
O cobertor curto da sa�de p�blica mineira coloca em d�vida, desta vez, o tratamento de pacientes com limita��es psiqui�tricas. O Minist�rio P�blico entrou na Justi�a para que o governo do estado seja impedido de destinar a estrutura do Hospital Galba Velloso, em Belo Horizonte, ao combate � COVID-19, a doen�a causada pelo novo coronav�rus.
Segundo a a��o, o estado comunicou servidores do Galba Velloso no �ltimo dia 24 sobre a inten��o de usar a estrutura para disponibilizar mais leitos � popula��o v�tima da pandemia.
O problema? Minas Gerais s� tem mais dois hospitais psiqui�tricos p�blicos em seu territ�rio, o que pode sufocar tal atendimento, sobretudo em Belo Horizonte.
De acordo com o MP, 31 pacientes do Galba Velloso receberam alta na semana passada “mesmo estando em crise ativa e com sintomas residuais de psicose”, ou seja, n�o estavam curados ainda.
Os demais internados seriam transferidos para o Hospital Raul Soares, localizado na �rea Hospitalar de BH. Contudo, esse transporte, que em condi��es normais deveria ser feito por ambul�ncias, aconteceu por meio de vans, sem a presen�a dos m�dicos que acompanham os pacientes, conforme a a��o.
A Promotoria tamb�m ressalta que a pandemia do novo coronav�rus, por todos os fatores que a envolve, pode aumentar o n�mero de pessoas que necessitam de interna��o psiqui�trica.
Por�m, sem o Galba Velloso, historicamente o desafogo do servi�o p�blico de psiquiatria em BH, essas pessoas podem ficar sem a devida assist�ncia.
“Distanciamento social, stress, ansiedade, medo, problemas financeiros e outras tantas situa��es inerentes � pandemia s�o um gatilho certo para o desencadeamento de diversas patologias ps�quicas”, pontua a a��o do Minist�rio P�blico.
Caso a Justi�a acate o pedido, o governo do estado e a Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), essa �ltima respons�vel pela administra��o do Galba Velloso, ter�o que pagar multa di�ria de R$ 1 milh�o caso descumpram as diretrizes do documento.
A Fhemig teria 48 horas para tomar as medidas necess�rias para restabelecer o atendimento na estrutura. Em nota, a funda��o diz que aguardar� a notifica��o da a��o: "Sobre a A��o Civil P�blica, a Fhemig n�o ir� se pronunciar at� sermos notificados oficialmente e termos acesso ao conte�do da a��o, o que ainda n�o ocorreu".