V�deo: responsabilidade social ajuda Portugal a enfrentar o v�rus
No segundo epis�dio do Mensagens � frente, a brasileira Daniela Fonseca relata a rotina de isolamento social no pa�s europeu e conta como a solidariedade tem feito a diferen�a: 'Apesar de distantes, nunca estivemos t�o unidos'
postado em 31/03/2020 17:23 / atualizado em 07/04/2020 13:54
(foto: AFP)
No Mensagens � frente desta semana, conversamos com a brasileira Daniela Fonseca, que mora e trabalha em Portugal h� tr�s anos. A consultora de im�veis e estudante de mestrado conta como tem sido o dia a dia do isolamento social no pa�s europeu, que, assim como vizinhos de continente, j� decretou situa��o de emerg�ncia por causa da COVID-19. “� um momento no qual temos que ter responsabilidade social. E, apesar de distantes fisicamente dos outros, nunca estivemos t�o unidos”, destaca.
Daniela disse que por l� o movimento de ficar em casa come�ou de forma volunt�ria, antes do decreto do governo. Ela destacou a solidariedade das pessoas, principalmente com os conterr�neos que pertencem aos grupos de risco, e mandou um recado aos brasileiros: “O momento agora � de solidariedade, de paci�ncia e empatia”. Leia, abaixo, o relato na �ntegra.
“Apesar de distantes, nunca estivemos t�o unidos”
“Hoje, 24 de mar�o de 2020, temos 2.362 casos confirmados em todo o pa�s, 30 mortes e 22 pessoas que j� se recuperaram do coronav�rus. A regi�o Norte do pa�s tem sido a mais afetada, apesar de Lisboa ser a cidade com maior n�mero de casos confirmados. Na �ltima quinta-feira, o primeiro-ministro decretou estado de emerg�ncia em todo o pa�s. Isso fez com que a maioria dos neg�cios e com�rcios que n�o fossem de necessidades b�sicas para popula��o encerrassem suas atividades por ora.
Os supermercados t�m funcionado com hor�rios espec�ficos para popula��o de riscos, como idosos, diab�ticos e pessoas com dificuldades respirat�rias, para que eles possam fazer as compras sem grande contato com o resto da popula��o. Al�m disso, h� um n�mero m�ximo de pessoas por vez dentro dos supermercados. Isso faz com que as pessoas aguardem do lado de fora, sempre respeitando 1,5m de dist�ncia entre si, e s� entrem nos estabelecimentos ap�s a sa�da de outra pessoa.
Pra�a do Com�rcio quase, em Lisboa (foto: AFP)
H� um movimento volunt�rio de ficar em casa, que se iniciou h� pouco mais de uma semana aqui em Portugal, e tem funcionado muito bem. As pessoas t�m sido muito solid�rias e t�m ficado em casa at� mesmo antes do decreto do estado de emerg�ncia. E acredito que isso tem ajudado na desacelera��o da propaga��o do v�rus em todo o pa�s.
Temos visto tamb�m muitas boas a��es a acontecer, como, por exemplo, o projeto Amigo Vizinho, no qual as pessoas se candidatam a ajudar as pessoas do seu bairro a fazer compras. Al�m disso, tamb�m h� o festival de m�sica Fica em Casa, no qual v�rios artistas t�m feito shows e demonstrado sua arte para que as pessoas possam ter um pouco de entretenimento dentro de suas casas.
O momento agora � de solidariedade, de paci�ncia e empatia. Em um momento como esse, apesar de nunca estarmos t�o separados fisicamente um dos outros, � um momento no qual temos que pensar no pr�ximo. � um momento no qual n�o podemos desanimar. � um momento no qual temos que ter responsabilidade social. E, apesar de distantes fisicamente dos outros, nunca estivemos t�o unidos. Desejo a todos que se cuidem, tenham paci�ncia e f� que isso logo passar�!”