
Detentos do sistema penitenci�rio de Minas Gerais j� produziram 104 mil m�scaras cir�rgicas desde o �ltimo dia 24. As pe�as s�o destinadas �s for�as de seguran�a, secretarias municipais de Sa�de, hospitais, servidores e custodiados do sistema prisional. H� 350 detentos trabalhando na fabrica��o. A meta do governo � que eles atinjam uma produ��o di�ria de 22 mil itens – atualmente, a m�dia � de 4,72 mil por dia, o que representaria 13,5 m�scaras di�rias produzidas.
No entanto, a Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp) informou que a tend�ncia � de que esse c�lculo aumente nos pr�ximos dias, � medida que os detentos v�o ganhando mais experi�ncia na costura. Nesta quarta-feira, por exemplo, j� foram produzidas 16.743 m�scaras. Al�m disso, a pasta estadual frisa que a fabrica��o come�ou em datas diferentes em cada unidade.
A pasta estadual informou tamb�m que, no in�cio de abril, o governo de Minas comprou 165 mil metros de tecido TNT – anteriormente, o material era oriundo de doa��es. A quantidade � suficiente para a fabrica��o de cerca de 2 milh�es de pe�as.
Considerando que a m�dia di�ria atual da produ��o � de 4,72 mil m�scaras, a administra��o p�blica s� conseguir� utilizar todo o tecido em 2021. No entanto, caso a meta de 22 mil itens por dia seja atingida, o governo chegaria aos 2 milh�es de unidades ainda em julho.
Na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, quatro unidades prisionais participam da produ��o. Uma delas � o Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria, em Contagem. L�, 45 detentos trabalham em 17 m�quinas. Conforme o governo, eles t�m entregado entre 1 mil e 2 mil m�scaras diariamente.
Antes dos trabalhos, os presos do complexo passam por reuni�es de prepara��o, em que s�o discutidas normas de higiene, desinfec��o dos materiais e uso dos equipamentos de prote��o individual (EPI). O uniforme utilizado durante a fabrica��o � distinto daquele dos pavilh�es e higienizado a cada expediente.
O pres�dio Inspetor Jos� Martinho Drumond, em Ribeir�o das Neves, tamb�m � uma das unidades que fazem parte do programa. Por l�, a produ��o come�ou no �ltimo dia 7 e, de acordo com a diretora de atendimento e ressocializa��o do pres�dio, Michelle Tatiane Lopes, j� s�o produzidas 1,5 mil m�scaras por dia - a expectativa � de que os 17 detentos que atuam na produ��o entreguem 10,5 mil m�scaras s� nesta semana.
“A gente j� tinha um parceiro externa que trabalhava com costuras, ent�o os presos j� tinham essa aptid�o. Como com a COVID-19 n�o pode ter contato externo, ent�o os presos estavam ociosos. Montamos uma equipe de 17 indiv�duos privados de liberdade (detentos) e com 10 m�quinas. Temos ainda a inten��o de aumentar, s� faltam mais m�quinas”, conta.
A diretora tamb�m ressalta o car�ter social desse programa: “o trabalho dignifica o homem, ent�o os detentos est�o super empolgados. Eles t�m acesso � TV e sabem o que est� acontecendo, ent�o o que eles me falam � que agora isso pode mudar a vis�o da sociedade quanto a eles. Os detentos podem retribuir a sociedade”, comenta.
Em Ponte Nova, na Regi�o da Zona da Mata, 13 internos cortam, montam, costuram e esterilizam uma m�dia de 700 m�scaras por dia. Nesse caso, a produ��o di�ria por detento � de quase 54 m�scaras, n�mero bem superior ao da m�dia geral. Os produtos que saem do complexo s�o destinados a dois hospitais do munic�pio: Arnaldo Gavazza Filho e Nossa Senhora das Dores.
De acordo com a Sejusp, essa discrep�ncia entre as m�dias de produ��o por detentos � natural, uma vez que cada unidade tem seu ritmo, e algumas j� trabalhavam com costura.
O Centro Socioeducativo de Sete Lagoas, na Regi�o Central, que custodia adolescentes condenados por atos infracionais, recebeu quatro m�quinas para fabrica��o das m�scaras. Por l�, a estimativa inicial � de que s�o produzidos 150 itens por dia.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Eduardo Murta