositivos m�dicos que possam ser �teis no combate � dissemina��o do coronav�rus, disse Anderson Soares, Territory Manager da Stratasys no Brasil.
Atrav�s de seu escrit�rio regional para Am�rica Latina, a empresa vem trabalhando em iniciativas locais em parceria com seus clientes, revendas autorizadas e outros players do mercado de impress�o 3D para atender � demanda de dispositivos m�dicos que possam ser �teis no combate � dissemina��o do coronav�rus, disse Anderson Soares, Territory Manager da Stratasys no Brasil.