
O prefeito de Francisco S�, Mariosvaldo Casasanta (Avante), disse que, mesmo com cuidados preventivos, n�o afasta a possibilidade da chegada da COVID-19 � cidade, cortada pela BR 251. Ele afirmou que est� disposto at� a instalar um hospital de campanha para a necessidade de atendimento de pacientes graves. Em entrevista ao Estado de Minas, Casasanta confirmou que determinou car�ter de “urg�ncia” para a implanta��o de um segundo cemit�rio.
Ele informou que a previs�o inicial de conclus�o seria de seis meses. Agora, a meta � que a obra no Bairro Antonio Miranda fique pronta dentro de 30 dias. Para isso, orientou que fosse ampliado o n�mero de oper�rios envolvidos na constru��o.
“Claro que quero que Deus nos ajude e que n�o morra ningu�m. E, se n�o morrer ningu�m, �timo. Mas, se morrer, precisamos de um lugar para enterrar os mortos”, afirmou Casasanta.
Ele disse que no atual Cemit�rio Municipal de Francisco S�, implantado h� mais de 40 anos, restam em torno de 30 vagas para os sepultamentos. O munic�pio tem uma m�dia de 10 enterros por m�s. A previs�o � que o novo cemit�rio tenha pelo menos 300 sepulturas, numa fase “emergencial”, informou o chefe do Executivo.
A gest�o de Francisco S� adotou postura diferente da de outras prefeituras no enfrentamento do coronav�rus. Ao mesmo tempo em que aperta as medidas de isolamento, incluindo visitas aos domic�lios de pessoas em quarentena, nesta semana a prefeitura autorizou a abertura do com�rcio n�o essencial, limitado ao hor�rio das 9h �s 14h, com os estabelecimentos sendo obrigados a cumprir uma s�rie de regras. O prefeito diz esse “equil�brio” entre isolamento e funcionamento do com�rcio tenta ajustar as a��es para impedir a chegada da COVID-19 e, ao mesmo tempo, impedir a “quebradeira” no com�rcio e o desemprego em massa na cidade, onde a maioria da popula��o � de baixa renda.
Conforme a secret�ria municipal de Sa�de de Francisco S�, Alini Bicalho Noronha, a prefeitura adotou uma barreira sanit�ria na entrada da cidade. Pessoas que chegam preenchem um formul�rio e informam seus dados e condi��es de sa�de. Todas elas passam a ser monitoradas em isolamento domiciliar. Aquelas que apresentam sintomas gripais devem permanecer 14 dias em quarentena, e os assintom�ticos precisam ficar sete dias em isolamento.
Alini disse que est� sendo feito um servi�o de vigil�ncia, com os agentes de sa�de indo at� as resid�ncias, para conferir se as pessoas est�o obedecendo � quarentena. Al�m disso, informou, a Secretaria de Sa�de disponibilizou uma linha telef�nica pela qual a popula��o pode “denunciar” os moradores que “furarem” o isolamento. A secret�ria revelou que j� foram recebidos diversos chamados de moradores “denunciando” vizinhos que estavam descumprindo medidas restritivas.
Outra a��o adotada pela prefeitura contra a propaga��o da COVID-19 � a dedetiza��o de servi�os de sa�de e locais de aglomera��o de pessoas, como pra�as. O servi�o � feito na sede urbana e em distritos e povoados do munic�pio com o uso de produto qu�mico � base de cloro.
Abertura do com�rcio
Em um contraste com todas as medidas de isolamento, segunda-feira (13), o chefe do Executivo municipal de Francisco S� autorizou a abertura do com�rcio n�o essencial, qinda que limitado a hor�rio das 9h �s 14h.
O prefeito M�rio Osvaldo Casasanta disse que a flexibiliza��o do funcionamento do com�rcio foi feita sob planejamento, adotada de “forma gradativa”, sem colocar a popula��o em risco. “Temos uma maior preocupa��o em impedir a transmiss�o da doen�a. Mas tamb�m temos que buscar alternativas para o com�rcio manter os empregos. Se os patr�es quebrarem, todos seus funcion�rios v�o ficar sem emprego”, afirmou o prefeito, lembrando que o munic�pio tem poucas fontes de renda.
Ele disse ainda que seguiu decreto do governo do estado que autoriza a flexibiliza��o do isolamento social por parte das prefeituras em munic�pios onde n�o foram registrados casos da doen�a. “Mas se aparecer algum caso, outras medidas ser�o tomadas e o com�rcio ter� que ser fechado novamente”, indica Casasanta.
Hospital de campanha
O prefeito informou ainda que, mesmo a cidade n�o tendo registrado nenhum caso do coronav�rus, est� disposto a instalar um hospital de campanha no munic�pio, com 40 leitos. A unidade seria erguida em car�ter emergencial em um terreno em frente ao atual Hospital Municipal de Francisco S�, com recursos da prefeitura, com parte deles oriunda do Minist�rio da Sa�de.