
Um motorista, que n�o ser� identificado, relatou ao Estado de Minas que o pagamento referente a mar�o foi depositado normalmente. No entanto, a empresa j� avisou que, a partir deste m�s, haver� redu��o de jornada de trabalho, tendo como consequ�ncia um corte de 50% no sal�rio. Apesar disso, ele celebra o fato de ainda estar empregado.
“O que eu penso � o seguinte: claro que redu��o salarial nunca � bom, mas na atual situa��o que estamos vivendo, temos que entender que est� dif�cil para todo mundo. Mas � como diz o ditado: melhor pingar do que faltar. Pelo menos a gente ainda est� empregado. N�o teve demiss�o”, disse.
H� tamb�m relatos de empresa que passar� a pagar funcion�rios apenas pela hora trabalhada, o que pode significar uma redu��o consider�vel nos vencimentos, uma vez que o quadro de hor�rios dos coletivos est�o reduzidos, se comparado com dias normais. Hoje, o piso salarial dos motoristas, por exemplo, gira em torno de R$ 2.337,00.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), algumas empresas negociam o pagamento dos sal�rios em tr�s vezes e que precisam aguardar a receita do dia da roleta para poder honrar com os d�bitos.
A entidade tamb�m destacou que todas as medidas est�o sendo tomadas com base na Medida Provis�ria (MP) 936, do governo federal, que trata sobre o Programa Emergencial de Manuten��o do Emprego e da Renda.
Colapso no sistema
Com a queda no n�mero de passageiros, que reflete diretamente na baixa arrecada��o, o Setra admitiu que teme um colapso no transporte coletivo da capital mineira at� o fim de abril. A entidade alerta que, al�m do pagamento dos funcion�rios, h� outras despesas, como a compra de insumos, como o �leo diesel.
“A queda crescente de receita e de demanda de passageiros sinaliza para um colapso do sistema e que s� com ajuda do poder p�blico as empresas v�o ter condi��es de enfrentar a crise honrando seus compromissos com sal�rios e pagamento de �leo diesel para continuar operando”, disse, em nota.