
A Escola Profissionalizante Santo Agostinho (EPSA) est� confeccionando m�scaras cir�rgicas que ser�o distribu�das para contribuir com a preven��o ao coronav�rus em Belo Horizonte. Localizada no Barreiro, a institui��o de ensino mobilizou cinco ex-alunas do curso de Corte e Costura, que j� produziram 1.300 unidades. Por meio de a��es da Arquidiocese de Belo Horizonte, toda a produ��o foi destinada � popula��o de rua da capital mineira, que hoje corresponde a 4.600 pessoas.
Como todas as demais institui��es educacionais, o centro profissionalizante precisou fechar as portas temporariamente para seus 800 alunos, divididos entre o ensino m�dio, cursos t�cnicos e profissionalizantes. “Como o momento atual � de ajudar, pensamos em como poder�amos fazer isso de uma maneira pr�tica e concreta. Por 20 anos n�s oferecemos o curso de costura. J� formamos aproximadamente 500 profissionais. A partir da�, entramos em contato com algumas ex-alunas para saber se tinham interesse no projeto”, explica Marco Henrique Silva, diretor da EPSA.
A institui��o comprou o material necess�rio para confeccionar as m�scaras e entregou para volunt�rias como Renata Paula Barbosa de Souza. “Quando a escola me ligou para falar do projeto, n�o pensei duas vezes. Al�m de poder ajudar nesse momento, tenho muito que agradecer � escola, onde fiz dois cursos”, relata a costureira, que confeccionou 400 m�scaras em apenas dois dias. A necessidade de a popula��o ter de ficar em casa para conter a dissemina��o do coronav�rus tamb�m afetou a renda da fam�lia de Renata, j� que seu marido � motorista de aplicativo, categoria diretamente afetada pelo confinamento. Ainda assim, a costureira garante que n�o abre m�o de se doar e se prontificou a fazer mais m�scaras.

Marco Henrique disse que est� coordenando nova remessa de m�scaras cir�rgicas e que, conforme a demanda e disponibilidade das volunt�rias, v�rias outras ser�o providenciadas. “A escolha pela popula��o de rua foi influenciada pelo trabalho da arquidiocese. Mesmo que no momento o uso da m�scara seja indicado apenas para quem est� doente, al�m dos profissionais de sa�de, entendemos que a popula��o de rua est� mais vulner�vel por m�o contar com uma moradia que ofere�a condi��es m�nimas para manter a higiene pessoal adequada, o que se agrava muito em uma pandemia”, afirma.
O diretor da Escola Profissionalizante Santo Agostinho disse que tamb�m est� atento � possibilidade de mudan�a no protocolo do Minist�rio da Sa�de, que pode passar a orientar que todos usem m�scaras, o que vai aumentar muito a demanda pelo item. Isso pode fazer com que a segunda remessa seja destinada a outras pessoas, como idosos em asilos ou a popula��o de vilas e favelas, que contam com uma infraestrutura sanit�ria prec�ria. “A gente sabe que este � um gesto muito singelo diante da demanda atual, mas acredito que isso pode motivar outras a��es volunt�rias na cidade, que est� precisando dessa solidariedade”, afirma Marco Henrique.
