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Estado de Minas COVID-19

Risco de colapso: BH pode ter 15 mil interna��es num �nico dia

Estudo da UFMG alerta para sobrecarga que poder� resultar em aumento no n�mero de mortes por falta de assist�ncia hospitalar


postado em 08/04/2020 14:22 / atualizado em 08/04/2020 16:52

(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESSS)
(foto: Leandro Couri/EM/DA PRESSS)
O avan�o do novo coronav�rus pode levar � sobrecarga de leitos e colapso na rede hospitalar de Belo Horizonte. Um estudo realizado por professores de m�ltiplas �reas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) faz proje��o de que 15 mil pessoas podem precisar de interna��o em um �nico dia. O n�mero � mais do que o dobro da disponibilidade de vagas na rede, cerca de 7 mil, o que acende o alerta vermelho para poss�vel fal�ncia do sistema de sa�de na capital, se outras medidas n�o forem tomadas.
 
Na tarde de quarta (8), o prefeito Alexandre Kalil (PSD), que determinou o fechamento do com�rcio e fim de atividades que gerem aglomera��o de pessoas, anunciou que endurecer� as medidas de isolamento social.

Se nenhuma a��o de enfrentamento ao novo coronav�rus tivesse sido tomada, esse n�mero de pessoas hospitalizadas poderia ser muito maior, chegando at� a 50 mil com necessidade de interna��o num �nico dia, aponta o estudo.

Para fazer a proje��o, foi desenvolvido um modelo matem�tico, uma equa��o que leva em considera��o m�ltiplas vari�veis. Foram empregados alguns fatores: tempo m�dio depois de a pessoa ser exposta ao v�rus e o per�odo de incuba��o, tempo m�dio de dura��o dos sintomas em pessoas n�o hospitalizadas, tempo m�dio de hospitaliza��o de pacientes que precisam ser internados. Como ainda esses dados no Brasil s�o preliminares, pelo fato de a transmiss�o do v�rus estar em curso, foram usadas estat�sticas de outros pa�ses afetados h� mais tempo pela pandemia. 

“Alguns dados internacionais tendem a n�o variar muito, como per�odo de incuba��o da doen�a, entre exposi��o e primeiros sintomas, o aparecimento de sintomas em pessoa n�o hospitalizada. O tempo de hospitaliza��o, em m�dia, tende a variar mais”, informou o coordenador da pesquisa, Ricardo Hiroshi Caldeira Takahashi. 

O professor afirma que o estudo � um alerta para que as pessoas n�o olhem para a pandemia a partir do senso comum. “A pessoa fica atra�da pela falta de h�bito de lidar com essas dimens�es. Pode pensar que as medidas de isolamento n�o est�o adiantando nada. Mas, se vamos para a rua, duas semanas depois, o n�mero de casos se multiplica por 20 vezes”, afirma. Ele refor�a que fica impl�cito no estudo a necessidade de manuten��o da quarentena.

O modelo


O professor lembra que, para moldar o modelo matem�tico a Belo Horizonte, alguns par�metros precisaram ser reajustados, como taxa de infec��o, que tem a ver a velocidade com que o v�rus se propaga em um lugar e como a sociedade se organiza.  Para isso, foram usados os dados agregados do Brasil inteiro. 


“Montamos  modelo com par�metros internacionais e par�metros brasileiros para fazer a proje��o”, diz. Na primeira simula��o era feita a proje��o do n�mero de interna��o caso nenhuma medida de enfrentamento tivesse sido adotada.
 
O professor explica tamb�m que a coleta dos dados para gerar o modelo matem�tico tem de levar em conta o tempo entre a ado��o de uma medida e momento em que surtir� efeito. Nesse caso, esse tempo � de pelo menos dez dias. O relat�rio acrescenta � primeira an�lise o que passa a acontecer depois das medidas para restringir a circula��o da popula��o na cidade. Os dados foram coletados dez dias antes de as escolas fecharem, empresas determinaram o home office, campanha maci�a da m�dia.

"A data que a Prefeitura de Belo Horizonte fechou o com�rcio � 23 de mar�o. Os dados s�o anteriores a essa a��o. A an�lise tenta levar em considera��o incerteza grande. Tamb�m sabemos que h� uma subtestagem”, pondera. O estudo, por op��o dos pesquisadores, n�o faz proje��o de quantas das 15 mil interna��es em um �nico dia podem necessitar de respiradores em unidades de terapia intensiva (UTI).

A literatura cient�fica e os dados demonstram que as pessoas ficam cinco dias com sintoma e que a interna��o tem m�dia de 12,8 dias. Participaram da elabora��o do modelo 20 pesquisadores das �reas de  estat�stica, computa��o, f�sica, demografia e pediatria. Tamb�m colaboraram professores das universidades federais de S�o Jo�o del-Rei, Vi�osa e PUC Minas. 
 

O que � o coronav�rus?

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 � transmitida?

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia


Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

Especial: Tudo sobre o coronav�rus 

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Coronav�rus � pandemia. Entenda a origem desta palavra



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