(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Coronav�rus: artes�os buscam alternativa em 2� domingo sem feira em BH

Os artes�os dizem que a primeira vez, a exce��o do dia 7 de setembro que caiu num domingo, que as vendas n�o s�o realizadas


postado em 29/03/2020 15:52 / atualizado em 29/03/2020 17:35

(foto: Edésio Ferreira/EM/DA PRESS)
(foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA PRESS)

Um dos mais famosos pontos tur�sticos de Belo Horizonte, a Feira Hippie, pelo segundo domingo consecutivo, n�o funcionou. No domingo (29), a Avenida Afonso Pena perdeu a agita��o e alegria que artes�os, belo-horizontinos e turistas imprimem ao Centro da capital. O n�o funcionamento atende ao decreto do prefeito Alexandre Kalil, que para combater o avan�o do novo coronav�rus, suspendeu o com�rcio e atividades comerciais que levam � aglomera��o de pessoas.

 

O artes�o Marcus Afonso dos Santos Brant, de 61 anos, lembra que, desde quando iniciou o trabalho na Feira Hippie, h� 47 anos, � a primeira  vez que ela � suspensa por outra raz�o que n�o o Desfile de 7 de setembro, quando a Avenida Afonso Pena costuma ser fechada para os desfiles.

 

 As exce��es foram os feriados da Independ�ncia do Brasil, que ca�ram no domingo. "Nunca parou a n�o ser em 7 de setembro. J� s�o dois domingos parados", observa. Diante da incerteza de quando o com�rcio ser� retomado devido � Covid-19, o artes�o paralisou a produ��o.  "N�o tem onde vender.  O jeito � ficar em casa e esperar", diz.  

 

Marcus Afonso dos Santos Brant é um dos mais antigos artesãos da Feira Hippie(foto: Arquivo pessoal)
Marcus Afonso dos Santos Brant � um dos mais antigos artes�os da Feira Hippie (foto: Arquivo pessoal)
Marcus � um dos feirantes mais antigos e se lembra do tempo em que a Feira Hippie era montada na Pra�a da Liberdade. "Tinha  licen�a de n�mero 86 que herdei do meu irm�o.  Sou um dos mais antigos remanescentes da Pra�a da Liberdade", afirma. Al�m da venda no varejo, que fazia na Feira Hippie, Marcus tamb�m comercializava no atacado para lojistas do interior. "Ningu�m est� comprando. Alguns est�o devolvendo as mercadorias. As lojas est�o fechadas", diz.

 

Ele ainda n�o tem um plano B, mas conseguir� se manter por um tempo com as reservas que fez ao longo dos anos. No entanto, ele se preocupa com outros feirantes que n�o t�m uma poupan�a. "At� onde sei n�o tem uma pol�tica p�blica para a Feira Hippie. Muita gente conta com a solidariedade de parentes e vizinhos."

 

A artes� A.C.B., de 49 anos, apesar de preocupada com a redu��o na renda da fam�lia, acredita que o isolamento social � uma medida acertada para barrar o avan�o do novo coronav�rus. "� uma boa medida. Necess�ria. Ficarei apertada com dinheiro, mas � melhor do que ficar exposta. � muito grande o n�mero de pessoas que circula na feira", afirma. M�e de uma filha de 21 anos e de um filho de 18, ela disse que a fam�lia ainda conta com o sal�rio do marido.  "Trabalho com a produ��o de roupas femininas. Vou ficar apertada. Tenho contas a pagar, mas � o jeito".

 

Nesse domingo at�pico, outros pontos tur�sticos de Belo Horizonte ficaram fechado. � o caso do Mercado Central. Apesar de a Igrejinha de S�o Francisco, na Pampulha, estar fechada, muita gente se arriscou na manh� deste domingo (29) para fazer caminhada e outras atividades f�sicas na regi�o. 

 

 

HIST�RICO

 

A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, nome oficial da Feira Hippie, � um ponto tur�stico, al�m de ser local de compras, divers�o e entretenimento para os belo-horizontinos. Pioneira no Brasil, a Feira Hippie foi criada por um grupo de artistas e artes�os em 1969, na Pra�a da Liberdade. 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)